Capítulo Vinte e Oito

O caminho de volta para o hotel foi silencioso, mas não desconfortável. Nossas mãos continuavam entrelaçadas, e eu sentia o calor da pele dele contra a minha como se fosse uma extensão do que começava a ferver por dentro. A conversa na areia ainda vibrava em mim, como se tivesse aberto uma porta que eu nem sabia que mantinha trancada.

Quando entramos no elevador, Matheus encostou-se na parede de espelhos e me puxou suavemente para perto. Não disse nada — apenas passou os dedos pelos meus cabelos, afastando uma mecha do meu rosto. O gesto foi tão delicado que me deu vontade de chorar.

A porta se abriu, e ele me seguiu até o quarto como se aquilo já tivesse sido decidido entre nós, mesmo sem palavras. Quando fechei a porta atrás de nós, o silêncio mudou. Não era mais leve. Era denso. Elétrico.

Ficamos nos encarando por alguns segundos. O ar parecia espesso. E quando ele deu um passo na minha direção, eu não recuei.

Matheus parou bem perto, o olhar preso ao meu.

— Se eu fizer qualquer co
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App