Os gatos levaram as Arkanoides até um discreto balcão nos fundos aonde um gato branco de olhos vermelhos, preparava uma bebida com duas gatinhas siamesas.
No caminho tiveram que recolher Cassandra e Nicole duas vezes depois que elas se separaram para brincar em algum jogo. Após uma amigável apresentação Shylock foi direto aos negócios.
- Muito bem! - deu uma piscadela. - Já vou avisando que não quero nada com negócios que quebrem as regras do castelo.
- Esse lugar inteiro quebra regras do castelo. - Resmungou Origami.
- Não as sérias. - Shylock completou com um sorriso.
- TODAS AS REGRAS SÃO SERIAS! – Origami chiou pelos dentes enquanto Janus e Kazan a seguravam.
- Nós precisamos de equipamento potente para nosso grupo. Armas, proteções e tudo o mais. Quero o mais forte que tiver.
- Pra toda essa gente? Desculpe, mas a sua dança dos sete véus não atrai muito os garotos que veem aqui. Por que quer equipar essa gente?
- E
186 Allix tentou limpar o rosto e parar de soluçar para falar. O garoto lhe deu um lenço e ela pode enxugar o rosto. É muito embaraçoso assuar o nariz na frente de um garoto. - Eu... Eu... Eu sei que eu não devia estar triste! Eu sei que eu não tenho o direito de ser egoísta... Eu não tinha nada a ver com isso. Eu nunca pensei nele assim. Eu não queria pensar nele assim. Eu não posso deixar de pensar que ele foi o meu primeiro beijo. Eu sei que não era um beijo. Era uma magia... Mas eu... Eu tenho o direito de ser egoísta não é mesmo? Está tudo bem... Eu posso ser egoísta agora, não é mesmo? Não é mesmo? Ele continuou sorrindo e consentiu com a cabeça. Era tudo o que precisava. Alguém que concordasse com ela. - Eu... Desculpe-me eu esqueci o seu nome. - Michelangelo! - Ele... Você... Desculpe. Allix não sabia o que dizer. Ela se apoiou timidamente nos escombros do muro a suas costas e pe
- Eu não quero que você morra! – Medhal disse com sinceridade. - Mas está correndo o risco morrer da mesma maneira se continuar por aqui, apenas está pondo em perigo a vida das pessoas na ilusão, sem falar que se destruírem as máquinas, não vai poder voltar. De qualquer forma sua melhor chance é sair do castelo comigo. - Muito bem, Nada! – Reclamou Janus. – Acha mesmo que eu vou entregar a nossa líder para o inimigo? - Tem muita gente naquela ilusão? – Allix perguntou. - Mais do que pode imaginar. – Nicole respondeu. – Viver na fantasia pode ser mais agradável do que a realidade. - Alguém que eu conheço além de Pêsseguinho? - Eu não sei. – Janus respondeu desconcertado com a pergunta. – Algumas garotas do clube de eventos e outros alunos... Não sei dizer exatamente quem você conhecia na sua época. - É o suficiente pra mim. – Concluiu Allix. – Vamos Medhal. - Se incomodam se eu for também? – Lumina deu uma piscada. - Ent
- Dizem que é a torre invertida de Daat, ela fica em Nidavellir[1] a cidade invertida, aonde quimeras, magos exilados e outros monstros vivem como parias. Ela foi construída de cabeça pra baixo e leva diretamente para o mundo inferior. - Nidavellir? – Chiou Lucy. - Isso é um tanto quanto tolo não concordam? - Você discorda Lucy? – Cassandra perguntou. - Realmente crês que existiria uma cidade subterrânea sem que eu soubesse após residir embaixo do castelo por mais de uma década? – Ela chamou o gato. – Concordas comigo Hamlet? - O que? – Ele não estava prestando atenção. - Encontraste algo importante? – Lucy perguntou visivelmente preocupada. - Ela não está se esforçando para não deixar rastros. Com a minha visão noturna posso ver claramente suas pegadas na poeira. Ela desceu pela passagem alternativa de Nun que leva direto até Thifereth. - Isso
Mayara ainda perdeu um tempo com o uniforme de Allix ajustando as botas que ficaram um pouco grandes. Elas continuaram sempre em frente, passaram por um enorme salão e outra passagem aparentemente tranquila. Logo avistaram o que parecia um grande salão e os escorpiões começaram a se mexer. - Por que eles estão se mexendo? – Nicole ficou aflita. - Alguma coisa deve ter acionado a armadilha no começo do corredor. – Calmamente Zoya incorporada analisou. – Talvez sejam as aranhas. - Impossível. – Afirmou Cassandra. – Mayara teria avisado se a convocação dela tivesse se extinguido. - Isso? – Mayara se surpreendeu. – A convocação do sol já se extinguiu a um bom tempo. - Porque não disse antes? – Cassandra agarrou o gato e começou a correr. Chegando ao salão visivelmente mais baixo que o corredor, encontraram uma intersecção. O gato afirmou que Allix teve muito trabalho se livrando das armadilhas e ascendendo as luzes. Sempre que perguntavam
Bel se levantou e arrumou seus óculos. Allix podia sentir a magia dele, os ferimentos começaram a se fechar, seus ossos se estalavam enquanto se concertavam e voltavam ao lugar, até mesmo seus óculos se reparou e voltou ao lugar. - Então... - Allix mal podia acreditar. – Os yahoos são controlados por bruxos? - Exatamente. - Mas... Desde quando? - Desde sempre. Nós somos a irmandade da magia. Sempre fomos. - Mas... Os outros sabem disso? - Eles não têm a mínima ideia. Esqueceu que você é que é a líder deles? Acha mesmo que esses idiotas são capazes de alguma coisa seguindo uma vadia burra como você? - Então... Derek não matou Kazan, não é mesmo? Foram vocês que fizeram alguma coisa. - Talvez você não fosse tão Burra! Acho que foi ficando com a idade. Sim! Nós controlamos Derek. Tínhamos homens da mais alta estima de Maddox e Dietrich infiltrados em Sefirot. Infelizmente nem todos eram tão leais assim, o que nos causou mu
Zoya e Hamlet abriram o portão e foram na frente. Provavelmente Allix não estava tão preocupada em ser seguida naquele ponto. Caminharam rapidamente até que Zoya sentiu alguma coisa, por algum motivo ela começou a desincorporar a bruxa do arco-íris. As outras garotas sentiram que havia alguma coisa errada e diminuíram o passo. Mais à frente Hamlet havia parado e estava observando alguma coisa por trás de uma cortina. Sorrateiramente as garotas se esgueiraram para ver. Finalmente após tantos contratempos haviam a alcançado. Allix se movia de uma forma estranha e ligeira, como se estivesse colhendo fios invisíveis com uma mão e juntando na outra. Sua atenção era extrema e meticulosa. Em um momento uma sombra cresceu de dentro de um espelho e uma coisa indefinida saltou em cima da garota que sem dar nenhuma importância simplesmente atirou as coisas invisíveis que estava recolhendo em cima da sombra, como se esperasse isso e tivesse recolhido exatamente para aquele momento, tant
062 - Por favor! – Zoya má colocou a mão no nariz com um sinal de mal cheiro. – Foi exatamente por causa desse tipo de coisa que me tornei imperatriz de Meccania. Após tantas guerras e reviravoltas eu fiquei cansada daqueles líderes falsos com filosofia barata, dizendo que bem e mal eram relativos, que na verdade o mau não existia, que eram pontos de vista. Quando na verdade só queriam justificar os seus próprios crimes. Mesmo uma criança de três anos já é capaz de distinguir entre o certo e o errado. Todas as culturas e civilizações do mundo possuem uma definição bem distinta de bem e mau. "O MAU NÃO EXISTE!" Essa própria afirmação só pode vir de um próprio emissário do mal. - Você está sendo muito dura. Existem exceções, cada caso é diferente. - Não. O que existe é corrupção. E estou falando de você e eu. Primeiro nós pessoas boas começamos dizendo que quando criança separav
- Dessa vez eu concordo com a Mayara. - Nicole engoliu seco. - Se for metade do que a Cassandra disse essa coisa é demais pra nós. - Voltem vocês! - Bradou Lucy enfurecida mais a frente. - Zoya! Por que não me responde, desgraça! - Socorro! - Se escutou bem distante. - Essa coisa corre! - Cassandra se esqueceu de suas preocupações e acelerou o passo atrás da criatura, pronta para a batalha. Nicole hesitou um pouco e foi atrás. Mayara não pensou duas vezes, voltar não era uma opção. Ela procurou no baralho das fadas alguma coisa que pudesse ser útil. Ela não conhecia aquele baralho e não queria se arriscar. O cavaleiro de espadas montava uma raposa e usava uma lança. Ele parecia bem rápido. Quando foi ultrapassada pelo cavaleiro Cassandra preparou novamente seu baralho do Labirinto. Mais do que ninguém ela tinha uma ideia de como enfrentar a coisa. Diferente do outro corredor que se assemelhava a uma ruína esse estava mais para u