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4- Entre negócios Parte I

Maia

Eu simplesmente não sei como reagir. O que está acontecendo aqui? Eu fui contratada para ser acompanhante, é o que eu sei ser. Charmosa, provocadora, sensual e boa de cama. Mas pagar de executiva? Essa foi nova para mim, e não sei ser assim. Resultado: desastre total.

Quando ele me perguntou se quero novamente fazer o papel de executiva, foi estranho o sentimento que me tomou, e acabei dando a resposta errada. Ele estava sendo gentil comigo novamente, queria tanto que ele voltasse a ser gentil e quando ele fez isso eu não soube cultivar e agora foi ainda pior, ele jogou na minha cara o que eu sou: uma mera prostituta. Isso me deixou triste.

Então eu entendi que ele me ofereceu um meio de não parecer para os outros o que realmente sou para não ser humilhada, o que já aconteceu comigo incontáveis vezes, e então eu tive raiva... raiva de mim por ser tão burra.

Durmo a viagem toda. Alguém me chacoalha e quando abro os olhos era ele. Novamente não sei como agir. O que eu sou afinal? Uma prostituta contratada para fazer papel de assistente executiva... confuso pra caramba. Fiz o papel que sei fazer.

— Chegamos, querido? – pergunto com voz melosa e ele levanta uma sobrancelha, me encarando.

— Sim, querida – respondeu entrando no jogo.

— Vamos para o nosso quarto antes de outra reunião?

Sinto que ele está tenso. O homem se coloca de pé, pois ele havia sentado a meu lado para me chamar, e começa a andar em direção a porta do avião.

— Apenas para trocar de roupa e almoçar, Maia. – responde antes de começar a descer as escadas.

— O que tem com esse homem? – resmungo comigo mesma enquanto retiro os fones do ouvido.

Desço e ele está no celular, falando em russo. Que gostoso aquele sotaque, pena que eu não entendo o que ele fala. Até que sei o básico, bem básico, mas falando rápido daquele jeito, eu não entendo nada.

Ele estende a mão assim que encerra a ligação. Eu a aceito, é claro, e ando a seu lado como a bela acompanhante que sou. Um carro luxuoso nos espera, entro e logo após ele entra, sentando-se ao meu lado. Continuando meu papel, coloco a mão sobre a coxa dele. Novamente o sinto ficar tenso. Sinceramente, se ele não queria isso, por que me contratou?

Chegamos ao hotel de luxo, ele desce do carro e segura minha mão para que eu saia do veículo. Subimos em silêncio novamente, aquela situação é a mais estranha que já vivi.

Ao chegarmos no quarto luxuoso, ainda mais que o que ficamos no Rio, viro-me de costas para ele e começo a descer o zíper da minha saia, expondo aos poucos a pele. Quando estou de calcinha, bem pequena, com a saia aos meu pés, virei-me de frente para ele, saindo de dentro da peça, e caminho em sua direção enquanto abro botão por botão da minha blusa. O vejo engolir em seco.

— O que você está fazendo? – Me pergunta com um fiapo de voz.

— O que exatamente sou paga para fazer – respondo, fazendo-o entender que não sou executiva, sou acompanhante de luxo.

Abro o sutiã expondo meus seios a ele, seus olhos se tornam vorazes, pude ver o desejo brilhando ali, acho que finalmente consegui provocar o Ice Berg Russo. Ele me segurou pelos braços e me puxou com força para ele. Olhando em meus olhos ele disse:

— Não me provoque.

— Não estou provocando.

— Está.

— Não, estou trabalhando.

Ele olha para cima e suspira, fechando os olhos. Com suas mãos ainda me segurando, ele disse:

— Desculpa. Fui grosso. Não quis te humilhar, nem te ofender.

Ele ainda respirava fundo e fechava os olhos, suas mãos começam a acariciar meu braço em vez de apertar como estava fazendo antes, e eu queria que ele voltasse a me apertar, me ameaçar, com isso eu sei lidar. Com um homem tentando me respeitar, me pedindo desculpas... isso eu não sei.

— Eu fui grossa primeiro, você só se defendeu. Pode me soltar, se quiser.

Ele afrouxou o aperto e eu me afasto e viro-me de costas para me vestir. Pela primeira vez estou me sentindo envergonhada na frente de um homem.

Visto um roupão que estava sobre a cômoda. Ele foi até a janela. Nossa situação estava esquisita demais, tínhamos que conversar, não dava para ficar assim.

— Dmitry. – Falo ao me aproximar dele. – Precisamos conversar.

Ele acena em concordância, abre a porta de vidro e caminha para a varanda. O homem senta-se em uma cadeira e aponta a que está seu lado para que me sentasse.

Me sento a seu lado, mas quem começaria? Ele me deve uma explicação, então deixo que ele comece a falar.

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