- Como eu já lhe disse saber o verdadeiro nome de alguém da poder para pessoas como nós.
- O prof... Digo! O Major lhe contou o que aconteceu?
- Até as pausas em sua conversa. Medhal é aborrecidamente meticuloso em seus relatos.
- Então a sra. não acha que ele está exagerando?
- Medhal está apenas sendo precavido a sua maneira. Ele já viu coisas o suficiente pra saber que uma pequena labareda pode ser o sinal de uma grande fogueira.
- É que eu mesma não acredito nesse sonho, quero dizer... Eu acreditava, mas agora eu não consigo acreditar que eu acreditava. É difícil de explicar. Eu sei que na hora ele parecia real e eu acreditava nele. Mas agora parece um sonho e já não sei mais.
- Compreendo. – A prof. deu um longo gole e permaneceu com um sorriso extasiado.
- Mas... – Allix não sabia mais o que dizer. – E agora? O que eu digo para o Major?
- Nada!
- Nada? Como assim nada?
- Medhal é uma pessoa honesta
- Finalmente alguma coisa que eu posso fazer. – Pela primeira vez em muito tempo Zoya sentiu uma luz no fim do túnel. - Ainda temos tempo pro pessoal ir pensando em outras coisas que possam fazer. – Kazan comentou – Nós mesmos precisamos de mais gente pro time de Conjurabol. - Eu não acho que eu possa ajudar. – Thomas anunciou envergonhado. – Eu estou trabalhando em uma experiência com o clube de Mantrazastra, além disso eu venho ajudando na montagem de alguns aparelhos para o festival e isso vem ocupando todo o meu tempo. - Pois não vem mais. – Origami puxou outro papel da pasta. – Você está afastada dos serviços do evento como todo mundo. Thomas olhou espantado para aquilo, até aquele instante podia achar a ideia de receber uma punição divertida, mas se confrontar com o papel lhe encheu de raiva. - Ei! Meia-dúzia! – Janus chamou com um olhar pensativo. – Vocês desse clube de Mantrazastra entendem dessas máqu
Allix ficou com vontade de esfregar na cara dela que ela era a terrível garota que colocou seu irmão no hospital e explodiu a parede de uma das torres do castelo. Mas aquilo poderia magoar Derek. Derek que estranhamente parecia mais avoado aquele dia, mas Allix não conhecia muito sobre ele e não podia dizer se isso era normal ou não. Principalmente porque Zelda não via nada demais. Zoya foi abordada por um simpático vendedor com uma cesta de estranhas moedas de madeira que pareciam biscoitos recheados. Ele explicou que eram feitiços prontos, era simplesmente jogá-los e quebrá-los que o feitiço aconteceria. Allix ficou muito tentada a usar um feitiço contra prisão de ventre na esperança de causar uma diarreia em Zelda. As barraquinhas vendiam as mais variadas bugigangas, desde meias que não deixavam chulé a pulgas de brinquedo que coçavam suas costas automaticamente. A maioria eram armaduras e enfeites de proteção, como Derek falou a especialidade na cidade das espada
Sem Zelda por perto a conversa continuou mais agradável e Zoya cada vez mais se sentia confortável. Derek continuava mais avoado e atencioso do que era quando conversava com Allix na ala hospitalar. Por algum motivo aquilo estava incomodando muito. Zoya não gostava de Derek, pelo menos não mais do que se gosta de um desconhecido bonito. Ele era bonito isso ninguém ia negar, mas o único interesse delas era provar que Derek não tinha nenhum interesse na morte de Kazan. Nada além disso. Também não era o caso dela gostar de outra pessoa, Cassandra já gostava de Kazan e Janus gostava de Nicole. Além disso ela tinha acabado de chegar ao castelo, existiam milhares de outros garotos que ela podia conhecer. Por que ela se incomodava com Zoya e Derek se dando bem? Nenhum de seus amigos gostava dele, apesar dele ser irmão da Pêsseguinho e tudo indicar que ela era uma pessoa maravilhosa. Só que Zelda também era irmã dele, se casassem ela também seria sua cunhada e o diretor seria seu sogro. Tal
- Mas se eu estiver enfeitiçada, o que me tira dois pontos e fizer um gol na casa do adversário com uma bola enfeitiçada que custa um ponto... Então eu não marco ponto nenhum? - Pior! Você entrega dois pontos pro adversário. E não tem como reclamar, pois todo o campo é mágico e sabe se você está roubando. - Assim não tem muita vantagem em fazer mágica não é mesmo? Vocês podiam fazer alguma coisa, mais diferente como usar, mais de uma bola, sei lá. - Só uma garota mesmo pra pensar em um jogo com mais de uma bola. Nunca seria um esporte de verdade. Um estrondo assustou Allix. Um circulo enorme que parecia ser feito de água, surgiu cobrindo toda a área do estádio e os jogadores saltaram dentro dele e flutuaram como se estivessem debaixo d’água. Eles se desestabilizaram durante um tempo e logo tomaram suas posições. - Incrível. – Gritou Allix. – O que é isso? - Esqueci de falar? Conjurabol se joga no ar. - Mas... Como é que se move
178 Ciclo seis Allix e Zoya foram jantar sozinhas. Todos seus conhecidos estavam fazendo outra coisa. Foi a primeira vez que comeram sozinhas, por isso foram para uma das cantinas internas. Após tantos dias no castelo já começavam a se sentir confortáveis com os lugares mais “normais” do castelo e não achavam que precisavam mais de ajuda para voltar aos seus quartos. Estavam erradas. Elas haviam ido para cantina por indicação da sala-móvel dos figos e não conseguiram voltar. Alias o caminho parecia completamente diferente. Após uma curva passaram por um grande salão revestido de madeira vermelha, com grandes prateleiras de livros e pouca iluminação. Havia uma pessoa em uma mesa mal iluminada e o resto do salão estava coberto pelas sombras. Um sr. com uma longa barba branca usando roupas típicas de um mago. Usava óculos com aro de ouro e um grande cachimbo, em cima da mesa havia u
Garotas só querem se divertir Ciclo um O ultimo mês na vida de Thomas tinha sido agitado e inusitado, todos os dias acontecia alguma divertida novidade com seus colegas. Verdade que na maioria das coisas ele não tomou parte diretamente, apenas estava presente, mesmo assim era muito bom fazer parte do grupo. Melhor ainda foi quando aceitaram os seus projetos para a corrida de tapetes. Apesar de levar meses para montá-los não tinha a pretensão que realmente fossem aceitos. Nem ao menos tinha a intenção de fazer parte do grupo quando se ofereceu para ajudar a montar os equipamentos para o festival. Apenas queria ganhar alguns pontos extras no seu currículo e passar um tempo de Soleil a garota por quem ele nutria uma paixão secreta. Mas os últimos dias extrapolaram. Quem imaginaria que ao montar a pista da corrida de tapetes iria levá-lo a se encontrar com a polêmica Allix Pudim e o envolveriam em um
Após trocarem alguns olhares as duas acabaram por se abraçar. - Você é tão fofa que da vontade de apertar. – Disseram as duas ao mesmo tempo. - Muito bem. – Comentou o gato. – Agora eu vi de tudo. - Ouvi histórias sobre você. Todavia não me informaram que era tão gostosa, digo formosa. – Elogiou Lucy. - E ninguém disse que você parecia tão novinha. – Cassandra respondeu. - Eu parei de envelhecer com 16, agora tenho aparência de 19. As pessoas no quarto preferiram apenas deixar passar a afirmação. - Espere ai. – Percebeu Zoya. – Você é aquele gato que tomava chá. Mas você não era um gato... Gato! - E o que eu era então? - Um gato-coisa? - Gato coisa? – O gato-coisa ficou indignado. – Isso foi um insulto? Por que eu sei que não foi um elogio. - Você tem algum parentesco com a sala tulipa? – Nicole se manifestou visivelmente desconfiada de alguma coisa. - Sim! Ela usava o meu espírito. – respondeu c
Allix e Cassandra levaram Nicole e Zoya para a lavanderia do dormitório feminino. O lugar lembrava o salão de banho, só que bem mais rústico. Alguns enormes tanques que até pareciam banheiras a água fervia, em alguns largos barris haviam tecidos sendo tingidos e um grande campo de varais ao sol. Não havia apenas roupas, em algumas áreas as alunas lavavam seus acessórios como caldeirões e tubos de ensaio. Havia todo um cuidado para se separar a água usada com produtos químicos. Ao longe se podia ver o lugar aonde as alunas faziam o tratamento da água usada. Cassandra comentou que toda água usada na torre era dividida em dois pontos de tratamento, apesar de não lavar sua própria roupa, Nicole já havia trabalhado na área de tratamento. Havia alunas de todas as idades na lavanderia, algumas faziam experimentos químicos que destruíam as roupas, outras usavam magia para que a roupa se esfregasse sozinha, alguns experimentavam máquinas de lavar mirabolantes projetadas com a Mantraz