Capítulo Vinte e Sete

A areia ainda estava morna sob os pés, resquício do calor que o sol deixara para trás. O mar sussurrava num vai e vem constante, e a brisa salgada envolvia a pele como um abraço antigo. A praia estava quase deserta. Só as estrelas e o som da água faziam companhia.

Matheus caminhava ao meu lado em silêncio, as mãos nos bolsos e um sorriso contido nos lábios, como se estivesse tentando não parecer empolgado demais. Às vezes olhava pra mim de relance, como se quisesse dizer alguma coisa, mas hesitava.

— Não sabia que você era do tipo que gosta de praia — comentei, mais pra quebrar o silêncio do que por curiosidade.

— Não sou muito — ele respondeu. — Mas com você é diferente.

Fiquei em silêncio. Não sabia exatamente como responder.

Ele continuou:

— Acho que tô tentando construir memórias boas em lugares que antes me faziam sentir vazio. Como se você fosse uma espécie de... redenção.

Aquilo me pegou de surpresa. De novo, ele parecia estar abrindo o peito só o suficiente pra mostrar o que t
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