Victor Hugo
Se antes eu me encontrava confuso agora parecia ainda mais, pior ainda do que quando cheguei nesse lugar e fiquei sabendo de uma pulseira de Cecília, pulseira essa que não tinha motivos nenhum para estar ali já que a garota não frequentava a casa, nem quando começamos a namorar quem dirá anos depois, e a pulseira encontrada justamente no quarto do meu pai, nada daquilo parecia fazer sentido em minha cabeça, na verdade não fazia nenhum.
- Meu Deus, por quê? Não posso acreditar que Cecília tenha dado motivos para ele fazer isso com ela, não consigo imaginar sequer algum motivo para ele odiar minha irmã como você me disse. - Esther leva a mão na cabeça parecendo tão perdida como eu.
- Ele não tinha, nunca teve na verdade. - Digo. - Apenas tomou raiva da menina achando que n&ati
Esther MendonçaVictor Hugo me encara ao mesmo tempo que eu a ele, quando ouvimos de um dos funcionários que o seu pai estava na mansão, era como se a notícia tivesse paralisado a nós dois e permanecíamos ali no lago, com os corpos ainda colados um ao outro. Toda a reação que ele tem é apenas concordar com a cabeça para o aviso do funcionário e murmurar que já estava indo.- O que o seu pai tá fazendo aqui? achei que ele não viesse mais aqui há anos.- Digo quando o funcionário se afasta, nos deixando a sós novamente- E não vem-- Então...?-- Você ainda tem dúvidas?- Ele questiona me olhando, como se a resposta fosse a coisa mais óbvia do mundo- Aurélio.- Raciocino ao lembrar que ele tinha dito ontem que o mordomo in
Victor HugoAinda depois de ser levantado e colocado em sua cadeira meu pai, ou melhor, o homem que se dizia meu pai tinha um sorrisinho presunçoso no rosto machucado pelos acertos dados nele.- E não, eu não mataria aquela ninfeta por mais que tivesse todos os motivos possíveis para isso, mas sabe de uma coisa, Victor Hugo. - Ele faz uma pausa por causa da tosse que tenta voltar, mas ele logo trata de controlar. - Ela era bem gostosinha para ser desperdiçada, e espero que saiba que ainda continuou se deitando comigo mesmo estando namorando com você. - O velho ri alto, como se estivesse extremamente satisfeito por falar aquilo sobre a namorada do próprio filho, namorada essa que ele se envolveu antes e depois do nosso namoro. Apenas viro as costas cansado daquilo, e me sentindo um merda depois de praticamente uma bomba daquela ser lançada. Vejo Esther caída e que faz uma car
Esther MendonçaOs nossos olhos estão presos uns nos outros enquanto Victor Hugo permanece com a sua mão sobre a minha, tentando me oferecer conforto com o ato. Eu ainda não podia acreditar que estava conhecendo a sua verdadeira face, uma face que eu imaginei que fosse diferente por anos e que acreditei fielmente que era um assassino, um homem insensível e egoísta. Mas a cada dia que passava eu só percebia o quão errada eu estava, Victor Hugo era a única pessoa que realmente estava ao meu lado em tudo isso, é claro que eu sabia que podia contar com o apoio de Nadja para o que precisasse, assim como o da minha tia, mas Victor Hugo era o único que podia compartilhar da mesma dor que eu e era a pessoa que estava me ajudando com tudo isso.As últimas descobertas sobre a vida de Cecília não estavam sendo nada fácil de se
Victor HugoAs palavras de Alissa ainda pareciam ressoar em minha cabeça, assim como a forma em que Esther saiu apressada do meu apartamento logo depois da aparição da minha namorada, ou melhor, ex namorada e provavelmente sua pressa toda foi motivada pela conversa que escutou, em que todo o momento foi acusada.Eu sabia do seu plano, desde o beijo até a chegada de Alissa na sala, tudo e cada mínimo detalhe planejado por ela para acabar com o meu relacionamento, aquilo sim poderia ter sido planejado, mas o outro beijo, o primeiro não foi e eu me sentia culpado por ter feito aquilo com Alissa e agora poderia dizer que no mínimo aliviado por ter contado que o que ela viu não aconteceu apenas aquela vez. E me odiava por cada vez que chegava perto da mulher a vontade de cometer o mesmo erro de beijar a sua boca, tocar o seu corpo me corroía por dentro, era invo
Esther Mendonça- Que história é essa de que você vai voltar para Goiás?- Victor Hugo dispara assim que abro a porta e o encaro confusa, franzindo o cenho. Mas ainda sim dou um maior espaçamento na porta e ele entende que era um convite para que entrasse, passando para dentro do apartamento e fecho a porta em seguida- Boa noite pra você também, Victor Hugo.- Digo com ironia, forçando um sorriso- Você não me respondeu.-- " A história".- Sinalizo as aspas com os dedos - Não é bem uma história, é o que eu pretendo fazer assim que terminar tudo o que tenho pra terminar aqui.-- Descobrir quem matou a Cecília, você quer dizer.-- Obviamente.-- E depois que fizer isso você vai embora.-- É o que eu estou dizendo, Victor Hug
Victor HugoO caminho para minha casa é cheio de dúvidas sobre quem havia mandado o recado, e era bem óbvio que tudo recaia ao meu pai, pois depois de tudo que o homem havia dito e confessado da última vez, mas isso eu deixaria para tirar a limpo outro dia, não agora.- Não precisa me ajudar a descer. - Esther diz rindo quando saio para o outro lado para ajudá-la a descer.- Sua perna. - Aponto.- Já melhorou há um bom tempo, mas também era praticamente impossível não melhorar com o tanto de remédio que você insistiu em mandar quase todos os dias lá pra casa. - Sorri descendo e pegando sua bolsa, saímos da garagem e pegamos o elevador privativo que levava direto para a cobertura.- Só estava tentando me desculpar. - Dou de ombros.- Com remédios?
Esther MendonçaNão consegui disfarçar o incômodo que senti quando ouvi aquelas palavras vindas de Victor Hugo, tanto que a minha única reação foi sumir de sua frente o mais rápido possivel, assim como ir embora de sua casa. Eu não conseguia expressar o que tinha sentido, em um momento eu pude me sentir feliz por ouvir de sua boca que ele me desejava, que eu não sentia isso sozinha, mas quando ele disse que não podíamos ter nada, ouvir aquilo fez com que algo desabasse dentro de mim. Eu estava com raiva, com raiva por ele ter me feito pensar que algo entre nós poderia ser possível, com raiva por quebrar as minhas expectativas. Só quando ele disse aquelas duras palavras que eu percebi o que tanto queria negar, eu estava apaixonada por Victor Hugo e não dava mais pra tentar esconder isso de mim mesma. Estava jogada
Victor Hugo- Não é preciso dizer muito para que todos saibam, é só olhar. - Esther diz de forma ciníca e quase tenho vontade de rir.- Quem é aquele? - Pergunto sem conseguir segurar a curiosidade que me tomou desde o momento em que a mulher pisou neste lugar, e pior ainda acompanhada de um homem.- Um amigo. - Dá de ombros fingindo desinteresse e agradece quando duas taças são entregues em suas mãos. - Tenho que voltar, seu evento está lindo. - Elogia antes de sair de perto e caminhar para perto do homem que a acompanhava e entregar para o mesmo uma das taças que carregava exibindo um sorriso bonito, trato logo de desviar os olhos dali e pegar uma boa dose de whisky, volto para a mesa com os outros sócios e percebo que Alissa trocou de lugar com Diego que estava sentado ao meu lado e agora está do outro lado d