Zoya e Hamlet abriram o portão e foram na frente. Provavelmente Allix não estava tão preocupada em ser seguida naquele ponto. Caminharam rapidamente até que Zoya sentiu alguma coisa, por algum motivo ela começou a desincorporar a bruxa do arco-íris. As outras garotas sentiram que havia alguma coisa errada e diminuíram o passo. Mais à frente Hamlet havia parado e estava observando alguma coisa por trás de uma cortina. Sorrateiramente as garotas se esgueiraram para ver.
Finalmente após tantos contratempos haviam a alcançado. Allix se movia de uma forma estranha e ligeira, como se estivesse colhendo fios invisíveis com uma mão e juntando na outra. Sua atenção era extrema e meticulosa. Em um momento uma sombra cresceu de dentro de um espelho e uma coisa indefinida saltou em cima da garota que sem dar nenhuma importância simplesmente atirou as coisas invisíveis que estava recolhendo em cima da sombra, como se esperasse isso e tivesse recolhido exatamente para aquele momento, tant
062 - Por favor! – Zoya má colocou a mão no nariz com um sinal de mal cheiro. – Foi exatamente por causa desse tipo de coisa que me tornei imperatriz de Meccania. Após tantas guerras e reviravoltas eu fiquei cansada daqueles líderes falsos com filosofia barata, dizendo que bem e mal eram relativos, que na verdade o mau não existia, que eram pontos de vista. Quando na verdade só queriam justificar os seus próprios crimes. Mesmo uma criança de três anos já é capaz de distinguir entre o certo e o errado. Todas as culturas e civilizações do mundo possuem uma definição bem distinta de bem e mau. "O MAU NÃO EXISTE!" Essa própria afirmação só pode vir de um próprio emissário do mal. - Você está sendo muito dura. Existem exceções, cada caso é diferente. - Não. O que existe é corrupção. E estou falando de você e eu. Primeiro nós pessoas boas começamos dizendo que quando criança separav
- Dessa vez eu concordo com a Mayara. - Nicole engoliu seco. - Se for metade do que a Cassandra disse essa coisa é demais pra nós. - Voltem vocês! - Bradou Lucy enfurecida mais a frente. - Zoya! Por que não me responde, desgraça! - Socorro! - Se escutou bem distante. - Essa coisa corre! - Cassandra se esqueceu de suas preocupações e acelerou o passo atrás da criatura, pronta para a batalha. Nicole hesitou um pouco e foi atrás. Mayara não pensou duas vezes, voltar não era uma opção. Ela procurou no baralho das fadas alguma coisa que pudesse ser útil. Ela não conhecia aquele baralho e não queria se arriscar. O cavaleiro de espadas montava uma raposa e usava uma lança. Ele parecia bem rápido. Quando foi ultrapassada pelo cavaleiro Cassandra preparou novamente seu baralho do Labirinto. Mais do que ninguém ela tinha uma ideia de como enfrentar a coisa. Diferente do outro corredor que se assemelhava a uma ruína esse estava mais para u
- Estamos sofrendo um ataque interno. No campo de batalha os Arkanoides se infiltraram nas armaduras e entraram com os outros soldados. Já explodiram mais de vinte tanques de mana, tem um exército de convocações destruindo a área de lançamento e estão usando nossas próprias armas contra nós. - Suicidas idiotas! - Cuspiu Zoya tirando o pó da roupa e sorriu ajudando Allix tremula a se levantar. - Não sabem que todo o sacrifício é em vão? Mortes assim sempre são inúteis. Não importa o estrago que causem sempre vamos conseguir concertar. No final os vencedores são os que escrevem a história. Quem vive é quem vence. – Zoya declarou com fogo nos olhos. Ciclo quatro A presença do Observador afastou os flocos de magia e diminui a luz que saia dos cristais. Seus olhos inumanos fitavam as garotas com curiosidade enquanto o olho maios sugava a magia de Allix e Zoya. - Acho melhor tentar
Allix olhou para as imagens sem saber o que dizer. Logo não havia mais imagens das criaturas. - Todas conhecem o plano de contingencia. Joguem a fortaleza em cima do castelo e travem os controles antes de sair. - Ordenou Zoya comendo a ultima das uvas. – Muito bem meninas! Chegou a nossa hora. Veremos-nos em Vanagarden, ou se tudo der certo não nos veremos. A porta se abriu e antes que Allix e Lucy saíssem, ela se dirigiu a Ivana. - Limpe Allix e sabe aonde nos encontrar. Mal compreendeu o que acontecera e Allix se viu nua em um lindo banheiro todo salmão com uma enorme banheira com doze torneiras, uma para um tipo diferente de sais de banho e pediu para que tomasse um banho e trocasse de roupas. Em seguida saiu apressada, deixando Allix sozinha. Tudo aquilo era muito difícil de acreditar, havia uma guerra lá fora, Zoya se tornara uma rainha maligna, estava em outro tempo e mesmo assim tomava banho. Um banho tão bom e relaxant
Ouve um momento de silencio e as garotas ficaram muito angustiadas com aquilo. - E o paradoxo? – Mayara estranhou. – Você não ia desaparecer? - Feitiço de memória. – Allix do futuro apontou pra própria cabeça. – Eu não passo de um acumulo de lembranças, memórias e experiências enviados do futuro. É só manter isso com um encantamento relativamente simples. - É mesmo? - Lucy reagiu com zombaria espantando as garotas. - Pois eu possuo ponto de vista diferente. - E qual seria? - Provocou Allix do futuro. - Até agora eu não estava entendendo nada do que vocês estavam falando. – Lucy confessou. – Mas se você não passa de um acumulo de lembranças, memórias e experiências que veio do futuro e agora está no corpo de Allix. Por isso você é a própria Allix agindo como potencialmente seria daqui a 30 anos? - Exatamente! - Concordou Allix do futuro. - Achei que já tinha deixado isso bem claro. - Acontece, minha cara memória d
- Não escute ela! - Gritou Bel. - Matar vai te transformar em uma assassina. Não importa o que diga. - Eu enganei, menti e manipulei meio mundo, mas sempre soube muito bem o que era certo e errado. – Urrou Zoya. - Soldados matam na guerra. Policiais matam para proteger mais pessoas e isso nunca fará deles assassinos. Matar uma pessoa é só uma circunstancia, não definem quem a pessoa é. Mas as razões sim. Você vai matar em legitima defesa e ele quer te matar por prazer. Não diga que isso os torna iguais. - Isso é besteira. - Gritou Bel! - Você não tem motivos pra me matar. - Não tenho? - Allix se enfureceu com lágrimas nos olhos. - Tudo isso é culpa sua. Você tirou o dinheiro da minha mãe. Você fez Derek matar Kazan. Você começou tudo isso. Você disse que ia me matar. - Eu estava cumprindo ordens. - Não é sempre assim? - Zombou Zoya. - Quem diabos é você seu maracujá de gaveta? - Bel gritou furioso. - Eu sou a rainha que você pr
Por um instante tudo ficou parado, as próprias garotas não sabiam como reagir perante a cena. Até mesmo Zoya perdeu sua incorporação com o choque ao ver Lucy em toda sua forma vampiresca. O sangue subia visivelmente pelas presas ofídicas. Allix finalmente reagiu e chutou Lucy para longe e caiu com seu pescoço inchado com o resultado da mordida. Lucy se levantou triunfante e colocou sua mandíbula deformada no lugar, levou um tempo até seus olhos ficarem sem o sangue injetado.- Você... Você... - Mayara mal podia falar. É uma vampira de verdade?- Eu pensei que ela bebia o sangue pela garganta, não pelo dente. - Observou Lumina um tanto enojada.- Isso está longe de me deter. - Allix passou a mão no pescoço e sua magia a recuperou completamente.- Estás equivocada! - Anunciou Lucy! - Há muito pouco tempo esse corpo que possuíste
Com um estrondo a torre se partiu em duas grandes partes, uma das máquinas subiu para o céu com Janus e Lumina. Alguns assistentes se seguravam, mas as mudanças tanto no cenário como neles fazia com que caíssem no céu. - Não existe mais máquina. - Gritou Thomas. Outra parte do castelo se foi com o resto dos assistentes, Thomas e Allix estavam isolados, completamente desesperados. Algumas das copias de Cassandra apareceram acordadas, todas sorridentes e alegres. - Não precisa se preocupar Allix. - As Cassandras disseram da mesma forma desarmonizada que Nicole. - Tudo vai ficar bem. - É lindo! - Thomas sorriu enquanto sua fisionomia mudava rapidamente por tudo o que ele poderia ter sido enquanto Soleil ficou maravilhada. - Agora tudo faz sentido. Tudo está ficando tão claro. Uma lufada levou Thomas e Soleil pra longe junto com as máquinas. O vento aumentava e as coisas continuavam a mudar cada vez mais, já não se sabia aonde era em cima e em bai