— Que bom que comeram todo o café da manhã.— A Bella precisa se alimentar por causa do bebê, Vicent.— Espero que você cuide bem dessa gravidez, eu preciso de um bebê forte e saudável.— Para isso você precisa permitir que ela vá ao jardim, afinal grávidas precisam de sol e ar fresco.— Vocês poderiam aproveitar para fugir.— Como fariamos isso se tem homens seus na propriedade? — indaga Bella.— Acho que realmente tem razão, então vou permitir os passeios no jardim. Viu como eu sou bom? A Jenni teria sido uma esposa feliz.— E teria largado a escola, engravidado cedo e perdido a oportunidade de ter uma carreira.— Que eu saiba você não tem uma carreira no momento.— Graças a sua perseguição, se não fosse por isso eu estaria bem melhor, provavelmente casada com um bom homem.— Nenhum desses caras se compara a mim.— Ainda bem, né? O mundo seria pior com cópias suas.— De qualquer forma saiba que daqui você não sai.— E ainda sim nunca vou ser sua, Vicent.— Vamos ver até quando eu vo
— Você me disse que teria tarefas para me passar. — Eu preciso de uma esposa obediente — ele se senta. — Então o que você espera de mim, Vicent? — Você vai colocar as minhas meias e os meus sapatos. — Eu não vou fazer isso — ela o olha com indignação. — Se não cumprir com todas as minhas ordens, eu vou ter que punir a sua amiga grávida. — Você não seria capaz de maltratar uma grávida. — Teste e sofra as consequências dos seus atos. — Eu tenho tanto nojo de você — ela se ajoelha na frente dele e pega as meias. — Depois disso quero que faça uma massagem nos meus ombros. Ela continua a tarefa em silêncio, sabia que ele se divertia com suas reações, e não iria ajudá-lo em sua diversão. Jenni começa a massagem, ela tentava focar em sua fuga, nos detalhes do seu plano para escapar. Seria maravilhoso se ela conseguisse, não teria mais que aturar os caprichos de Vicent. Após um tempo ele segura a mão dela, a morena o olha confusa, mas ele a puxa para o colo e a segura, ela tenta fug
— Como você está se sentindo? — Eric se senta ao lado de Jenni na cama. — Ainda assustada com tudo o que eu passei. — Aquele homem ousou tocar em você? — Não, mas ele pretendia, eu consegui deixar a casa antes. — Eu juro que vou acabar com ele. Tudo que ele fez vai parar na mídia, todos vão saber o verme que ele é. — A única coisa que eu quero é me sentir segura. — Então eu vou cuidar de você — ele a abraça. — Eu quero ficar perto de vocês essa noite. — Eu vou trazer a Serena para o quarto, vamos ficar os três juntos como uma família. — A Bella ficou bem? Ela talvez esteja grávida. — Segundo os médicos a gravidez vai muito bem, e agora ela está com o marido. — A Bella merece ser feliz, ela e o marido sonhavam em aumentar a família. — O meu pai está todo babão, Bella é como sua primeira filha. — Assim como a Serena é como uma filha para mim. — Ela tem sorte em ter você por perto.— Eu é quem tenho sorte — ela o beija. — Já volto com a nossa filha — ele sai do quarto. Je
— Você está tão linda, Jenni — Emma estava ajudando a fechar o vestido. — Estou um pouco nervosa — ela olha a sogra através do espelho. — É normal se tratando do dia do seu casamento. — Eu nunca me imaginei casando, sempre pensei que passaria a vida toda fugindo. — Você não precisa se preocupar com isso, meu bem. Aquele homem tem muitas preocupações no momento, ele não vai voltar a te chatear. — A Serena já está pronta — Bella entra com a bebê nos braços. — Ela está tão linda com esse vestido rosa — Jenni se aproxima da bebê. — Agora que aprendeu a andar não para quieta. — Logo logo vai ser o seu bebê, Bella. — Eu não vejo a hora, Emma — elas sorriem. — Acho que já está na hora da cerimônia. — A noiva tem que ser a última a entrar, então vamos indo na frente e você espera o Oliver te buscar. — Eu vou levar a Serena comigo — Bella sai com a menina nos braços. <
— Eu já estou indo para a escola — Serena desce as escadas correndo. — Mais cuidado com essa escada, filha. — Eu só estou atrasada, mamãe — ela pega um bolinho na mesa. — Deveria acordar mais cedo então — ela beija a testa da filha e ajeita a bolsa em seu ombro. — Acho que o sono é mais forte do que eu — ela sorri e sai correndo. — Eu falo para ela que o motorista é sempre pontual, e que ela precisa fazer o mesmo — Eric abraça a esposa de lado. — Você reparou que ela se tornou a cópia da mãe? Eu fico assustada com a semelhança. — E a personalidade totalmente diferente. — Eu sabia que ela tinha o mesmo cabelo e olhos, mas jamais imaginei que ela seria uma cópia fiel. Acho que deve ser difícil para ela, se olhar no espelho e enxergar a mãe que ela não conseguiu conhecer. — Ela diz que as fotos não incomodam, e eu acredito que ela é feliz tendo uma segunda mãe, afinal você é a única mãe que ela conhece. — Talvez seja só preocupação exagerada de mãe. — A Serena e eu somos muito
— Você vai ficar com a Samantha — ele acaricia os fios loiros da mais nova. — Mas eu quero ficar com vocês — ela reveza o olhar entre os dois tios.— Precisamos fazer essa viagem, e sei que você gosta da Sam — Oliver se abaixa na altura da mais nova. — Vocês vão morrer que nem os meus pais? — Prometo que volto para você, Bella — Adam oferece o dedinho para ela. — É uma promessa de dedinho, então não quebre. — Vamos voltar para você, princesa — reforça Oliver se levantando. — Vou cuidar bem da nossa princesa — Sam se junta aos três. — Confio totalmente em você, ela é tudo o que me restou do meu irmão. — Pode confiar, meu amor — ela o beija. Os dois entram no carro rumo ao aeroporto, o pai de Bella tinha falecido dois anos atrás, ele e esposa foram vítimas de criminosos. Adam era o mais velho, seu filho fazia faculdade fora da cidade, Oliver tinha ficado com a guarda da menina, mas seu irmão era bastante presente. Samantha os ajudava com a menina, mas ela sempre preferia os tios
— Já deixei seu café pronto, papai — a morena para em frente a um espelho no corredor.— Eu não quero que se atrase, Emma — o mais velho beija o topo da cabeça dela.— Não posso sair assim, preciso te deixar bem alimentado.— A minha mão não cai se eu cozinhar.— Mesmo assim eu gosto de te mimar — ela pega uma torrada.— Você vai sair sem tomar café? — ele a repreende com o olhar.— Não se preocupe comigo, comerei na escola — ela pega a bolsa e sai.Um carro estaciona em frente a casa, o homem observa a jovem sair, todos os dias ela ia a escola, estava no último ano. Ela era dona de longos cabelos lisos, seus olhos eram castanhos e a pele oliva, além de um sorriso doce e lábios carnudos. Ela não lembrava em nada o pai, provavelmente tinha puxado a falecida mãe, que tinha os deixado quando ela era um bebê.— Então na casa vive o pai da Samantha.— E sempre sai uma moça, ela deve ser parente dele.— Não se trata da Samantha? Ela poderia ter voltado.— Essa menina tem dezoito anos, senh
Emma caminha devagar, ela sabia que quando chegasse da escola, teria que ir para a casa de Oliver. Ele tinha muita raiva da irmã dela, e isso não era bom sinal, talvez ele não a tratasse ao menos com respeito. Ela já estaria ali trabalhando de graça, para pagar uma dívida que não era dela, isso já era humilhante o suficiente. Ao chegar em casa ela sobe para o quarto, a morena pega sua mala e uma bolsa, ela teria que morar na casa de Oliver. Ao descer ela se depara com o motorista, ele a esperava para irem embora, mas Emma precisava se despedir de seu pai. Ela o abraça forte, o mais velho chora nos braços da filha, ele se sentia um covarde por não ir no lugar dela. — Eu vou voltar para casa, eu prometo — ela sai com o motorista. Já no carro as lágrimas escorrem, ela não queria ir, mas também permitiria que seu pai fosse. Oliver parecia ser um homem impiedoso, e ela não queria piorar a situação, o melhor seria trabalhar durante algum tempo, e mais tarde voltar para casa, mas se a dív