Dante mal podia acreditar no que estava acontecendo. Um minuto antes, a fúria corria em suas veias, alimentada pela confusão e pelas sombras do passado. Mas assim que Ava disse que o bebê estava prestes a nascer, tudo mudou. Era como se uma chave invisível tivesse sido virada dentro dele. O caos deu lugar a uma urgência diferente, uma que trazia uma sensação mais pura, quase paralisante: o nascimento de seu primogênito.

Ela, no entanto, estava calma. Ava sempre sabia como controlar seus sentimentos. Era impressionante o quanto ela conseguia manter a serenidade, até mesmo diante da dor e da pressão das contrações. Ela sabia que se deixasse o nervosismo dominar, o processo poderia acelerar demais, então se manteve firme. Ava, como sempre, assumiu o comando, e Dante, embora confuso, aceitou as ordens sem questionar.

"Pegue o carro", ela disse, sua voz firme, mas tranquila.

Sem hesitar, ele exigiu o melhor carro blindado da casa. Estava chovendo forte, e as gotas caíam pesadas em sua c