- Viu só! – Nicole deu um abraço e um selinho em Zoya. – Você é mais normal do que imagina. Agora quem ficou constrangida fui eu, achei que eu era a avançada por aqui.
- Se selinho não conta parece que a única que nunca beijou ninguém por aqui fui eu. – Cassandra confessou. - Eu mesma já tive vontade de beijar uma garota de verdade pra saber como é que era.
- É mesmo? – Allix perguntou. – Quem?
- Você. – Cassandra fez um biquinho ameaçando beijar Allix.
- Mas não seja por isso. – Allix avançou pra Cassandra. – Eu não vou mentir, sempre tive vontade de te beijar também, nunca beijei nenhum estrangeiro.
- Mentira! – Cassandra respondeu - Todo mundo sabe que você já beijou o Kazan.
Allix teve um súbito choque.
- É verdade? Eu pensei que fosse um sonho. Desculpe.
- Por que está se desculpando? – Cassandra perguntou.
- Eu sei que você gosta de Kazan. Eu não tive a intenção.
- Não seja boba.
- Então eu
- Você faz exames com frequência? – Perguntou olhando para sua coleira de regeneração. - Todos os dias neste horário. – Derek respondeu sem pestanejar. – Ela tem sido minha única companhia. - É mesmo e o que vocês ficam fazendo? Eu só trouxe suas cartas hoje. - Nós apenas conversamos e ele me da alguns conselhos sobre a escola. – Rapidamente Allix se despediu sem nem saber o porquê. - Porque vocês não aparecem no Salão de Lazer algum dia à noite, é muito divertido nunca as vi nos salões de jogos ou de dança. – Observou Pêsseguinho. - Vocês sempre estão no quarto. - Nicole e Cassandra não falaram nada disso pra gente. – Observou Allix. – Elas vão direto pro quarto com a gente. - Elas não são de andar em grandes grupos. Preferem a privacidade. - Nicole? – Allix se espantou. – mas ela é tão comunicativa e atirada. - Você já deveria saber que as imagens das embalagens não demonstram necessariamente seu conteúdo. – Pêsse
Com lágrimas nos olhos e tentando não vomitar ela virou o cálice garganta à baixo rapidamente na esperança de não sentir o gosto, mas não pode evitar o gosto forte, seco e azedo do vinho. Não podia mais levantar a cabeça de vergonha. - Não mentirei para ti. – Respondeu a seria prof.inha. – Eu consumo sangue, pois é essencial para recarregar meu poder. Meu organismo não assimila substâncias sólidas, posso apenas beber. O leite possui características muito semelhantes ao sangue e me mantém razoavelmente, assim como alguns outros alimentos. Para meu infortúnio fico com essa aparência pálida que você vê. Todavia, se não beber de sangue humano fresco não restaurarei a magia em meu corpo, como consequência viria a deperecer até me tornar cinzas. - A mandíbula de Lucy se esticou e as presas ficaram salientes, podia facilmente colocar todo o pescoço dela em sua boca. Zoya olhou para aquelas presas como se estivesse hipnotizada, por pouco não pediu para tocá-las. - Mesmo q
- Você é uma mímica, possui a habilidade de imitar as auras dos outros. – Respondeu o espectro transparente do prof. Maddox ao lado da cama. – Por isso você usa a energia das pessoas que estão a sua volta. - Isso explica as mãos gigantes no campo. – Nicole disse entusiasmada. - E o Merazoma. – Zoya completou. - Exatamente. – Explicou o prof. fantasmagórico. – Ela absorvia o mana de todas as pessoas a sua volta com energia mística. - E a minha mãe? – Perguntou desolada. - Principalmente a sua mãe. – Explicou o prof.. – Ela também é uma bruxa e a que ficava mais perto de você. - Isso afetou a doença dela? – Allix estava cada vez mais deprimida. - Temo que essa habilidade agravou a doença da sua mãe. Allix ficou deprimidissima. - Não precisa ficar triste. – Zoya disse. – Agora sua mãe está bem. - Quão raro é isso? – Cassandra perguntou. - Não existe registro de uma mímica em Avalon
Allix se esforçou para memorizar tudo. - Se você quer mudar o futuro vai precisar da nossa ajuda no passado. – Lembrou Blum. - Isso é fácil! - Sorriu Janus com uma faísca de lembrança nos olhos. – Eu faria qualquer coisa que uma garota bonita me pedisse. - Faço minhas as palavras dele. – Respondeu Blum. – Eu era meio que bunda mole. É só pedir qualquer coisa pro meu eu jovem que eu obedeço. - Comigo não tem problema. – Lumina respondeu. – Éramos grandes amigas. - Não! – Allix ficou indignada. – Não éramos mesmo. Você me odiava. - Eu não me lembro disso. – Lumina disse seriamente. - Não olhe pra mim! – Se manifestou Lucy. – Eu estava presa na torre de Yesod naquela época, não podia fazer nada. A menos... - O que? – Perguntou Lumina desconfiada. - Se ela me arranjasse um pouco do sangue de Kazan... – Lucy disse literalmente lambendo os beiços. – Eu poderia sair da torre. - De jeito nenhum.
- Então os títulos não são definidos por habilidade ou indicação? - Também! Os alunos mais poderosos são designados Ases, em alguns casos mesmo que não tenham se alistado. Alguns crescem aos poucos, outros recebem indicação e uma minoria tem um destaque extra como os Ases. Mas para se tornar um Arcano real é preciso se inscrever quando tem uma vaga. - Eu também era a representante da classe na minha antiga escola. Fui a mais votada. - Aqui não é um concurso de popularidade. Você tem uma serie de exames e pré-requisitos pra se tornar uma Arcano real. Zoya não soube dizer se era um insulto ou apenas um comentário. - Então existem mais de um valente? - Existem três valetes por templo, um para cada grêmio. - Então são três membros por titulo? - Só por cada templo. Um por cada grêmio. No meu ainda tem Claude, Paolo, Milla e Derek que você já conheceu. Cada um com um título. - Então são 60arcanos reais? - Entã
Lumina não discutiu, a garota estava ofegante e visivelmente muito preocupada com alguma coisa. Como a curiosidade é maior que a raiva e o cansaço Lumina decidiu levar a garota até lá. - Vamos até o parque de Beth a maioria dos esportes do festival começam lá. Assim que a porta da sala móvel se abriu às garotas entraram em um dos inúmeros salões de jogos do castelo onde muitos alunos estavam entretidos e do lado de fora podiam ver a montagem das barracas e dos enfeites do festival. - Essa é a pista de tapetes. Lumina apontou para o céu mostrando grandes aros e faixas de pano coloridas que se estendiam pelas torres. - Espera ai! – Allix teve um choque quando viu. – Essa é uma corrida no ar? Eles vão voando? - Sim! – Lumina respondeu sem muito interesse. – Eu mesma sou uma das melhores concorrentes. - Vocês voam por esses aros em vassouras? - Não seja ridícula! Voamos em tapetes. As vassouras deixam a bunda toda assada.
Nicole acompanhou Origami até a torre central de Tifereth onde ficavam os centros nervosos de todos os Templos. Era a primeira vez que Nicole andou pela área do Templo de espadas e ficou surpresa com a aparência de academia militar que eles possuíam. Ela se surpreendeu ao entrar em uma sala de reuniões e encontrar tantos rostos familiares sentados em cadeiras, Allix, Zoya, Cassandra, Kazan, Lumina, Janus e Thomas um garoto assustado que ela não fazia a mínima ideia de quem era. - Por favor, queira se sentar. – Gentilmente Medhal ofereceu uma cadeira. Muito confusa ela se sentou enquanto ele pedia para que Origami não saísse da sala com os outros cadetes. - Posso saber o que está acontecendo? – Nicole perguntou muito curiosa. - Nesta manhã as 08h12minh. Aconteceu um acidente em uma passarela na área de Iod envolvendo esses alunos e uma conversa sobre conspiração e sabotagem da pista de corrida de tapetes. – Relatou severamente
- Como eu já lhe disse saber o verdadeiro nome de alguém da poder para pessoas como nós. - O prof... Digo! O Major lhe contou o que aconteceu? - Até as pausas em sua conversa. Medhal é aborrecidamente meticuloso em seus relatos. - Então a sra. não acha que ele está exagerando? - Medhal está apenas sendo precavido a sua maneira. Ele já viu coisas o suficiente pra saber que uma pequena labareda pode ser o sinal de uma grande fogueira. - É que eu mesma não acredito nesse sonho, quero dizer... Eu acreditava, mas agora eu não consigo acreditar que eu acreditava. É difícil de explicar. Eu sei que na hora ele parecia real e eu acreditava nele. Mas agora parece um sonho e já não sei mais. - Compreendo. – A prof. deu um longo gole e permaneceu com um sorriso extasiado. - Mas... – Allix não sabia mais o que dizer. – E agora? O que eu digo para o Major? - Nada! - Nada? Como assim nada? - Medhal é uma pessoa honesta