Rodrigo PalartoOlhei para Gilda de pé próximo a porta do meu escritório, olhando-me curiosa por alguns instantes, seus olhos a me averiguar não dava certeza se ela realmente estava preocupada comigo ou com o fato de ter ficado dentro do elevador com a sua assistente.- Sim, estou, estou bem obrigado, felizmente não houve danos, quanto a sua assistente como ela está?- A mulher ainda me olhando avaliativa sem ao menos mover os olhos por um segundo se quer, manteve se fixa a me olhar.- Ela te falou algo? Sei lá conversaram sobre algo?- Deixei a tela do computador de lado, vê-la interrogativa a não ser sobre algo de trabalho, era estranho. Vendo caminhar elegantemente a cada passo no macacão fino branco.Enquanto apenas neguei. - Não, que eu me lembre, ela tem algo a me falar?- A mesma negou e de uma maneira tão fora do comum uniu uma mão a outra, como se limpasse, embora não houvesse outro movimento, exceto a junção das mãos. - Não, sabe como é este povo sempre fala demais, muitas asne
ÁRIA DUARTEUm dia pensando se realmente vale a pena, olhando para a mulher sentada em sua mesa reivsando os documentos, toda a sua frieza, sua maneira de mostrar-se distante de tudo e do mundo, pensei várias vezes como seria a sua reação, se eu lhe disser que sou a sua filha, que ninguém fala, quero lhe encher de perguntas para saber o que aconteceu e porque o meu pai nunca me contou sobre eles. Pensando em tudo sobre a minha vida, todas as mentiras, vezes que era necessário uma mãe, que me disseram que estava morta, vendo-a agora a pouco menos de dez metros de distância digitando minuciosamente o computador. — Doutora... — Abri a boca falando, buscando coragem para interropê-lá, embora não houvesse resposta, como sempre outra vez, fui ignorada, ela continuou a digitar no seu computador seriamente. — Ária me traga os arquivos de dois mil e dezenove. — Disse após um conturbado silêncio para mim, me perguntei se ela havia escutado quando lhe chamei ou simplesmente foi mais uma vez b
Vendo o meu amigo sedento a embriaguez, o coloquei no carro, vendo alguns carros no estacionamento, não iria me indispor ao risco de ficar mais uma vez até tarde, precisando de descanso, um banho, dormir, mas ao ver a assistente de Gilda do lado do meu carro, procurando algo em sua bolsa, as necessidades mudavam de ordem, uma nova entrou na lista, os cabelos presos num coque que desconfio ser habitual, fez me avaliar a situação por inteira, a medida que os burburinhos se espalham e a mesma queira tirar proveito disto, porque não? Andei em sua direção tendo diversar ideias do quanto nos divertiríamos juntos por algum tempo, a mulher próximo ao carro preto, antigo olhou-me meio confusa, eu não saberia dizer se é a necessidade, junto ao desejo de tê-la, que me fez apreciar os seus olhos escuros me encarando com certa confusão, o nariz arrebitado fino, a inocência descrita no seu rosto, até que engoli em seco com a beleza diferenciada das outras, os lábios carnudos, sem batom, avermelhad
Ária DuarteHavia desejo, vontade de continuar o maldito beijo no mero instate que me deixei levar, sentir o senhor perfeitinho me beijando e quando vim a mim recusei, talvez fosse um jogo divertido para ele, mais uma a acrescentar a sua lista de mulheres que já rolaram em sua cama, todos as características exigidas pela maioria, bonito, rico, herdeiro além de presidente de uma empresa, mas no meio do seu beijo, não tive como ignorar, a lembrança de Yan fazendo o mesmo por anos. A decepção marcada naquela manhã, e outras que vieram em seguida, eu ia me casar com ele, e por mais que no início tenha sido para agradar o meu pai, eu me envolvi e me apaixonei, ele era o meu primeiro homem, como eu poderia estar a beijar outro em tão pouco tempo? Fugir noite a fora dentro do meu carro, os batimentos acelerados, o peso e a culpa por ter feito isto, para dirigir cega para casa, parando em frente a ela, em silêncio. Eu quis usar o senhor perfeitinho para saber mais sobre a minha mãe, e no fi
RODRIGO PARLATOA intensidade de interesse em mim crescia a cada instante, os seus olhares pertinentes me seduzindo, imaginações crescendo a cada olhar inocente e como ela seria na cama, talvez não, fosse apenas desejo e curiosidade como é com todas as outras, por isso vendo a mulher de calça justa, blusa de gola polo e bota descendo da mesa ainda a espera da minha resposta sobre a sua chefe, desconfiei que ela queria mais conversar do que outros interesses. — O que você quer saber sobre a sua chefe? Não posso negar que sei tanto quanto os demais, a Gilda é fechada, Ária, fala pouco, sua vida é apenas trabalho. — Desligando luzes, ar condicionador, seguindo a fechar a porta ela me seguiu. — Ela sempre foi assim? — Perguntou enquanto a esperei no corredor. — Que eu me lembre sim, mas não sei se piorou depois que perdeu o marido e filha.Parou na porta me olhando séria, os olhos tão pretos como duas pedras onix a me fuzilar. — Ah é? Então ela é viúva? — Afirmei vendo as suas sobrancelh
Ária Duarte Após recusar ficar com o senhor perfeitinho, sai da empresa pensando, e desta vez o que vagava em minha mente, não era a maternidade que foi interrompida em minha vida, mas em como as pessoas tem a facilidade de ficar, se envolver com outra, foi como subir de degraus em degraus o meu namoro com Yan, claro que ter o meu pai por perto facilitava muito uma certa rigidez, zelo o que não permitiu ter uma certa liberdade.Mas agora com Rodrigo não tinha como ser devagar, mas como beijar alguém quando se é acostumada a beijar outro? Era um procurar de uma pessoa em outra, mas e quando a fidelidade é quebrada? Que facilidade é esta de se quebrar algo tão sério, tão firme? Cheguei em casa refletindo sobre o assunto, parando a frente apertando o botão para o portão da garagem se abrir, observei o movimento em silêncio, descalça, andando na ponta dos pés, vi Carol sair de casa usando um shortinho jeans folgado, o top branco de crochê, juntamente aos cabelos presos no topo da cabe
Rodrigo Parlato Sai em direção ao estacionamento, encontrando Ária apoiada ao carro, e pelo jeito bêbada, após tentar me dá um beijo, tive certeza do que não estava tão visivel aos olhos, após tantas recusas, agora parecia ser algo fácil. — Adoraria explorar a sua boca está noite, não nego que tenho pensado bastante nisso, mas nesse estado... Ela nem mesmo continuou acompanhando o meu rosto, ao tentar me veijar outra vez, e apesar de saber que está sob o efeito do alcool era díficil me contér. — Eu nunca fiquei com ninguém, sei que para você não fará diferença, amanhã já terá aos beijos com outra. — Sussurou contra a minha boca tão perto que os seus lábios tocam os meus. — Quando estiver sóbria irei exigir tudo que está me desafiando agora. — Rolou os olhos ao ouvir, enquanto peguei em sua mão levando-a para o meu carro. Retirei a chave da jaqueta. — Ah não, vamos no meu carro, porque os filhinhos de papai sempre escolher esses brinquedos, hein? — Reclamou a caminho do meu carro,
Ária DuarteNão sabia como agir ficando com o senhor perfeitinho, e o pior é vê -lo fazendo jus ao apelido recebido, ter me entregue não foi uma facilidade ainda mais na primeira tentativa, mas ficar com um desconhecido após algumas tentativas parecia ser mais fácil, me entreguei ao prazer várias vezes e como se aquele indivíduo conhecesse bem os meus pontos fortes e fracos explorou-me, entrei no elevador ainda lembrando dos olhos em mim devorando-me naquela cama.Os olhos intensos tão azuis como o oceano, pareciam haver fogo neles, em chamas por momentos inexplicáveis me contive ao pensar na vasta experiência que tem com mulheres, após sair do prédio olhei para o seu andar, vendo que ele não se importa mesmo com ninguém.Por fim era o melhor, Yan não havia sido o único homem que tive relações e aquele não parecia se importar com isso, peguei um táxi indo para casa, mas ao tocar a campainha ninguém saiu dela, pedi para que o motorista aguardasse, procurei a chave reserva.Colocava a c