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Ciclo seis
Allix e Zoya foram jantar sozinhas. Todos seus conhecidos estavam fazendo outra coisa. Foi a primeira vez que comeram sozinhas, por isso foram para uma das cantinas internas. Após tantos dias no castelo já começavam a se sentir confortáveis com os lugares mais “normais” do castelo e não achavam que precisavam mais de ajuda para voltar aos seus quartos. Estavam erradas.
Elas haviam ido para cantina por indicação da sala-móvel dos figos e não conseguiram voltar. Alias o caminho parecia completamente diferente. Após uma curva passaram por um grande salão revestido de madeira vermelha, com grandes prateleiras de livros e pouca iluminação. Havia uma pessoa em uma mesa mal iluminada e o resto do salão estava coberto pelas sombras.
Um sr. com uma longa barba branca usando roupas típicas de um mago. Usava óculos com aro de ouro e um grande cachimbo, em cima da mesa havia u
Garotas só querem se divertir Ciclo um O ultimo mês na vida de Thomas tinha sido agitado e inusitado, todos os dias acontecia alguma divertida novidade com seus colegas. Verdade que na maioria das coisas ele não tomou parte diretamente, apenas estava presente, mesmo assim era muito bom fazer parte do grupo. Melhor ainda foi quando aceitaram os seus projetos para a corrida de tapetes. Apesar de levar meses para montá-los não tinha a pretensão que realmente fossem aceitos. Nem ao menos tinha a intenção de fazer parte do grupo quando se ofereceu para ajudar a montar os equipamentos para o festival. Apenas queria ganhar alguns pontos extras no seu currículo e passar um tempo de Soleil a garota por quem ele nutria uma paixão secreta. Mas os últimos dias extrapolaram. Quem imaginaria que ao montar a pista da corrida de tapetes iria levá-lo a se encontrar com a polêmica Allix Pudim e o envolveriam em um
Após trocarem alguns olhares as duas acabaram por se abraçar. - Você é tão fofa que da vontade de apertar. – Disseram as duas ao mesmo tempo. - Muito bem. – Comentou o gato. – Agora eu vi de tudo. - Ouvi histórias sobre você. Todavia não me informaram que era tão gostosa, digo formosa. – Elogiou Lucy. - E ninguém disse que você parecia tão novinha. – Cassandra respondeu. - Eu parei de envelhecer com 16, agora tenho aparência de 19. As pessoas no quarto preferiram apenas deixar passar a afirmação. - Espere ai. – Percebeu Zoya. – Você é aquele gato que tomava chá. Mas você não era um gato... Gato! - E o que eu era então? - Um gato-coisa? - Gato coisa? – O gato-coisa ficou indignado. – Isso foi um insulto? Por que eu sei que não foi um elogio. - Você tem algum parentesco com a sala tulipa? – Nicole se manifestou visivelmente desconfiada de alguma coisa. - Sim! Ela usava o meu espírito. – respondeu c
Allix e Cassandra levaram Nicole e Zoya para a lavanderia do dormitório feminino. O lugar lembrava o salão de banho, só que bem mais rústico. Alguns enormes tanques que até pareciam banheiras a água fervia, em alguns largos barris haviam tecidos sendo tingidos e um grande campo de varais ao sol. Não havia apenas roupas, em algumas áreas as alunas lavavam seus acessórios como caldeirões e tubos de ensaio. Havia todo um cuidado para se separar a água usada com produtos químicos. Ao longe se podia ver o lugar aonde as alunas faziam o tratamento da água usada. Cassandra comentou que toda água usada na torre era dividida em dois pontos de tratamento, apesar de não lavar sua própria roupa, Nicole já havia trabalhado na área de tratamento. Havia alunas de todas as idades na lavanderia, algumas faziam experimentos químicos que destruíam as roupas, outras usavam magia para que a roupa se esfregasse sozinha, alguns experimentavam máquinas de lavar mirabolantes projetadas com a Mantraz
Ciclo sete Cassandra havia passado toda a semana preocupada havia pressentido alguma coisa de errado e com um pouco de análise pode ver que Zoya estava com uma maldição que atraia acidentes. Qualquer pessoa poderia ter deixado passar despercebido, era um feitiço sutil e com muitas precauções de segurança, apenas um mago com grandes habilidades e muito bem treinado como ela poderia perceber. A primeira vez foi quando Derek ensinou Zoya a invocar cartas mágicas e ela passou o dia esbarrando e tropeçando nas coisas, toda alvoroçada e saltitante. Não era apenas falta de atenção causada pela excitação. Infelizmente o feitiço continuou, por mais que ela retirasse Zoya sempre acabava surgindo novamente amaldiçoada. Isso causou a questão: Quem havia lançado a maldição sabia que Cassandra havia desfeito ou não tinha algum efeito continua que permanecia sendo lançada. Ela foi pedir ajuda para uma pessoa de confiança e com experiência. Prometeu s
Mesmo ela agindo tão estranho nos últimos dias. - Mudando de assunto. O que você está fazendo aqui esta hora? - Eu me senti um pouco mal e a doutora me mandou descansar um pouco. - Mayara. Você anda se sentindo muito mal ultimamente. Tem alguma coisa de errado com você? - Nada demais. Apenas estou um pouco cansada. Mayara mal terminou de falar e caiu no sono. Lumina tirou seus sapatos e a cobriu, tinha alguma coisa muito errada acontecendo. Mayara andava muito diferente nos últimos dias. Lumina desconfiava que ela gostasse de Derek. Será que era por causa da farsa de Zoya? Será que ela deveria contar a verdade? Ela havia feito uma promessa, mas Mayara era sua amiga e ela não tinha certeza se esse realmente era o problema. Ciclo sete Desde a primeira aula com a prof. Divina Allix começou a tentar usar a visão mágica o tempo todo. Os conselhos da prof. Divina ajudaram a deixar a sua
- Major Medhal, a filha dele Origami, prof. Maddox, Pêsseguinho a rainha do grêmio de câncer e todo o clube de eventos. Todas essas pessoas tem andado a sua volta. – Enlil falou em um tom revelador. - Vocês fizeram um tremendo estrago na sua terra natal. – Tiamat concordou com a cabeça. – Quase matou um monte de gente, inclusive o filho do diretor Dietrich. - Mas... – Zoya tentou chegar a uma conclusão. – O que eles querem. - Seus poderes! – Enlil confirmou. – Uma de vocês é uma mímica, uma rara habilidade da família das trevas, a outra agora pode incorporar cartas, uma habilidade de magos com muitos anos de treinamento. Diria que vocês são um achado. - Mas o alistamento não é obrigatório. – Zoya insistiu. - Eles têm outras formas de manipular a gente. – Sin disse com pesar. - Suponho que Allix e Zoya Pudim nem são os seus nomes de verdade. – Tiamat cruzou os braços. - Acham que eu e Tiamat nos alistamos pra sermos Ases? – Enli
Os gatos levaram as Arkanoides até um discreto balcão nos fundos aonde um gato branco de olhos vermelhos, preparava uma bebida com duas gatinhas siamesas. No caminho tiveram que recolher Cassandra e Nicole duas vezes depois que elas se separaram para brincar em algum jogo. Após uma amigável apresentação Shylock foi direto aos negócios. - Muito bem! - deu uma piscadela. - Já vou avisando que não quero nada com negócios que quebrem as regras do castelo. - Esse lugar inteiro quebra regras do castelo. - Resmungou Origami. - Não as sérias. - Shylock completou com um sorriso. - TODAS AS REGRAS SÃO SERIAS! – Origami chiou pelos dentes enquanto Janus e Kazan a seguravam. - Nós precisamos de equipamento potente para nosso grupo. Armas, proteções e tudo o mais. Quero o mais forte que tiver. - Pra toda essa gente? Desculpe, mas a sua dança dos sete véus não atrai muito os garotos que veem aqui. Por que quer equipar essa gente? - E
186 Allix tentou limpar o rosto e parar de soluçar para falar. O garoto lhe deu um lenço e ela pode enxugar o rosto. É muito embaraçoso assuar o nariz na frente de um garoto. - Eu... Eu... Eu sei que eu não devia estar triste! Eu sei que eu não tenho o direito de ser egoísta... Eu não tinha nada a ver com isso. Eu nunca pensei nele assim. Eu não queria pensar nele assim. Eu não posso deixar de pensar que ele foi o meu primeiro beijo. Eu sei que não era um beijo. Era uma magia... Mas eu... Eu tenho o direito de ser egoísta não é mesmo? Está tudo bem... Eu posso ser egoísta agora, não é mesmo? Não é mesmo? Ele continuou sorrindo e consentiu com a cabeça. Era tudo o que precisava. Alguém que concordasse com ela. - Eu... Desculpe-me eu esqueci o seu nome. - Michelangelo! - Ele... Você... Desculpe. Allix não sabia o que dizer. Ela se apoiou timidamente nos escombros do muro a suas costas e pe