Quarenta e um

Esther Mendonça

Fechei os olhos e suspirei antes de dar mais um passo em direção a empresa, eu estava disposta a contar toda a verdade a Victor Hugo. Eu não sabia se essa era decisão certa, porque até onde sei eu podia muito bem estar enganada e ter me deixado levar por suas conversas, ele ainda podia ser o assassina que sempre acreditei que fosse.   Mas algo em mim dizia desde que eu o conheci pessoalmente que ele podia ser inocente no final das contas e que eu estava enganada, e a história do detetive foi um ponto muito importante para que eu passasse a acreditar nisso de verdade.   Eu não sabia qual seria a sua reação ao descobrir o que eu tinha para contar, mas com certeza o homem não ficaria feliz já que teve grande parte de sua vida destruída por mim e possivelmente de forma injusta. Procurei não me dar mais tempo par

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