Kamila saiu no meio da noite para ir ver como Tiago estava, pegou um táxi até a casa do senhor Alberto, que a recebeu na porta e foi pagar o taxista. Ela esperou na sala enquanto ele fazia isso.— Nem sei como agradecer por você vir, mesmo depois de eu ter te demitido assim sem maiores explicações.Kamila respondeu:— Não vamos mais falar sobre isso, senhor Alberto. Tudo o que importa é a saúde de Tiago. — Alberto se aproximou e beijou sua mão, olhando nos olhos dela, e Kamila sorriu.— Vamos, ele está esperando ansioso por você.Alberto foi na frente subindo as escadas, e chegaram ao quarto onde Laura estava ao lado do irmão.— Pronto, seu chato, já pode parar de chamar por ela o tempo todo! — Laura disse, mas ficou muito feliz em ver Kamila. Kamila se aproximou e deu um beijo no rosto de ambos, passando a mão sobre a testa de Tiago para verificar a temperatura.— A febre parece alta ainda, temos que controlar.Alberto, apesar de não ser pai, notou a maneira especial como Kamila cuid
LanaEu ia sair da empresa depois daquela manhã cheia de tocas de farpas entre mim e Leon.— Espera Lana.— O que foi? — Estranhei que Gabriela tenha vindo falar comigo, ela é sempre uma das que falam muito mal de mim.— Preciso que me acompanhe até o hospital, há uma pessoa que precisa muito falar com você.— No hospital?Ela assentiu, pediu um táxi e entramos.— Rafael não vai sossegar enquanto não entrar em contato com você.— Não conheço nenhum Rafael! — Respondi prontamente.— Mas aposto que conhece Ana Cláudia, estou errada?Sim, eu conheço.Assim que chegamos fomos até a recepção e conseguimos liberação para ir até o quarto dele. Pelo jeito, ele havia passado por uma situação de vida ou morte.— Você é Lana? — Ele perguntou se acomodando melhor na cama.— Sim, sou eu.— Se importa de nos deixar a sós um momento, Gabriela?— Tudo bem, estarei lá fora se precisarem. — Gabriela saiu perceptivelmente irritada.— Sente-se, o que eu tenho para dizer pode levar um certo tempo.Eu me s
Lana Eu estava tão magoada por Leon estar ao lado de Carla, que aceitei ir embora com Osvaldo. Ele abriu a porta do carro para mim... — Carla passou de todos os limites essa noite. — Eu não me importo com nada do que ela diz, tenho muito mais coisas para me preocupar. — Me entristeço ao pensar em Ana Cláudia. — O que está acontecendo? Você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa! Não sei se deveria, mas eu não tenho outra alternativa, Carla nunca permitiria que Leon me ajudasse. — Eu preciso pagar uma dívida e não consegui fazer um empréstimo no banco. — Se o seu problema é dinheiro, eu posso resolver! — Ele respondeu mudando de rua e não estávamos mais indo para minha casa. — Eu não sei o que você pode estar pensando, mas... — Lana, eu sei que você não vai poder pagar tudo de uma vez, mas eu vou te emprestar e você vai me pagando aos poucos. — Para onde estamos indo? — Perguntei apreensiva. — Para minha casa, vou te dar a quantia que precisa. Não posso te fazer uma
Após testemunhar Lana sendo atropelada, Osvaldo voltou correndo para o seu carro e saiu em alta velocidade. Parou em um bordel e pediu a uma prostituta menos requisitada, sabendo que uma mulher ambiciosa faria qualquer coisa. — Qual é o seu nome? — Perguntou a ela. A prostituta respondeu sorrindo: — Safira. — Eu quero saber o verdadeiro. — Insistiu Osvaldo, enquanto enfiava um maço de notas no decote dela. — Fernanda. — Fernanda, eu quero que você seja, a partir de agora, uma boa amiga. Se eu precisar, você será o meu álibi perante a justiça... posso te pagar muito por isso. Fernanda ficou assustada e perguntou: — O senhor cometeu algum crime? — Achei que gostasse de dinheiro e que nada mais importasse. Você fica mais bonita quando não faz perguntas! — Respondeu ele. Ela concordou: — E gosto, você está certo. Osvaldo estava exausto demais para ter relações com aquela mulher. O olhar de Lana enquanto ele forçava uma relação sexual entre eles não saía de sua mente. Ele sabia
Alberto estava prestes a sair para ir até a casa de Leon e estava disposto a acompanhá-lo para enfrentar Osvaldo. No entanto, o telefone tocou, e Amara o avisou antes de ele cruzar a porta. — Senhor, é uma ligação de um hospital. — Hospital? — Alberto ficou preocupado e imediatamente pensou em Lana. — O senhor é Alberto Bragança? — Sim, eu mesmo. — Na verdade, estou ligando porque o senhor é o advogado de Leon Versalles, e o nome deste homem foi a última coisa que a moça que atropelei na noite passada conseguiu dizer. As pernas de Alberto estremeceram. Lana tinha sido atropelada? — Se você está me ligando de um hospital, isso significa que ela continua viva? — Alberto temia a resposta. — Sim, o médico me disse que ela vai se recuperar. Mas ele não me passou mais detalhes porque há certas coisas que só pode revelar aos parentes. — Não se preocupe, vou avisar Leon e a mãe dela. Me diga o nome do hospital... Ele forneceu o nome, e Alberto sabia onde ficava. Ele avisou dona Márci
LanaMesmo depois de tudo o que passei, Ana Cláudia continua na minha mente. Saber que ela está em perigo e ainda mais grávida me deixa apreensiva, Rafael deve estar pensando que eu o abandonei sozinho com esse problema para resolver, mas eu vou me recuperar e vamos dar um jeito de tirá-la de lá.— Estou muito grata por você vir me ver.— E como eu deixaria de vir? Lana, eu me arrependo tanto de ter te deixado voltar a esse país… se eu tivesse feito as coisas de outra forma, você não teria passado por isso.— Porque me mandou ir embora daquele jeito, eu me esforcei diariamente para demonstrar a você que eu te amava… que eu te amo de verdade!— Eu fiz o que fiz por amor, eu não podia te condenar a viver ao meu lado, aprisionada naquela mansão ou em outra, mundo afora. Eu errei tentando acertar.— Achei que você não me amava, Leon eu senti uma dor tão forte no meu coração quando o doutor Alberto me trouxe de volta. Eu só comparo essa dor, com o que estou sentindo agora, pelo que me acon
LanaDia seguinte...Acordei me sentindo um pouco melhor, eu tento não pensar no que aconteceu e me concentrar na felicidade que me fez voltar para os braços de Leon. Minha mãe passou a noite sentada ao meu lado e Leon também ficou, Alberto me disse que o delegado virá para me ouvir.— Mamãe, vá para casa. Kamila e dona Ruth devem estar preocupadas conosco. Vá e tome um banho… a senhora precisa descansar.— Sua filha tem razão dona Márcia, meu motorista está lá fora. Eu telefonei para ele vir. — Leon também queria me ajudar a tirá-la daqui, pelo menos por enquanto eu falo com ele.— Leon vai ficar comigo, faça o que estou pedindo mamãe.Ela suspirou e finalmente concordou, Leon a acompanhou até a saída.LeonFomos em direção à saída do hospital e abri a porta do carro onde meu motorista já esperava por ela.— Vá e descanse, qualquer coisa fora do comum eu avisarei a senhora.— Estou confiando a pessoa que mais amo a você Leon, espero que não me decepcione.Ela foi para casa, omitir al
Rafael tentou entrar em contato com o número de celular que Lana lhe passou, mas não obteve resposta. Enquanto Gabriela se ocupava com as tarefas da casa e cuidava de tudo o que podia, ele se esforçava para afastá-la, mas ela estava determinada a ajudar.Rafael percebeu que precisaria se reaproximar de alguns dos moleques do morro para obter informações sobre Ana Cláudia. Ele conversou com um deles na esperança de obter informações.— Eu quero que me traga informações sobre uma pessoa...O rapaz hesitou:— Ih, cara, não quero me envolver com problemas.— Você não terá problemas, só quero saber se ela está bem. É a esposa de Josué… você sabe de quem eu estou falando? — Rafael perguntou, fazendo o rapaz ponderar.— Josué é um cafetão que vive de enganar mulheres ricas, sei de quem está falando. A mulher dele vive presa, eu nem saberia te dizer ao certo quem ela é.— Ana Cláudia não deve estar tendo acompanhamento médico na gravidez, eu tenho que dar um jeito de tirá-la de lá.O rapaz su