Natália
O despertador tocou cedo, e eu acordei com uma mistura de ansiedade e expectativa. Hoje era o dia da minha entrevista no Grupo Almeida Construções e Infraestrutura, e eu precisava estar perfeita. Levantei da cama, esticando os braços e tentando espantar o sono. Olhei para o espelho e respirei fundo. Era hora de me preparar.
Dirigi-me ao banheiro e liguei a luz. O reflexo que me encarava mostrava uma mulher determinada, mas ainda insegura. Comecei a minha rotina de higiene pessoal. Lavei o rosto com água fria, sentindo a refrescância na pele. Em seguida, escovei os dentes com cuidado, tentando manter o foco e afastar os pensamentos negativos que insistiam em me atormentar.
Depois, tomei um banho rápido. A água morna escorria pelo meu corpo, e eu aproveitei aquele momento para relaxar. Enquanto me enxugava, pensei em como essa oportunidade poderia mudar minha vida. Se eu conseguisse essa vaga, talvez pudesse finalmente respirar aliviada e deixar as dificuldades financeiras para trás.
Vesti uma blusa de botão branca, que havia comprado em uma liquidação, e uma saia lápis preta que me dava um ar mais profissional. Olhei para o meu cabelo, que estava um pouco bagunçado. Decidi deixá-lo solto, mas com um leve movimento, usando um pouco de mousse para dar volume. Passei um pouco de maquiagem, apenas o básico: um pouco de corretivo, rímel e um batom nude. O resultado me agradou; eu parecia mais confiante.
Olhei para o relógio e percebi que estava atrasada. O café da manhã teve que ser deixado de lado. Peguei minha bolsa, coloquei o celular e a documentação necessária, e saí de casa. O ar da manhã estava fresco, e isso me deu um impulso extra. A caminhada até o ponto de ônibus foi rápida, e eu sentia meu coração acelerar com a expectativa.
O ônibus chegou rapidamente, e eu entrei, encontrando um lugar para me sentar. Enquanto o ônibus seguia seu caminho, olhei pela janela, observando a cidade despertar. As pessoas passavam apressadas, cada uma com seu destino. Eu me perguntava se outras pessoas também estavam indo para entrevistas, se tinham sonhos e esperanças como eu.
Após alguns minutos, o ônibus parou em frente ao grande prédio do Grupo Almeida. Assim que desci, fiquei impressionada com a magnitude da construção. O edifício era moderno, com uma fachada de vidro que refletia o céu azul, e suas linhas arquitetônicas eram elegantes. Havia uma entrada larga, com portas automáticas que se abriam para um saguão espaçoso. O lobby era decorado com plantas verdes e obras de arte contemporânea, transmitindo uma sensação de sofisticação.
Entrei no prédio e, ao fazer isso, senti todos os olhares se voltarem para mim. O ambiente era cheio de pessoas vestidas de forma impecável, e eu me senti um pouco deslocada. A insegurança começou a me invadir, mas eu respirei fundo e segui em frente. Caminhei até a recepção, onde uma atendente muito simpática me cumprimentou com um sorriso caloroso.
— Olá! Como posso ajudar? — ela perguntou, com um tom amigável.
— Oi, meu nome é Natália. Eu tenho uma entrevista com o Lucas Almeida — respondi, tentando parecer confiante.
Nesse momento, outra atendente, que estava perto, soltou uma risada sarcástica.
— Impossível! O chefão não contrataria alguém tão mal vestida! — ela disse, com um sorriso debochado.
Senti meu rosto queimar de vergonha. As palavras dela ecoaram na minha mente, e eu me senti desmoronar. A insegurança que eu tentava afastar voltou com força total. Olhei para a atendente simpática, que percebeu minha reação.
— Então, ele não deveria ter contratado você. — Falo. — Por que esse sua roupa está mais para alguém que estar tentando seduzir o chefe.
— Rídicula. — Ela diz e sai rebolando como se fosse alguém importante.
— Não se preocupe com isso — ela disse, tentando me confortar. — A moda não define suas capacidades. Deixe-me te mostrar como chegar ao andar da presidência.
Agradeci a ela, mesmo que a humilhação ainda estivesse fresca em minha mente. Segui a atendente até o elevador, e enquanto subíamos, tentei me recompor. O que importava era a chance que eu tinha, e eu não ia deixar que a opinião de alguém me derrubasse.
Quando o elevador parou, saí e me deparei com um corredor longo, com paredes revestidas de madeira clara e tapetes macios. Havia duas portas grandes na frente, e eu podia sentir a tensão no ar. Enquanto olhava para as portas, um rapaz bonito saiu de uma delas. Ele tinha cabelos escuros e um sorriso encantador.
— Você deve ser a moça que vai fazer a entrevista para a vaga de secretária — ele disse, com um tom amigável. — Venha, o Lucas está te esperando.
Segui o rapaz, sentindo um misto de nervosismo e esperança. Ao entrar na sala, meu coração disparou. Diante de mim estava um homem incrivelmente bonito, o mais lindo que eu já havia visto. Ele estava de cabeça baixa, analisando alguns papéis em sua mesa. O outro rapaz que me acompanhou fez uma apresentação rápida.
— Lucas, esta é a Natália, a candidata que você estava esperando.
Lucas levantou a cabeça, e nossos olhares se cruzaram. Naquele instante, tanto eu quanto ele dissemos ao mesmo tempo:
— VOCÊ DE NOVO?
O reconhecimento foi instantâneo. Ele era o mesmo homem que havia me tratado com desdém na loja onde eu havia tentado me candidatar antes. A lembrança da humilhação que passei voltou à tona, e eu me senti paralisada por um momento.
— Você... — comecei, mas as palavras não saíam.
Lucas parecia tão surpreso quanto eu. Ele piscou algumas vezes, tentando processar a situação.
— Eu não sabia que você era a candidata era a louca que se atravessou na frente do meu carro— ele disse,
— Eu não atrevassei na frente do seu carro e louco é vocêque não sabe dirigir — respondi totalmente irritada. por ser ele o meu possível chefe.
O outro rapaz, que ainda estava presente, olhou entre nós, claramente intrigado.
— Então, vocês já se conhecem? — ele perguntou, com um sorriso curioso.
Lucas balançou a cabeça, ainda um pouco atordoado.
— Não exatamente — ele respondeu me olhando — Na verdade, ela tentou se jogar na frente do meu carro para chamar minha atenção.
— O QUE? — pergunto incrédula. — Você não sabe dirigir, é um arrogante e diz que é sou a louca que quer chamar a sua atenção.
— Todas me querem e eu sei que com você não é diferente. — Ele diz.
Senti meu rosto esquentar novamente. Era difícil não lembrar da forma como ele me olhou antes, como se eu não fosse boa o suficiente. Mas agora, eu estava ali, pronta para mostrar que eu tinha valor.
— Vamos focar na entrevista — O outro moço que eu não sei o nome sugeriu, mudando de assunto rapidamente. Ele se recostou na cadeira e me observou com uma expressão mais séria. — Natália, estou ansioso para saber mais sobre você e suas qualificações.
Respirei fundo e comecei a falar sobre minha experiência, tentando esquecer o passado e me concentrar no presente. Expliquei sobre minhas habilidades organizacionais, minha capacidade de trabalhar sob pressão e como eu poderia contribuir para a equipe. Enquanto falava, percebi que Lucas estava ouvindo atentamente, e isso me deu um pouco mais de confiança.
Ele fez algumas perguntas sobre meu histórico profissional e, à medida que a conversa avançava, a tensão inicial começou a se dissipar. Eu estava começando a me sentir mais à vontade, e Lucas parecia genuinamente interessado. O outro rapaz, que ainda estava presente, também fez algumas perguntas, e a dinâmica da conversa se tornou mais leve.
Ao final da entrevista, Lucas se recostou na cadeira e sorriu.
— Eu gostei do que ouvi, Natália. Você parece ter o perfil que estamos procurando. — Mas não pense que eu vou facilitar.
Senti uma onda de arrepio e felicidade me invadir. Era tudo o que eu queria ouvir.
— Muito obrigada pela oportunidade, Lou... quero dizer Lucas. Estou realmente animada com a possibilidade de trabalhar aqui — respondi, sorrindo.
Ele acenou com a cabeça, e então o outro rapaz se despediu, deixando-nos a sós.
— Vamos manter contato — Lucas disse, enquanto eu me levantava para sair.
Saí da sala e solto o ar que nem sabia que estava segurando. Com um sorriso no rosto, sentindo uma mistura de alívio e entusiasmo. O dia que começou com tantas incertezas agora parecia cheio de possibilidades. Enquanto caminhava pelo corredor, lembrei da atendente simpática que me ajudou, e agradeci mentalmente por sua gentileza.
Assim que cheguei ao elevador, não pude deixar de pensar em como a vida pode ser cheia de reviravoltas. O que antes parecia um dia sombrio agora se transformava em uma nova oportunidade. Eu estava pronta para enfrentar o que viesse a seguir, determinada a não deixar que as dificuldades me definissem.
Ao sair do prédio, respirei o ar fresco da manhã, sentindo a energia pulsar ao meu redor. O sol brilhava, e eu sabia que, independentemente do resultado da entrevista, eu havia dado um passo importante em direção ao meu futuro.
LUCASDeixe-me apresentar, eu sou Lucas Almeida o cara mais cobiçado desta cidade. Desde que me entendo por gente, sempre fui considerado o homem mais lindo e desejado por todas as mulheres. Afinal, não é para menos - tenho um corpo escultural, feições perfeitas e um sorriso que derrete qualquer coração. Além da minha beleza fora do comum, posso me considerar um homem de muita sorte. Nasci em berço de ouro, filho único de dois milionários influentes. Meu pai, Marcelo Almeida, é o dono de uma das maiores empresas de tecnologia do país e minha mãe, Elisa, é uma famosa socialite. Cresci em um luxuoso apartamento na cobertura do edifício mais nobre da cidade. Tive acesso a todas as regalias que o dinheiro pode comprar - viagens internacionais, carros importados, festas badaladas. Nunca precisei me preocupar com nada, pois meus pais proviam tudo que eu precisava.Agora, aos 30 anos, estou prestes a dar o próximo passo na minha vida. Meu pai está se aposentando e, como seu único herdeiro, i
Natália Meu nome é Natália Monteiro, tenho 28 anos e moro em uma pequena cidade no interior. Desde que perdi minha mãe Rebeca, há cerca de 6 meses, minha vida deu uma guinada completa. Ela era a única família que eu tinha, já que nunca conheci meu pai.Minha mãe era uma mulher incrível, cheia de vida e de sonhos. Ela me criou sozinha, mas sempre se fez presente e me deu todo o amor e carinho de que eu precisava. Éramos muito unidas e compartilhávamos praticamente tudo. Agora, com sua partida repentina, sinto um vazio enorme dentro de mim.Apesar da dor da perda, eu herdo algumas das melhores qualidades da minha mãe. Sou uma pessoa determinada, esforçada e muito dedicada em tudo o que faço. Sempre fui uma boa aluna na escola e me formei em Administração, seguindo os passos da minha mãe, que trabalhou por muitos anos em uma empresa local.Depois que ela se foi, tenho enfrentado muitas dificuldades. Sem o apoio e a renda da minha mãe, tenho tido que me virar sozinha para pagar as contas
NatáliaAcordei com o barulho do despertador, o som insistente me puxando para a realidade. Olhei para o relógio e percebi que tinha que me apressar. Era um dia importante; eu precisava procurar emprego. Com um suspiro profundo, levantei da cama, sentindo o peso das dificuldades financeiras que me acompanhavam nos últimos meses. O risco de perder o meu apartamento me atormentava, mas eu não podia deixar isso me derrubar.Dirigi-me ao banheiro e liguei a luz. O reflexo no espelho mostrava uma mulher cansada, mas determinada. Comecei a minha rotina de higiene pessoal. Lavei o rosto com água fria, tentando espantar o sono e a tristeza acumulada. Em seguida, escovei os dentes, sentindo a frescura da pasta de dente enquanto pensava em como poderia mudar minha situação.Depois, tomei um banho rápido, a água morna ajudando a relaxar um pouco a tensão que eu sentia. Sequei-me com uma toalha e comecei a me arrumar. Escolhi uma blusa branca simples, mas que me deixava com uma aparência mais pro