A virgem e o Mafioso: A filha do meu inimigo
A virgem e o Mafioso: A filha do meu inimigo
Por: Danny Veloso
Prologo

A ansiedade apertava meu peito. Eu não podia perder essa oportunidade. Ao entrar no bordel, encontrei o lugar lotado. A música reverberava pelo ambiente, enquanto mulheres dançavam no pole dance, e homens bebiam, fumavam, e se entregavam a substâncias ilícitas—coisas que eu já conhecia bem. Não posso fingir inocência; nasci na máfia e sei exatamente o que acontece em lugares como este. Mas isso era apenas um detalhe em comparação com toda a sujeira que o tráfico e a exploração trazem.

Naquele momento, meu foco estava em Dante. Ele se levantou e seguiu para o corredor. Com as luzes neon e salas separadas, sua aparência estava cansada, e seu rosto, furioso. Mesmo à distância, em meio à multidão, eu conseguia vê-lo claramente. Fiquei de olho nele e segui seu caminho.

Atravessei a multidão, passando por pessoas, mulheres e garçons que distribuíam bebidas e outras substâncias. Subi alguns degraus até a área VIP, onde ele estava. Sem desviar o olhar de Dante, continuei avançando. Meu coração parecia estar prestes a explodir, minhas mãos suavam, e a ansiedade me dominava. Minha respiração estava tão acelerada que parecia ofegante. Mas antes que eu pudesse alcançá-lo, alguém agarrou meu braço.

Olhei para a pessoa e reconheci o rosto de uma mulher deslumbrante, que eu já tinha visto algumas vezes quando vim investigar o local. Cabelos ondulados, olhos verdes, braços fortes, batom vermelho marcante, e um corpo escultural. Ela me fitou intensamente e perguntou:

— O que você está fazendo aqui?

Fiquei muda por alguns segundos, depois puxei meu braço, tentando adotar a postura de uma mulher forte e determinada, e respondi:

— Vim resolver um assunto pessoal.

Tentei avançar, mas ela se colocou na minha frente, bloqueando meu caminho.

— Acha que eu não sei o que você está tentando fazer? Já vi você aqui antes e sei exatamente o que quer indo para esse corredor.

Respirei fundo, revirei os olhos e disse:

— Já falei que é um assunto pessoal. Saia da minha frente ou...

Ela riu, debochando de mim, e respondeu:

— Ou o quê? Eu sou a responsável por este lugar. Sou eu quem vai te expulsar daqui.

Ela agarrou meu braço novamente e começou a me arrastar para fora. Aquela era a minha chance; se eu não falasse com Dante, o pior poderia acontecer. Mas, como se o destino interviesse, alguém nos parou no meio do caminho, impedindo-a de me tirar dali. Aproveitei a distração, soltei meu braço e corri em direção ao corredor, focada na porta que Dante havia aberto.

Cheguei lá o mais rápido que pude, temendo que a mulher voltasse para me impedir. Abri a porta e entrei. Dante estava de costas, claramente não esperando por minha entrada.

— Quero ficar sozinho, Olivi... — Ele começou, mas então se virou e me viu. Fechei a porta e dei um passo em sua direção. Confesso que estar tão próxima dele me deixou nervosa. — Você...

— Dante, preciso da sua ajuda, e sei que você também precisa de mim. — Meus olhos, cheios de esperança, encontraram sua expressão séria e irritada.

— Saia do quarto. — Ele ordenou, frio.

— Não! — Retruquei, firme. Eu queria ser uma mulher determinada, e nada me impediria de enfrentá-lo. — Como eu disse, precisamos um do outro, e acho que você vai gostar da aliança que proponho.

Ele riu, sarcástico.

— Menina, não tenho tempo para jogos. — Seus olhos se estreitaram enquanto ele dava passos em minha direção. A cada passo, sua presença me intimidava mais do que meu próprio pai, o homem que destruiu minha vida. — Saia antes que eu a arraste até a porta.

— Sou Ava Ford, filha, mesmo que contra a minha vontade, de Logan Ford, seu inimigo declarado. — Dante arregalou os olhos. Vi a raiva surgir em seu rosto, o que me deixou paralisada. Antes que ele pudesse fazer algo contra mim, falei: — Você o odeia, e eu o odeio ainda mais. Quero ele morto, e ele quer o Norte. Tenho informações que serão valiosas para seus negócios. Tudo o que peço em troca é que você o mate.

Seu punho cerrado parou perto do meu rosto, e por um segundo, temi que ele fosse me golpear. Ele estava furioso, seus olhos queimavam como fogo enquanto ele dizia, com uma voz grave e imponente:

— Isso é alguma piada?

— Não, sou realmente filha do demônio. Ele vai matar seus homens amanhã, na frente da boate FEAT. Jason está à frente desse ataque. Eu quero me livrar dos dois. Você poderá ficar com a cidade só para si. Então, temos um acordo?

Surpreendendo-me, ele me empurrou contra a porta, batendo nela com tanta força que quase tudo no quarto tremeu. Virei o rosto, esperando um golpe, mas nada aconteceu. Quando olhei para ele, seus olhos sombrios estavam próximos demais dos meus, e o medo deu lugar a outra sensação.

— Eu poderia matá-la, sabia? — Sua boca estava perigosamente perto da minha.

— Então estaria perdendo seu maior trunfo. — Sorri. — Ele matou minha mãe, tornou minha vida um inferno. Ninguém mais do que eu deseja a queda de Logan. Não seja bobo; podemos ser bons aliados.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo