Maxim Volcov.Minha respiração começou a se acalmar lentamente enquanto sentia o corpo suave de Irina relaxar nos meus braços. Sua pele ainda estava quente contra a minha, e o cheiro doce de seu cabelo se misturava com o nosso suor. Um sorriso se formou nos meus lábios ao ouvi-la respirar profundamente, o sono tomando conta dela após o que havíamos acabado de compartilhar.Eu sabia que precisava me levantar, mas não queria. Havia algo tão pacífico em tê-la assim, aninhada em mim, tão vulnerável e tão minha. Com cuidado, me afastei dela, tentando não perturbá-la. Olhei para o rosto de Irina, os lábios rosados e inchados dos beijos, os cabelos espalhados sobre o meu peito, e senti uma onda de ternura.Um fio de cabelo loiro estava caído sobre seus olhos fechados. Delicadamente, afastei-o, sentindo a suavidade sedosa entre meus dedos. Mesmo depois de tudo o que havíamos feito, ela parecia angelical, tão serena em seu sono. Eu a peguei nos braços, segurando-a contra o peito, e comecei a s
Maxim Volcov.Acordei com o som insistente do celular vibrando na mesa ao lado. Um ruído irritante e agudo que me arrancou do sono profundo em que eu estava mergulhado. Esfreguei os olhos, tentando me adaptar à claridade intensa que entrava pelas cortinas semiabertas. Por um momento, senti-me desorientado, sem saber onde estava. A cama era macia demais, o travesseiro confortável demais. Então, virei a cabeça e a vi.Irina estava ao meu lado, ainda adormecida, com os cabelos espalhados pelo travesseiro e uma expressão de paz no rosto. Seus lábios ligeiramente entreabertos e a respiração calma e regular. Um sorriso surgiu involuntariamente em meus lábios ao perceber que tudo o que havia acontecido era real. Não era um sonho. Não dessa vez.Levei uma mão à testa, esfregando os olhos enquanto tentava me ajustar à luz do dia. O celular não parava de tocar, vibrando sobre a mesa. Com um suspiro, me inclinei para frente, pegando o aparelho sobre a mesa. Olhei para a tela. Patrick. O nome pis
Maxim Volcov.Patrick saiu do escritório, e eu fiquei ali por um momento, respirando fundo. A traição de alguém próximo era um golpe que não esperava. Mas, de alguma forma, ao pensar em Irina lá em cima, no quarto dela, tudo parecia um pouco mais suportável. Eu sabia que, enquanto tivesse ela, eu poderia enfrentar qualquer coisa.Decidi que, depois de resolver essa situação, precisava encontrar uma maneira de garantir a segurança dela. Irina era minha prioridade agora, e eu faria qualquer coisa para protegê-la.Com esse pensamento em mente, deixei o escritório, decidido a enfrentar o que viesse. Mas primeiro, precisava ver Irina novamente, precisava sentir sua presença calmante antes de me jogar de volta no mundo sombrio e traiçoeiro em que vivia.Subi as escadas lentamente, cada passo ressoando na madeira enquanto me aproximava do quarto dela. Quando cheguei à porta, bati levemente antes de entrar. Irina estava acordada agora, sentada na cama com uma bandeja à sua frente. Ela sorriu
Maxim Volcov.Anastácia hesitou, olhando ao redor como se estivesse certificando-se de que estávamos sozinhos. “É alguém muito próximo a você, Maxim. Alguém em quem você confiou a vida inteira.”Senti meu coração bater mais rápido, mas mantive minha expressão neutra. “Pare de rodeios, Anastácia. Diga quem é.”Ela se aproximou, os olhos fixos nos meus. “É o Nikolai Volcov,” ela finalmente revelou, a voz apenas um sussurro.Nikolai. Meu meio-irmão. A informação me atingiu como um soco no estômago. “Isso é impossível,” murmurei, mas uma parte de mim já sabia que ela falava a verdade.Anastácia sorriu, vendo minha reação. “Eu sabia que você não acreditaria. Mas é a verdade, Maxim. Nikolai está planejando trair você e tomar o seu lugar.”Meu sangue ferveu com a raiva e a traição. “Por que você está me contando isso?” perguntei, tentando entender o que ela ganharia com essa informação.Ela deu de ombros, o sorriso desaparecendo de seus lábios rachados. “Porque, no final das contas, eu sei q
Irina ouviu tudo em silêncio, mas eu podia ver o medo crescendo em seus olhos. Quando terminei, ela apenas assentiu, sua voz tremendo levemente quando falou. “O que vamos fazer, Maxim?”“Vamos enfrentar isso juntos,” respondi, pegando sua mão e apertando-a com firmeza. “Mas preciso que você fique segura. Nikolai não vai hesitar em usar você contra mim, e eu não posso permitir que isso aconteça.”Ela assentiu novamente, apertando minha mão de volta. “Eu confio em você, Maxim. Sei que você fará o que for preciso.”Aquelas palavras, tão simples e sinceras, tocaram algo profundo em mim. Irina acreditava em mim. Confiava em mim. E isso me deu a força que eu precisava para enfrentar o que quer que viesse pela frente.Segurei seu rosto entre minhas mãos, olhando nos olhos dela. “Vou proteger você, Irina. Com minha vida, se for necessário.”Ela sorriu levemente, apesar da preocupação em seus olhos. “Eu sei que vai. E eu vou fazer o mesmo por você.”Beijei-a suavemente, sentindo o calor e o co
Irina Petrova.A noite havia se instalado completamente do lado de fora, e as luzes suaves do quarto criavam um contraste entre o calor do ambiente e a tempestade de pensamentos que se desenrolava dentro de mim. Eu ainda podia sentir o beijo de Maxim nos meus lábios, mas o peso das suas palavras reverberava mais forte em meu peito.Maxim se afastou, respirando fundo, com os olhos fixos no chão por um momento, como se estivesse reunindo forças para lidar com o que estava por vir. Eu já conhecia aquele olhar; ele estava lutando internamente, um conflito que eu só poderia imaginar. Acho que ter seu meio-irmão Nikolai de volta era uma ferida aberta que agora ameaçava não só a ele, mas a nós.“Maxim…” minha voz saiu baixa, quase hesitante, enquanto eu observava seus ombros tensionarem. “O que você está pensando em fazer?”Ele parou, passando as mãos pelos cabelos como sempre fazia quando estava frustrado, seus movimentos bruscos, mas cheios de propósito. A luz da lâmpada lançava sombras em
Maxim VolcovO silêncio do quarto era quebrado apenas pelo som suave da respiração de Irina, após nossa conversa. Ela estava tentando se manter firme, mas eu sabia a verdade estava se infiltrando em seus pensamentos. O olhar que me lançou enquanto se aninhava em meus braços era de confiança, mas também de medo. Eu não podia culpá-la.Sai do quarto, deixando Irina descansar por um momento. Enquanto eu caminhava até o escritório. O céu noturno, estava salpicado de estrelas. O ar fresco que entrava pela fresta das janelas pouco ajudava a acalmar as brasas de raiva e tensão que queimavam dentro de mim.Patrick, meu braço direito, aguardava minha chamada. Ele estava investigando os movimentos de Nikolai e qualquer prova adicional seria crucial agora. Nikolai, meu próprio meio-irmão, não hesitaria em usar Irina, a pessoa mais preciosa da minha vida, como peão em seu jogo mortal, ele era assim. Meu coração batia pesado com a urgência de agir.Peguei o telefone e liguei para Patrick. Sua voz
Maxim VolcovA noite parecia ainda mais pesada quando desci as escadas. Cada passo ecoava pela mansão, mais uma noite em claro, como todas as outras de total insônia. A traição de Nikolai já não era apenas uma suspeita. Era uma verdade que queimava em meu peito como uma faca afiada.Patrick estava me esperando no escritório, de pé ao lado da mesa, sua expressão séria. O leve tilintar de um copo de uísque sobre o móvel de mogno era o único som que quebrava o silêncio. Ele me olhou e fez um breve gesto, como se soubesse que o momento exigia mais do que palavras.“Ele está pronto?” perguntei, minha voz baixa, mas com a autoridade que o cargo de Pakhan exigia.Patrick assentiu, o rosto endurecido. “Está. Ele já começou a movimentar suas peças, mas temos os olhos sobre ele.”Caminhei até o bar e enchi um copo, o som do líquido batendo no vidro soava como um prelúdio para o que viria. “Temos que agir antes que ele o faça. Cada segundo que Nikolai tem, ele usa para tentar me destruir… e a Ir