LanaVoltei para casa depois daquela manhã turbulenta, minha mãe estava me casa, mas não deveria estar. Eu até tinha pedido a dona Ruth que fosse com ela até a clínica...— Mamãe, o que a senhora faz aqui? Não deveria estar na clínica? Dona Ruth não pode ir com a senhora?Ela suspirou, relutava me dizer e eu sei que não seria nada bom saber.— Cancelaram o plano de saúde filha, não quiseram me atender.— Eu já esperava por isso, mas não se preocupe. Vou pagar e a senhora vai poder retomar o tratamento. — Agora, mais do que nunca, eu preciso manter meu emprego… o tratamento é muito caro e agora custeando esse valor mensalmente, só terei o suficiente para o aluguel e para a comida.Terei que pedir o adiantamento do meu salário desse mês, Osvaldo Henrique piorou muito a minha situação diante de todos na empresa, quando souberem que há ações no meu nome...Kamila veio conversar comigo e parecia bem triste, assim como eu. Fomos para o meu quarto, minha mãe foi descansar um pouco no quarto.
Dia da votação para a presidência da empresa.LeonConvidei Carla para que estivesse presente, depois da briga entre ela e Lana de alguma forma perceber que ainda pode haver algum ciúme nela me satisfaz o ego.— O doutor Alberto acabou de chegar.— Sim, vamos agora Carla. Quero ser o primeiro a chegar!Entramos no carro dele, e fomos até a empresa. Entrei na sala e reuniões. Osvaldo ainda não havia chegado, mas alguns acionistas já estavam ali.— Bom dia! — Eu os cumprimentei e nos sentamos, um tempo depois… ele chegou.— Bom dia a todos, por favor estejam à vontade.Aquela simpatia imposta me dava ainda mais vontade de gritar para todos eles que esse miserável vem nos roubando há muito tempo.— Acho que podemos começar. — Avisei a todos enquanto entrelaçava meus dedos sobre a grande mesa.— Não, meu irmão, ainda há uma acionista que precisamos esperar.Mal, Osvaldo terminou de dizer e Lana entrou na sala, linda como sempre. Cabelos negros soltos, roupa formal e aquele cheiro maravilh
LeonNo mesmo dia, eu pedi que Osvaldo desocupasse a sala da presidência.— Quem sabe agora que eu tendo de novo o poder, ela queria voltar para os meus braços, nem que seja novamente por dinheiro ou status!Ainda na empresa, Gabriela recebe uma ligação do hospital onde Rafael está internado e pede permissão para ir visitá-lo.— Sim, é claro que você pode ir. Depois da votação quase não haverá o que fazer no seu departamento por hoje.— Muito obrigada!Gabriela chegou ao hospital e o médico que cuidava do caso dele a recepcionou com boas notícias.— Ele acordou, Rafael reagiu muito bem a retirada da sedação.— Graças a Deus, eu posso vê-lo doutor?— Sim, me acompanhe.Ele não estava mais no quarto anterior, havia sido transferido para a CTI depois da melhora que apresentou em seu quadro clínico.— Rafael, graças a Deus você está bem!Gabriela chegou mais perto e fez um carinho na testa dele.— Estou muito grato por você estar aqui Gabriela, mesmo depois de tudo o que aconteceu entre n
Kamila saiu no meio da noite para ir ver como Tiago estava, pegou um táxi até a casa do senhor Alberto, que a recebeu na porta e foi pagar o taxista. Ela esperou na sala enquanto ele fazia isso.— Nem sei como agradecer por você vir, mesmo depois de eu ter te demitido assim sem maiores explicações.Kamila respondeu:— Não vamos mais falar sobre isso, senhor Alberto. Tudo o que importa é a saúde de Tiago. — Alberto se aproximou e beijou sua mão, olhando nos olhos dela, e Kamila sorriu.— Vamos, ele está esperando ansioso por você.Alberto foi na frente subindo as escadas, e chegaram ao quarto onde Laura estava ao lado do irmão.— Pronto, seu chato, já pode parar de chamar por ela o tempo todo! — Laura disse, mas ficou muito feliz em ver Kamila. Kamila se aproximou e deu um beijo no rosto de ambos, passando a mão sobre a testa de Tiago para verificar a temperatura.— A febre parece alta ainda, temos que controlar.Alberto, apesar de não ser pai, notou a maneira especial como Kamila cuid
LanaEu ia sair da empresa depois daquela manhã cheia de tocas de farpas entre mim e Leon.— Espera Lana.— O que foi? — Estranhei que Gabriela tenha vindo falar comigo, ela é sempre uma das que falam muito mal de mim.— Preciso que me acompanhe até o hospital, há uma pessoa que precisa muito falar com você.— No hospital?Ela assentiu, pediu um táxi e entramos.— Rafael não vai sossegar enquanto não entrar em contato com você.— Não conheço nenhum Rafael! — Respondi prontamente.— Mas aposto que conhece Ana Cláudia, estou errada?Sim, eu conheço.Assim que chegamos fomos até a recepção e conseguimos liberação para ir até o quarto dele. Pelo jeito, ele havia passado por uma situação de vida ou morte.— Você é Lana? — Ele perguntou se acomodando melhor na cama.— Sim, sou eu.— Se importa de nos deixar a sós um momento, Gabriela?— Tudo bem, estarei lá fora se precisarem. — Gabriela saiu perceptivelmente irritada.— Sente-se, o que eu tenho para dizer pode levar um certo tempo.Eu me s
Lana Eu estava tão magoada por Leon estar ao lado de Carla, que aceitei ir embora com Osvaldo. Ele abriu a porta do carro para mim... — Carla passou de todos os limites essa noite. — Eu não me importo com nada do que ela diz, tenho muito mais coisas para me preocupar. — Me entristeço ao pensar em Ana Cláudia. — O que está acontecendo? Você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa! Não sei se deveria, mas eu não tenho outra alternativa, Carla nunca permitiria que Leon me ajudasse. — Eu preciso pagar uma dívida e não consegui fazer um empréstimo no banco. — Se o seu problema é dinheiro, eu posso resolver! — Ele respondeu mudando de rua e não estávamos mais indo para minha casa. — Eu não sei o que você pode estar pensando, mas... — Lana, eu sei que você não vai poder pagar tudo de uma vez, mas eu vou te emprestar e você vai me pagando aos poucos. — Para onde estamos indo? — Perguntei apreensiva. — Para minha casa, vou te dar a quantia que precisa. Não posso te fazer uma
Após testemunhar Lana sendo atropelada, Osvaldo voltou correndo para o seu carro e saiu em alta velocidade. Parou em um bordel e pediu a uma prostituta menos requisitada, sabendo que uma mulher ambiciosa faria qualquer coisa. — Qual é o seu nome? — Perguntou a ela. A prostituta respondeu sorrindo: — Safira. — Eu quero saber o verdadeiro. — Insistiu Osvaldo, enquanto enfiava um maço de notas no decote dela. — Fernanda. — Fernanda, eu quero que você seja, a partir de agora, uma boa amiga. Se eu precisar, você será o meu álibi perante a justiça... posso te pagar muito por isso. Fernanda ficou assustada e perguntou: — O senhor cometeu algum crime? — Achei que gostasse de dinheiro e que nada mais importasse. Você fica mais bonita quando não faz perguntas! — Respondeu ele. Ela concordou: — E gosto, você está certo. Osvaldo estava exausto demais para ter relações com aquela mulher. O olhar de Lana enquanto ele forçava uma relação sexual entre eles não saía de sua mente. Ele sabia
Alberto estava prestes a sair para ir até a casa de Leon e estava disposto a acompanhá-lo para enfrentar Osvaldo. No entanto, o telefone tocou, e Amara o avisou antes de ele cruzar a porta. — Senhor, é uma ligação de um hospital. — Hospital? — Alberto ficou preocupado e imediatamente pensou em Lana. — O senhor é Alberto Bragança? — Sim, eu mesmo. — Na verdade, estou ligando porque o senhor é o advogado de Leon Versalles, e o nome deste homem foi a última coisa que a moça que atropelei na noite passada conseguiu dizer. As pernas de Alberto estremeceram. Lana tinha sido atropelada? — Se você está me ligando de um hospital, isso significa que ela continua viva? — Alberto temia a resposta. — Sim, o médico me disse que ela vai se recuperar. Mas ele não me passou mais detalhes porque há certas coisas que só pode revelar aos parentes. — Não se preocupe, vou avisar Leon e a mãe dela. Me diga o nome do hospital... Ele forneceu o nome, e Alberto sabia onde ficava. Ele avisou dona Márci