Christian Todos interromperam o que estavam fazendo, alternando o olhar entre nós dois parecendo confusos com a situação. Rose fechou os olhos, voltando a esconder o rosto nos joelhos, já que estava sentada no chão próximo ao pai. — Namorando? Sério? Porque você estava com a amiga dela ontem — Theo apontou. — Eu não estou namorando com ela! — eu apontei. Rose se levantou, se aproximando de mim com uma expressão altiva no rosto. — Foi um acidente, eu não tinha como imaginar que me interpretariam errado — ela deu de ombros. — O que você falou para os pais dele? — Addison quis saber. — Por que você estava falando com os pais dele? — Theo completou. — Eu não falei nada demais, só tranquilizei os dois e disse que o Christian estava bem — ela devolveu — você está exagerando na sua reação. — Você falou que estamos dormindo juntos! — Eu devolvi. Rose me encarou boquiaberta, parecendo não acreditar que eu falei aquilo em voz alta no meio da sala do seu pai, e em uma situação normal, e
Christian Nós partimos logo após o jantar, e para minha infelicidade, fui obrigado a deixar Harry pilotar a minha moto enquanto eu me encolhia no banco de carona da Brigitte, sob olhar atento de Rose que parecia disposta a me levar de volta ao hospital em qualquer sinal de piora. Assim que chegamos ao campus ela me acompanhou até meu quarto, se sentando à beira de minha cama com uma expressão preocupada enquanto eu me encolhia na cama. Depois de tomar mais um analgésico. — Você tem certeza que ficará bem aqui sozinho? Você parece péssimo — ela franziu o cenho. — Ela tem razão, você está bem pálido — Theo, que tinha me ajudado a subir e permanecia em pé ao lado da cama, concordou. — Eu só preciso dormir, logo os remédios farão efeito — eu respirei fundo — além disso, eu não vou ficar sozinho, Harry é meu colega de quarto, lembram? — É melhor não contar muito com ele — Liam avisou entrando no quarto — ele pediu para te devolver suas chaves e seu capacete, pretendia levar a Sky pa
Rose Campbell — O que você quer dizer com isso? — eu perguntei sem desviar o olhar do bloco de papel onde eu esboçava uma paisagem em grafite. Christian e eu estávamos acomodados na área comum da moradia, durante nosso horário de almoço na sexta esperando que os outros chegassem, eu tinha tirado o par de tênis que calçava e estava com os pés em cima do sofá, usando os joelhos como apoio para o bloco de papel enquanto Christian tinha se sentado no chão ao meu lado tomando notas das matérias que ele tinha perdido na última semana em que esteve doente. — Eu só estou dizendo que Talvez seja melhor a gente dar um tempo nisso tudo, Já faz quase um mês desde que estive com outra garota, e isso com certeza não foi o que nós combinamos — Ele explicou sem desviar o olhar de um caderno rosa de onde ele estava copiando coisas que eu com certeza não entenderia. — E desde quando isso é culpa minha? Por acaso estou sugando sua energia sexual? — eu devolvi, espiando a letra feminina no caderno. —
Rose Deixando o grupo para trás, eu corri para a aula, imaginando que tinha me livrado da pior parte, mas no fim, a pesquisa não era a minha maior preocupação. Phillip decidiu que trabalhariamos em um desenho de observação que vínhamos desenvolvendo nas últimas aulas e nada nunca estava bom para ele. Constantemente ele me corrigiu e fez com que eu começasse do zero, e nem tínhamos começado a ilustrá-lo ainda! Quando saí da aula ao fim do dia, eu me sentia irritada e esgotada, para falar a verdade, eu estava disposta apenas a ficar no meu quarto pelo resto da noite, mas uma mensagem de Liam avisando que nos esperaria na sala de cinema mais tarde me mostrou que eu não teria essa alternativa. Bufando, eu desviei de minhas colegas, imaginando que roupa eu vestiria enquanto caminhava até a moradia. Já estava quase alcançando as escadas para subir para meu quarto quando vi Christian se aproximar. — Parece que alguém teve um mal dia — Ele comentou, começando a me acompanhar. — Você ne
Rose Passei alguns minutos ali antes de me levantar, decidindo tomar um banho e me arrumar para o programa daquela noite. Se ele quer que a gente saia com outras pessoas, é o que vai acontecer! Vestindo uma calça justa e um suéter verde com um belo decote, deixei meus cabelos soltos na tentativa de esconder a marca arroxeada que Christian deixou em meu pescoço mais cedo e desci para encontrar todos. Por ter demorado bastante para descer, todos já estavam acomodados na sala de cinema, Ellen não esperou que eu a apresentasse a Christian, se sentando em um futon ao seu lado. Liam estava com Brittany em um lugar privilegiado, ignorando Harry e Skyller que estavam ao fundo. Theo ainda não tinha chegado, mas logo a frente de Christian eu encontrei um lugar vago, e não me importei em ocupá-lo. O que eu menos queria era passar a noite tendo que assistir ele e a Ellen se pegando. — Hey, se importa se eu me sentar aqui? — eu chamei atenção do rapaz ruivo de olhos azuis que estava acomodado
Christian Eu coloquei uma mão no bolso do jaleco, enquanto checava no caderno de laboratório os cálculos do experimento que faríamos. Eu olhei ao redor, avistando Camille sozinha em uma bancada no canto mais afastado do laboratório, fazendo com que eu desejasse me juntar a ela. Não que eu me sentisse atraído por ela de alguma maneira, mas me incomodava ver como ela estava sempre sozinha e parecia sempre se tornar alvo de piadas das outras garotas.— Você está animado para o feriado? — a voz de Harry me tirou de minha contemplação, pegando meu caderno para conferir se os próprios cálculos estavam corretos.Já era terça-feira da semana da ação de graças, e Rose e eu viajariamos antes do anoitecer, então não podia negar que estava animado para aquilo.— Eu estou, não vejo a hora de voltar para a Flórida, consegui um voo para amanhã — Taylor comentou, me fazendo bufar internamente. — Eu vou pegar um ônibus até Pittsburgh de manhã — Harry completou.— Eu tenho um longo caminho até Missoul
Christian Demorou alguns minutos até que eu me visse livre de toda a tarefa do laboratório, retirando os óculos de proteção e o jaleco antes de ir até ela, sentindo meu humor melhorar de maneira considerável ao admirá-la ainda mais de perto. — Uau, eu nunca tinha te visto em ação, senhor cientista maluco — Rose zombou assim que me aproximei. — Eu prefiro ser chamado de gênio do mal — Eu devolvi com um pequeno sorriso, passando um braço por seu ombro, enquanto segurava o jaleco e o caderno com o outro — Você já está pronta? Apesar da baixa temperatura eu não gostava de andar com o jaleco fora do laboratório, então teria que aguentar até chegar ao meu armário para pegar a jaqueta. — Eu conversei com a senhora Clarke, expliquei que teria um longo caminho pela frente, e assim como a senhorita Morgenstern, ela me liberou da aula, mas eu terei que entregar alguns trabalhos na próxima semana para compensar, então você vai ter que arrumar um lugar na sua bolsa para o meu material. Aquela
Christian Nós esperamos alguns segundos, até que Rose calçou suas luvas, pegando um dos Alforges para me ajudar e logo seguimos para o estacionamento. — Você não usa muito essa jaqueta — Rose comentou parada em pé ao meu lado enquanto eu estava abaixado na lateral da Harley, prendendo os Alforges laterais depois de prender o maior no apoio atrás do encosto da garupa. Eu estava vestindo a jaqueta do Falcões errantes, a mesma que eu tinha usado no Halloween, ela tinha o símbolo do moto clube nas costas e na frente, do lado esquerdo estava bordado C. Davis. Rose tinha razão, eu tinha várias jaquetas, mas aquela em específico era difícil eu usar longe do moto clube. — Eu ainda não sou um membro oficial dos falcões errantes, então prefiro aguardar para quando for pra valer — eu expliquei, me levantando — Agora, eu tenho algo para você. — Algo para mim? — Ela ergueu ambas as sobrancelhas. Eu peguei o capacete feminino com algumas flores vermelhas desenhadas que eu tinha comprado no