Lana Fiquei um tempo procurando os arquivos que ele me pediu, por mais que eu quisesse demorar muito ali… sei que se eu fizer isso, ele será ainda mais rude comigo. Saí com as pastas nas mãos bem a tempo de ouvir os comentários de duas secretárias. — Você já viu que o bonitão irmão do senhor Osvaldo está aqui? — Sim, quem me dera ser secretária dele ou quem sabe assessora particular, como aquela safada que cuida dos assuntos do presidente. Senti vontade de matar as duas, mas isso não me ajudaria em nada naquele instante. Esperei as duas saírem e fui até a sala doze, bati na porta. — Entre! Entrei, ele se levantou e foi até a porta que eu havia deixado entreaberta. Ouvi ele virar a chave. — Por que trancou a porta? — Perguntei colocando as pastas sobre a mesa. — Para ficarmos mais à vontade. — Não confunda as coisas Leon, aqui eu sou funcionária da empresa e não sua! — Mas eu sou dono da empresa e isso me torna seu patrão. — Ele gritou. — Não estou me negando a cumprir suas o
Rafael e Ana Cláudia estavam cada dia mais próximos, e ele queria algo sério com ela. No entanto, Ana achava melhor que, pelo menos até o nascimento de seu filho e encontrar um lugar definitivo para ficar, eles mantivessem a amizade, mesmo que compartilhassem a mesma cama e muitos momentos de prazer.— Trouxe o jornal de hoje, como você está, Ana? — Perguntou Rafael, entregando o jornal a ela. Como de costume, Ana abriu na sessão de classificados. Mesmo estando grávida, ela ainda buscava oportunidades de trabalho.Rafael se sentou ao lado dela, colocou os pés de Ana sobre seu colo e começou a massageá-los.— Melhor agora com suas mãos incríveis.— Me sinto ofendido quando te vejo procurar trabalho diariamente nesses anúncios.— Por favor, Rafael, nós já falamos tantas vezes sobre esse assunto, eu não sou ingrata. Devo muito a você, minha vida e a do filho que estou esperando... seus cuidados, carinho e amor. Mas eu preciso trabalhar e conseguir um lugar para morar.— Você não está aqu
Josué dirigia atordoado, enquanto Ana Cláudia se sentia apavorada com tudo o que havia acontecido. Ela se culpava pela morte de Rafael e lembrava do dia em que ele havia salvado sua vida e a do filho que esperava. Não era justo que a vida dele tivesse sido encerrada dessa forma.— Por que você não me deixou em paz, Josué? Rafael não merecia o que você fez com ele.— Cala a sua boca, vadia. Você está com sorte hoje. Minha vontade era de meter uma bala na sua cabeça. O que você pensou? Que iria se livrar assim tão facilmente de mim?Antes de chegarem de volta ao morro, Josué pediu a um dos homens cúmplices dele que se desfizesse do carro. Em seguida, Josué a levou quase arrastada para aquela casa, onde todos sabiam que ele a mantinha contra a vontade, mas tinham medo de denunciar.Ela foi praticamente jogada sobre o sofá onde tantas vezes ele a havia agredido até ficar cansado, e era isso que ele pretendia fazer. Josué levantou a mão para dar o primeiro tapa, mas Ana Cláudia interrompeu
LanaVoltei para casa depois daquela manhã turbulenta, minha mãe estava me casa, mas não deveria estar. Eu até tinha pedido a dona Ruth que fosse com ela até a clínica...— Mamãe, o que a senhora faz aqui? Não deveria estar na clínica? Dona Ruth não pode ir com a senhora?Ela suspirou, relutava me dizer e eu sei que não seria nada bom saber.— Cancelaram o plano de saúde filha, não quiseram me atender.— Eu já esperava por isso, mas não se preocupe. Vou pagar e a senhora vai poder retomar o tratamento. — Agora, mais do que nunca, eu preciso manter meu emprego… o tratamento é muito caro e agora custeando esse valor mensalmente, só terei o suficiente para o aluguel e para a comida.Terei que pedir o adiantamento do meu salário desse mês, Osvaldo Henrique piorou muito a minha situação diante de todos na empresa, quando souberem que há ações no meu nome...Kamila veio conversar comigo e parecia bem triste, assim como eu. Fomos para o meu quarto, minha mãe foi descansar um pouco no quarto.
Dia da votação para a presidência da empresa.LeonConvidei Carla para que estivesse presente, depois da briga entre ela e Lana de alguma forma perceber que ainda pode haver algum ciúme nela me satisfaz o ego.— O doutor Alberto acabou de chegar.— Sim, vamos agora Carla. Quero ser o primeiro a chegar!Entramos no carro dele, e fomos até a empresa. Entrei na sala e reuniões. Osvaldo ainda não havia chegado, mas alguns acionistas já estavam ali.— Bom dia! — Eu os cumprimentei e nos sentamos, um tempo depois… ele chegou.— Bom dia a todos, por favor estejam à vontade.Aquela simpatia imposta me dava ainda mais vontade de gritar para todos eles que esse miserável vem nos roubando há muito tempo.— Acho que podemos começar. — Avisei a todos enquanto entrelaçava meus dedos sobre a grande mesa.— Não, meu irmão, ainda há uma acionista que precisamos esperar.Mal, Osvaldo terminou de dizer e Lana entrou na sala, linda como sempre. Cabelos negros soltos, roupa formal e aquele cheiro maravilh
LeonNo mesmo dia, eu pedi que Osvaldo desocupasse a sala da presidência.— Quem sabe agora que eu tendo de novo o poder, ela queria voltar para os meus braços, nem que seja novamente por dinheiro ou status!Ainda na empresa, Gabriela recebe uma ligação do hospital onde Rafael está internado e pede permissão para ir visitá-lo.— Sim, é claro que você pode ir. Depois da votação quase não haverá o que fazer no seu departamento por hoje.— Muito obrigada!Gabriela chegou ao hospital e o médico que cuidava do caso dele a recepcionou com boas notícias.— Ele acordou, Rafael reagiu muito bem a retirada da sedação.— Graças a Deus, eu posso vê-lo doutor?— Sim, me acompanhe.Ele não estava mais no quarto anterior, havia sido transferido para a CTI depois da melhora que apresentou em seu quadro clínico.— Rafael, graças a Deus você está bem!Gabriela chegou mais perto e fez um carinho na testa dele.— Estou muito grato por você estar aqui Gabriela, mesmo depois de tudo o que aconteceu entre n
Kamila saiu no meio da noite para ir ver como Tiago estava, pegou um táxi até a casa do senhor Alberto, que a recebeu na porta e foi pagar o taxista. Ela esperou na sala enquanto ele fazia isso.— Nem sei como agradecer por você vir, mesmo depois de eu ter te demitido assim sem maiores explicações.Kamila respondeu:— Não vamos mais falar sobre isso, senhor Alberto. Tudo o que importa é a saúde de Tiago. — Alberto se aproximou e beijou sua mão, olhando nos olhos dela, e Kamila sorriu.— Vamos, ele está esperando ansioso por você.Alberto foi na frente subindo as escadas, e chegaram ao quarto onde Laura estava ao lado do irmão.— Pronto, seu chato, já pode parar de chamar por ela o tempo todo! — Laura disse, mas ficou muito feliz em ver Kamila. Kamila se aproximou e deu um beijo no rosto de ambos, passando a mão sobre a testa de Tiago para verificar a temperatura.— A febre parece alta ainda, temos que controlar.Alberto, apesar de não ser pai, notou a maneira especial como Kamila cuid
LanaEu ia sair da empresa depois daquela manhã cheia de tocas de farpas entre mim e Leon.— Espera Lana.— O que foi? — Estranhei que Gabriela tenha vindo falar comigo, ela é sempre uma das que falam muito mal de mim.— Preciso que me acompanhe até o hospital, há uma pessoa que precisa muito falar com você.— No hospital?Ela assentiu, pediu um táxi e entramos.— Rafael não vai sossegar enquanto não entrar em contato com você.— Não conheço nenhum Rafael! — Respondi prontamente.— Mas aposto que conhece Ana Cláudia, estou errada?Sim, eu conheço.Assim que chegamos fomos até a recepção e conseguimos liberação para ir até o quarto dele. Pelo jeito, ele havia passado por uma situação de vida ou morte.— Você é Lana? — Ele perguntou se acomodando melhor na cama.— Sim, sou eu.— Se importa de nos deixar a sós um momento, Gabriela?— Tudo bem, estarei lá fora se precisarem. — Gabriela saiu perceptivelmente irritada.— Sente-se, o que eu tenho para dizer pode levar um certo tempo.Eu me s