Com lágrimas nos olhos e tentando não vomitar ela virou o cálice garganta à baixo rapidamente na esperança de não sentir o gosto, mas não pode evitar o gosto forte, seco e azedo do vinho. Não podia mais levantar a cabeça de vergonha.
- Não mentirei para ti. – Respondeu a seria prof.inha. – Eu consumo sangue, pois é essencial para recarregar meu poder. Meu organismo não assimila substâncias sólidas, posso apenas beber. O leite possui características muito semelhantes ao sangue e me mantém razoavelmente, assim como alguns outros alimentos. Para meu infortúnio fico com essa aparência pálida que você vê. Todavia, se não beber de sangue humano fresco não restaurarei a magia em meu corpo, como consequência viria a deperecer até me tornar cinzas. - A mandíbula de Lucy se esticou e as presas ficaram salientes, podia facilmente colocar todo o pescoço dela em sua boca. Zoya olhou para aquelas presas como se estivesse hipnotizada, por pouco não pediu para tocá-las. - Mesmo q
- Você é uma mímica, possui a habilidade de imitar as auras dos outros. – Respondeu o espectro transparente do prof. Maddox ao lado da cama. – Por isso você usa a energia das pessoas que estão a sua volta. - Isso explica as mãos gigantes no campo. – Nicole disse entusiasmada. - E o Merazoma. – Zoya completou. - Exatamente. – Explicou o prof. fantasmagórico. – Ela absorvia o mana de todas as pessoas a sua volta com energia mística. - E a minha mãe? – Perguntou desolada. - Principalmente a sua mãe. – Explicou o prof.. – Ela também é uma bruxa e a que ficava mais perto de você. - Isso afetou a doença dela? – Allix estava cada vez mais deprimida. - Temo que essa habilidade agravou a doença da sua mãe. Allix ficou deprimidissima. - Não precisa ficar triste. – Zoya disse. – Agora sua mãe está bem. - Quão raro é isso? – Cassandra perguntou. - Não existe registro de uma mímica em Avalon
Allix se esforçou para memorizar tudo. - Se você quer mudar o futuro vai precisar da nossa ajuda no passado. – Lembrou Blum. - Isso é fácil! - Sorriu Janus com uma faísca de lembrança nos olhos. – Eu faria qualquer coisa que uma garota bonita me pedisse. - Faço minhas as palavras dele. – Respondeu Blum. – Eu era meio que bunda mole. É só pedir qualquer coisa pro meu eu jovem que eu obedeço. - Comigo não tem problema. – Lumina respondeu. – Éramos grandes amigas. - Não! – Allix ficou indignada. – Não éramos mesmo. Você me odiava. - Eu não me lembro disso. – Lumina disse seriamente. - Não olhe pra mim! – Se manifestou Lucy. – Eu estava presa na torre de Yesod naquela época, não podia fazer nada. A menos... - O que? – Perguntou Lumina desconfiada. - Se ela me arranjasse um pouco do sangue de Kazan... – Lucy disse literalmente lambendo os beiços. – Eu poderia sair da torre. - De jeito nenhum.
- Então os títulos não são definidos por habilidade ou indicação? - Também! Os alunos mais poderosos são designados Ases, em alguns casos mesmo que não tenham se alistado. Alguns crescem aos poucos, outros recebem indicação e uma minoria tem um destaque extra como os Ases. Mas para se tornar um Arcano real é preciso se inscrever quando tem uma vaga. - Eu também era a representante da classe na minha antiga escola. Fui a mais votada. - Aqui não é um concurso de popularidade. Você tem uma serie de exames e pré-requisitos pra se tornar uma Arcano real. Zoya não soube dizer se era um insulto ou apenas um comentário. - Então existem mais de um valente? - Existem três valetes por templo, um para cada grêmio. - Então são três membros por titulo? - Só por cada templo. Um por cada grêmio. No meu ainda tem Claude, Paolo, Milla e Derek que você já conheceu. Cada um com um título. - Então são 60arcanos reais? - Entã
Lumina não discutiu, a garota estava ofegante e visivelmente muito preocupada com alguma coisa. Como a curiosidade é maior que a raiva e o cansaço Lumina decidiu levar a garota até lá. - Vamos até o parque de Beth a maioria dos esportes do festival começam lá. Assim que a porta da sala móvel se abriu às garotas entraram em um dos inúmeros salões de jogos do castelo onde muitos alunos estavam entretidos e do lado de fora podiam ver a montagem das barracas e dos enfeites do festival. - Essa é a pista de tapetes. Lumina apontou para o céu mostrando grandes aros e faixas de pano coloridas que se estendiam pelas torres. - Espera ai! – Allix teve um choque quando viu. – Essa é uma corrida no ar? Eles vão voando? - Sim! – Lumina respondeu sem muito interesse. – Eu mesma sou uma das melhores concorrentes. - Vocês voam por esses aros em vassouras? - Não seja ridícula! Voamos em tapetes. As vassouras deixam a bunda toda assada.
Nicole acompanhou Origami até a torre central de Tifereth onde ficavam os centros nervosos de todos os Templos. Era a primeira vez que Nicole andou pela área do Templo de espadas e ficou surpresa com a aparência de academia militar que eles possuíam. Ela se surpreendeu ao entrar em uma sala de reuniões e encontrar tantos rostos familiares sentados em cadeiras, Allix, Zoya, Cassandra, Kazan, Lumina, Janus e Thomas um garoto assustado que ela não fazia a mínima ideia de quem era. - Por favor, queira se sentar. – Gentilmente Medhal ofereceu uma cadeira. Muito confusa ela se sentou enquanto ele pedia para que Origami não saísse da sala com os outros cadetes. - Posso saber o que está acontecendo? – Nicole perguntou muito curiosa. - Nesta manhã as 08h12minh. Aconteceu um acidente em uma passarela na área de Iod envolvendo esses alunos e uma conversa sobre conspiração e sabotagem da pista de corrida de tapetes. – Relatou severamente
- Como eu já lhe disse saber o verdadeiro nome de alguém da poder para pessoas como nós. - O prof... Digo! O Major lhe contou o que aconteceu? - Até as pausas em sua conversa. Medhal é aborrecidamente meticuloso em seus relatos. - Então a sra. não acha que ele está exagerando? - Medhal está apenas sendo precavido a sua maneira. Ele já viu coisas o suficiente pra saber que uma pequena labareda pode ser o sinal de uma grande fogueira. - É que eu mesma não acredito nesse sonho, quero dizer... Eu acreditava, mas agora eu não consigo acreditar que eu acreditava. É difícil de explicar. Eu sei que na hora ele parecia real e eu acreditava nele. Mas agora parece um sonho e já não sei mais. - Compreendo. – A prof. deu um longo gole e permaneceu com um sorriso extasiado. - Mas... – Allix não sabia mais o que dizer. – E agora? O que eu digo para o Major? - Nada! - Nada? Como assim nada? - Medhal é uma pessoa honesta
- Finalmente alguma coisa que eu posso fazer. – Pela primeira vez em muito tempo Zoya sentiu uma luz no fim do túnel. - Ainda temos tempo pro pessoal ir pensando em outras coisas que possam fazer. – Kazan comentou – Nós mesmos precisamos de mais gente pro time de Conjurabol. - Eu não acho que eu possa ajudar. – Thomas anunciou envergonhado. – Eu estou trabalhando em uma experiência com o clube de Mantrazastra, além disso eu venho ajudando na montagem de alguns aparelhos para o festival e isso vem ocupando todo o meu tempo. - Pois não vem mais. – Origami puxou outro papel da pasta. – Você está afastada dos serviços do evento como todo mundo. Thomas olhou espantado para aquilo, até aquele instante podia achar a ideia de receber uma punição divertida, mas se confrontar com o papel lhe encheu de raiva. - Ei! Meia-dúzia! – Janus chamou com um olhar pensativo. – Vocês desse clube de Mantrazastra entendem dessas máqu
Allix ficou com vontade de esfregar na cara dela que ela era a terrível garota que colocou seu irmão no hospital e explodiu a parede de uma das torres do castelo. Mas aquilo poderia magoar Derek. Derek que estranhamente parecia mais avoado aquele dia, mas Allix não conhecia muito sobre ele e não podia dizer se isso era normal ou não. Principalmente porque Zelda não via nada demais. Zoya foi abordada por um simpático vendedor com uma cesta de estranhas moedas de madeira que pareciam biscoitos recheados. Ele explicou que eram feitiços prontos, era simplesmente jogá-los e quebrá-los que o feitiço aconteceria. Allix ficou muito tentada a usar um feitiço contra prisão de ventre na esperança de causar uma diarreia em Zelda. As barraquinhas vendiam as mais variadas bugigangas, desde meias que não deixavam chulé a pulgas de brinquedo que coçavam suas costas automaticamente. A maioria eram armaduras e enfeites de proteção, como Derek falou a especialidade na cidade das espada