Rose Cumprimentei algumas pessoas pelo caminho, mas logo me vi na segurança de nosso quarto, me jogando na cama em seguida, cobrindo o rosto com ambas as mãos. Não demorou até que a porta fosse aberta e fechada com força, fazendo com que eu me sentasse em um pulo para encarar Christian. — Você parece irritado — eu o provoquei na tentativa de esconder meu próprio desconforto com a situação. — Você acha? Já não basta a cena no café da manhã, agora isso? — ele devolveu em um tom áspero, me fazendo revirar os olhos. Eu me levantei, indo até onde ele estava revirando sua mala em busca de uma nova troca de roupa, já que sua calça também estava molhada. — E qual é o grande problema? — eu cruzei os braços o encarando. Tudo bem, tinha sido uma situação constrangedora, principalmente para mim, mas eu não via motivo nenhum para ele estar tão irritado! — Qual é o grande problema? Seu pai pensa que sou algum tipo de maníaco suicida, minha família e amigos pensam que estou sofrendo violência
Christian Eu observei cada detalhe no rosto de Rose enquanto massageava suas coxas, depois que ela saiu do quarto eu estava crente que eu tinha toda a razão e que ela estava agindo de forma irracional, e quando fui atrás dela na área da churrasqueira foi apenas para dizer exatamente isso a ela. Mas ao ouvir sua conversa com Skyller eu me dei conta do quanto eu estava sendo ingrato e idiota. Rose tinha deixado tudo para me ajudar nessa loucura, e por mais que nenhum de nós dois estivéssemos em busca de um relacionamento sério, não podíamos negar que estávamos envolvidos, então a melhor saída era começar a encarar Rose como minha namorada e esquecer que não estávamos mais na faculdade. Essa era uma conversa que deveria ter acontecido antes de chegarmos aqui, e espero que a partir de agora as coisas melhorem. — Vamos voltar — Eu me levantei, estendendo minha mão para ajudá-la, avistando algumas pessoas nos observando da janela da casa principal. Se estivéssemos em uma festa do campu
Christian Eu voltei a caminhar, a levando em direção ao refeitório, onde todos estavam reunidos para o jantar de ação de graças. Se é que poderia chamar aquela refeição de jantar, ainda não tinha passado das quatro da tarde. O jantar ocorreu de maneira tranquila, Rose eu mais uma vez nos sentamos próximos a minha família, mas dessa vez o assunto em questão não foi nosso relacionamento e sim a faculdade. Todos pareciam mais do que dispostos a encher Rose das mais diversas perguntas sobre sua futura formação e ela parecia mais do que feliz em contar tudo em detalhes, na verdade, eu nunca tinha visto ela falar com tanta paixão sobre algo quanto naquele momento. Provavelmente porque entre o nosso grupo de amigos nada daquilo era novidade. Ao fim do jantar, meus pais decidiram ir descansar e quem não havia auxiliado na preparação daquela comemoração ficou responsável pela limpeza, e Rose aproveitou que teríamos uma folga para adiantar os trabalhos de reposição que teria que entregar n
Christian Senti a pele macia dos pulsos de Rose sob minhas mãos enquanto minha pele deslizava com facilidade sobre a sua e seus gemidos cada vez mais altos chegavam aos meus ouvidos enquanto eu aumentava a intensidade de cada estocada, sorrindo de maneira convencida ao observar seu rosto tomado pelo prazer. Fazia duas semanas desde que tínhamos retornado da nossa viagem à Montana, dando fim ao nosso curto relacionamento. No fim, nós dois tínhamos combinado que seria melhor que aquilo não se repetisse, mas, como em um vício, não conseguimos ficar tanto tempo longe um do outro. Claro, nós dois saímos com outras pessoas, e por alguns dias, eu até mesmo me convenci de que conseguiria manter distância dela, refutando o argumento da minha irmã de que nós éramos mais do que apenas amigos. Mas de alguma forma, nós dois fugimos do refeitório e acabamos em seu quarto durante a hora de almoço. Senti seu interior começando a se contrair ao meu redor enquanto Rose parecia incapaz de manter os
Christian — Você parece distraído — Uma voz feminina chamou minha atenção. Eu olhei para o lado, encontrando Alicia me acompanhando, seus longos cabelos ruivos estavam soltos, parcialmente escondidos por uma touca preta felpuda que combinava com seu casaco que com certeza custava mais do que todas as minhas roupas juntas. — Eu estava distraído, não te vi chegar — eu devolvi. — Então eu te surpreendi — Ela sorriu. Seu sorriso era exatamente o mesmo de quando nos conhecemos, e naquela época eu o considerei o sorriso mais angelical daquele lugar, e talvez ainda fosse. Mas estava longe de ser o mais bonito. — Com certeza — Eu tentei soar o mais indiferente possível. No último mês eu tinha notado uma tentativa de aproximação da parte dela, Allie sempre dava um jeito de se incluir nos grupos onde eu estava nas festas, e naquelas ocasiões eu podia sentir o olhar de Rose acompanhando cada interação entre nós, e ela se esforçava para demonstrar indiferença, mas eu sabia como ela se sen
Christian Mais tarde, eu encontrei com Rose para buscar as pizzas que levaríamos para a noite de jogos em família, contando a ela tudo o que tinha acontecido durante a tarde. — Então, aquele idiota se deixou levar pela conversinha da Audrey? — Ela reclamou enquanto dirigia a Brigitte até a pizzaria mais próxima do campus. — Exatamente, e Liam está saindo como o manipulador da história — eu concluí. Rose bufou diante daquela resposta, tamborilando os dedos no volante enquanto pensava. — Eu vou falar com a Sky. O Liam ficou péssimo quando descobriu que ela decidiu acompanhar o namorado à festa hoje. Até porque ele não tem ido em nenhuma festa da irmandade desde o halloween — ela suspirou. — Acha que funciona? — Eu espero que sim, ele foi um babaca com ela naquele festival, mas não precisa ser tratado assim — ela deu de ombros. Rose estacionou o carro, colocando sua touca e as luvas, se preparando para sair na temperatura negativa do lado de fora. Eu peguei o cachecol que estava
Christian Assim que chegamos na entrada da sala de jogos já era possível ouvir os risos ali dentro, Rose abriu a porta, atraindo a atenção de todos que já discutiam sobre quais jogos começar. Os pais dela pareciam bem à vontade no lugar, Alex estava sentada no colo de Jack em um dos sofás, Liam estava sentado em uma poltrona com um sorriso no rosto, mas sua expressão estava longe de ser tranquila. Addison estava preparando as caixas de jogos que trouxeram. Todos os olhares se voltaram em nossa direção assim que entramos, Liam foi o primeiro a se manifestar, e sua voz embargada nos mostrou que ele estava longe de estar sóbrio. — Eu chutaria que eles foram fazer algo além de buscar a pizza, mas parece que eles tem companhia. Olá belezinha… — Olá — Cam parecia prestes a desmaiar ao falar direto com Liam. — Eu não conheço essa, vai nos apresentar, Rose? — Jack pediu. — Essa é a Cam, nossa nova amiga. Sejam legais com ela, garotos — Rose piscou, pegando as pizzas e colocando em ci
Rose O olhar do meu pai para Christian continuava carrancudo, e eu não resisti a provocá-lo um pouco colocando minha mão sobre o joelho do rapaz, acariciando sua perna, mantendo o contato visual com o meu pai. Tudo bem, não estava nos nossos planos que descobrissem sobre nós dois, mas confesso que me sentia melhor assim. Desde a ação de graças eu sentia falta de poder abraçá-lo e beijá-lo sempre que tivesse vontade. Christian se inclinou um pouco em minha direção, antes de sussurrar em meu ouvido. — Você quer que seu pai me mate de uma maneira muito dolorosa apenas para não cumprir sua promessa, não é? Eu olhei para ele, não contendo um sorriso perigoso antes de respondê-lo. — Christian, eu sempre vou querer que você morra de maneira dolorosa, mas eu jamais fugiria de uma promessa. — Eu vou cobrar — ele devolveu com a voz carregada de segundas intenções, e eu não precisei olhar para ele para saber que estava sorrindo. — Eu espero que sim. — Vocês dois, podem parar de cochic