Christian Nós nos reunimos na frente da casa onde o carro de Theo e Brigitte estavam estacionados, nós teríamos que nos dividir mais uma vez, e agora eu não estava inclinado a ir de moto. — Mesma divisão da viagem? — Theo perguntou. — Eu vou na frente — Liam me avisou, indo em direção à porta do carro de Rose. — Não vai não — Ela o interrompeu, nos lançando um olhar atravessado. — Por quê? — Eu estou irritada com você por você ter falado com esse idiota aí, então eu não vou te mimar, além disso, se você for na frente, eu vou ficar tentada a te jogar do carro em movimento — Ela abriu a porta do motorista, entrando em seguida — Entra logo. Liam nos observou por um momento antes de se virar para o outro grupo que estavam se ajeitando no carro. — Peterson, eu vou na frente — Ele gritou, correndo até o outro carro. Eu entrei no carro, colocando o cinto sob o olhar raivoso de Rose. Pensei que ela tivesse se acalmado depois de sua pequena performance mais cedo, mas ao que parece eu
ChristianFechei os olhos tentando encontrar uma posição mais confortável, mas era difícil até mesmo respirar, quanto mais me mover.— Chris? O que aconteceu? — ouvi ao longe passos e uma voz carregada de preocupação.Abri os olhos devagar, encontrando Rose com suas asas e sua auréola ajoelhada à minha frente.— Chris!— Eu não sei, eu comecei a me sentir mal e tem essa dor — eu ofeguei, minha voz mal parecia sair, alarmando ainda mais minha amiga. Com os olhos arregalados ela estendeu a mão em minha direção, se interrompendo antes de me tocar, sem saber o que fazer.— Dor? Onde? Você está quente!Eu levei a mão até minha lombar, voltando a fechar os olhos, torcendo para que aquilo acabasse, ouvi mais passos se aproximando e não ousei abrir os olhos para ver quem era.— O que aconteceu? — Monica se alarmou ao ver meu estado.— Ele disse que está com dor e com certeza está com febre — Rose explicou — Chris, tem um hospital aqui perto, você tem seguro de saúde? Eu balancei a cabeça de
RoseEu observei Christian dormindo tranquilo naquela cama de hospital sentindo estranha por suas declarações minutos atrás. Eu passei boa parte do dia irritada com ele por estar pegando no meu pé sem conhecer de fato sua opinião.Com um pequeno sorriso no rosto eu voltei a ligar a TV, me concentrando em leatherface perseguindo mais uma vítima com sua serra elétrica. Eu encolhia na cadeira, cobrindo o rosto nas cenas mais sangrentas quando a médica que cuidava do caso de Christian chegou. — Ele dormiu faz tempo? — ela perguntou folheando seu prontuário.— Cerca de meia hora. Os exames ficaram prontos? — eu me ajeitei na poltrona. — Seu namorado está com uma infecção nos rins, não está grave, mas é necessário tomar alguns cuidados para não agravar — ela explicou.— Uma infecção? Que tipo de cuidados? — eu balbuciei encarando Christian deitado ali.— Sim, está bem no início, então ele vai precisar tomar os antibióticos nos horários corretos, evitar bebidas alcoólicas e ingerir bastante
Rose Eu gostaria de ser romântica e afirmar que acordei no dia seguinte dormindo sobre o peitoral de Christian aproveitando seu calor corporal, mas eu continuava de bruços na mesma posição em que adormeci. Na verdade, Christian tinha se movido, passando seu braço ao meu redor, espalmando sua mão em minha bunda exposta pela camiseta acumulada em minha cintura. Movi meu rosto, virando em direção a Christian que ainda dormia ao meu lado com uma expressão tranquila. — Chris. Hey, Chris — eu o chamei. Tudo o que eu tive em resposta foi um pequeno resmungo incomodado. — Você está mesmo dormindo? — eu insisti. — Estou tentando, mas você não cala a droga da boca — ele bocejou, abrindo os olhos para me encarar. Ele estava próximo, bem próximo. — Como está se sentindo hoje? Está melhor? — Estou cansado e com um pouco de dor, mas definitivamente melhor que ontem, obrigado — ele deu um meio sorriso diante da minha preocupação. — Ótimo, então você pode por favor tirar a mão da minha bund
Rose Eu desci as escadas correndo, indo até a cozinha apenas para encontrá-la vazia. Abri a porta dos fundos, cruzando o pequeno gramado que separava as duas casas, abrindo a porta da cozinha do meu pai, me surpreendendo ao encontrar ele, minha mãe e Alex sentados à mesa, comendo cereal. A atenção dos meus pais se focou em mim de imediato, e minha mãe logo se manifestou. — Rose, você comeu os waffles do Christian? — Não! Que horror, ele está doente, por que você pensaria isso? — eu devolvi em um tom chocado. — Querida, você está com a boca suja — Alex avisou. Eu passei o dedo no canto da boca, tirando um pouco de calda de frutas silvestres que tinha se acumulado ali. — Sabe, nós dois estávamos sozinhos no quarto, tem muita coisa que eu posso ter feito com essa calda — eu tentei fugir do assunto, os deixando desconfortáveis. — Rose — a expressão do meu pai mostrava que eles não estavam comprando minha história. — Eu comi só um pouco, sobrou bastante pra ele — eu revirei os olh
Christian Eu observei com espanto enquanto Rose praticamente fugiu do quarto me deixando para trás. Que bicho mordeu essa maluca? Dando de ombros, voltei minha atenção para meu celular, recebendo algumas notificações no meu I*******m. Abrindo o aplicativo, eu não contive um pequeno sorriso ao ver a foto que tirei com Rose no hospital. Abri os comentários da foto, a maioria eram de nossos colegas, alguns elogiavam as fantasias, principalmente a de Rose, outros perguntavam o que tinha acontecido e alguns apenas usavam os comentários para cantar a garota. Foi quando alguns comentários de membros do Falcões Errantes começou a chamar minha atenção. Perguntas como "essa é a garota?" "É ela?", me confundiram, eu pensei em responder, mas me lembrei do meu propósito inicial ao pegar o celular, deixando aquela questão para resolver depois. Minha ligação foi atendida nos primeiros toques, como se estivessem esperando que eu retornasse. Minha mãe foi a primeira a se manifestar. — Chris? —
Christian Todos interromperam o que estavam fazendo, alternando o olhar entre nós dois parecendo confusos com a situação. Rose fechou os olhos, voltando a esconder o rosto nos joelhos, já que estava sentada no chão próximo ao pai. — Namorando? Sério? Porque você estava com a amiga dela ontem — Theo apontou. — Eu não estou namorando com ela! — eu apontei. Rose se levantou, se aproximando de mim com uma expressão altiva no rosto. — Foi um acidente, eu não tinha como imaginar que me interpretariam errado — ela deu de ombros. — O que você falou para os pais dele? — Addison quis saber. — Por que você estava falando com os pais dele? — Theo completou. — Eu não falei nada demais, só tranquilizei os dois e disse que o Christian estava bem — ela devolveu — você está exagerando na sua reação. — Você falou que estamos dormindo juntos! — Eu devolvi. Rose me encarou boquiaberta, parecendo não acreditar que eu falei aquilo em voz alta no meio da sala do seu pai, e em uma situação normal, e
Christian Nós partimos logo após o jantar, e para minha infelicidade, fui obrigado a deixar Harry pilotar a minha moto enquanto eu me encolhia no banco de carona da Brigitte, sob olhar atento de Rose que parecia disposta a me levar de volta ao hospital em qualquer sinal de piora. Assim que chegamos ao campus ela me acompanhou até meu quarto, se sentando à beira de minha cama com uma expressão preocupada enquanto eu me encolhia na cama. Depois de tomar mais um analgésico. — Você tem certeza que ficará bem aqui sozinho? Você parece péssimo — ela franziu o cenho. — Ela tem razão, você está bem pálido — Theo, que tinha me ajudado a subir e permanecia em pé ao lado da cama, concordou. — Eu só preciso dormir, logo os remédios farão efeito — eu respirei fundo — além disso, eu não vou ficar sozinho, Harry é meu colega de quarto, lembram? — É melhor não contar muito com ele — Liam avisou entrando no quarto — ele pediu para te devolver suas chaves e seu capacete, pretendia levar a Sky pa