MaiaA manhã estava muito fria, parecia até que o tempo estava rindo da minha cara, já que íamos para um lugar mais frio ainda. Pelo menos tivemos uma boa noite de sono, ele fez a barreira de travesseiros e eu ri quando acordei na madrugada e vi metade de seu corpo por cima dos travesseiros. Talvez ele estivesse em cima de mim se não fosse por eles, acho que tenho alguém espaçoso aqui.Estávamos já há quase duas horas dentro do carro, dormi a viagem de avião inteirinha, então agora eu estava totalmente desperta. A paisagem cada vez mais rural é muito bonita, tem muito verde, muita paisagem natural. Chegamos em uma área onde o que mais tinha eram fazendas e sítios. Observava as extensões de terra quando ele tocou em minha coxa.— A partir daqui é tudo da minha família.Olhei e não tinha como ver o fim. O lugar era grande demais.— É muito bonito. – Disse.A cerca bem cuidada deu lugar a um muro de pedras muito bonito com um portão de madeira, tudo em estilo rústico, mas muito chique ao
DmitryMinha irmã não perde a oportunidade de me perturbar, mas achando ela que estava atrasando minha vida, na verdade ela estava me ajudando. Dividir a cama com Maia era uma tentação, principalmente no estado de semiconsciência devido ao sono, e tinha medo de meus instintos falarem mais alto. Ela já me atraía desde o primeiro dia, depois daquele beijo as coisas só pioraram. Fiquei ainda mais mexido por ela.— Conta para outra que aquela lá é sua assistente. – Ela disse assim que entramos no quarto de hóspedes.— Ela é minha assistente, não está rolando nada entre nós, não dormi com ela. – na verdade eu dormi, mas não no sentido que minha irmã queria saber, porque ela queria saber, por isso essa reação.— Ainda não acredito.— Não está me punindo nos colocando em quartos separados. – Ela estava me ajudando na verdade, mas também não precisava dizer.Ele me olhou com seus olhos azuis tão iguais aos meus.— Olga era minha amiga, era uma mulher maravilhosa, espero que não a esteja subst
MaiaA sobrinha do Dmitry é uma criança adorável, depois do passeio ela voltou a brincar comigo, muito feliz por ter uma nova companhia. E eu feliz por deixar aquela bonequinha um pouco mais feliz, eu sei o quanto é ruim não poder brincar, se bem que nossos motivos eram bem diferentes.Estávamos brincando de maquiagem, já que antes ela havia me mostrado todos os seus vestidos de princesa e agora trajava um deles e disse que se servisse em mim, ela me emprestaria um. Mas a brincadeira estava prestes a acabar e ainda não sabíamos. Uma batida frenética na porta fez a menina levantar-se correndo para abri-la.Era Dmitry, sua face estava distorcida, totalmente diferente de pouco tempo atrás.— O que houve? – Perguntei notando como ele olhava para mim de um jeito que parecia estar pensando em algo.— Preciso conversar com você. – Ele disse contido e eu tinha certeza que algo não tinha dado certo. – Gatinha, o tio precisa conversar com a Maia, tá bom.— Mas a gente tá brincando. – Reclamou e
Dmitry— Conta agora o que aconteceu. – Exigi de meu primo.— Você tem que voltar cara, a coisa aqui tá uma loucura, os caras estão loucos.— Que caras?— Os Romanov, cara. Devem ter arrancado algo do Nikolai, descobriram a rotina do papa e uma falha milimétrica na segurança. Os caras atiraram para matar, por sorte o tiro não foi certeiro no coração.— Meu pai foi baleado?— Foi, mas já foi socorrido, e vai passar por cirurgia.— Mas que merda! – Esbravejei.— Cara, larga tudo aí e volta, depois alguém viaja para resolver no seu lugar.— Acha que estou preocupado com isso, Mikhail? Quero ver meu pai, saber como ele está.— Mas sabe que não é só isso, na ausência do papa, você como sucessor assume tudo.— Eu sei. Vou pedir aos seguranças para comprar a passagem e amanhã bem cedo estarei embarcando.— Ótimo.— Mikhail, tem certeza que Nikolai abriu o bico? Sabe o que acontece com traidores.— Não temos certeza, desconfiamos, mas de que outra forma eles descobririam uma falha na seguranç
MaiaConhecer a Rússia era um sonho e estava muito feliz em conhecer aquele lugar. A viagem é longa e cansativa, pode durar um dia dependendo das condições, mas graças aos céus o tempo estava perfeito e nossa viagem durou menos de 20h, pois é, ainda assim é tempo pra caramba.Dmitry me prometeu me levar a vários pontos turísticos de Moscou, mas eu sei que ele está com a cabeça cheia. Quem não estaria depois de acompanhar apenas por telefone o que se passou com o pai? Por sorte o homem é forte e está se recuperando bem, embora eu não saiba ainda de quê. Dmitry não falou muito, mas entendo que ele está abalado.Ao chegarmos, ele me levou diretamente para seu apartamento, disse que eu podia descansar enquanto ele iria visitar o pai. Queria apoiá-lo, mas não me colocaria em uma posição na qual não pertencia. Foi gentil da parte dele em me trazer, qualquer outro simplesmente me deixaria lá sem pensar no que poderia acontecer a mim, em como meus patrões interpretariam a volta repentina de m
DmitryAcabei sendo obrigado a largar Maia no apartamento, a coisa está bem complicada por aqui.Estava de frente para meu pai que ainda dormia. A visita tinha sido liberada. Meu primo estava a meu lado.O celular tocou no meu bolso e eu sou obrigado a atender, mesmo estando em uma visita no hospital, não posso deixar de atender uma ligação, pode ser a diferença entre a vida e a morte de alguém.Saio da sala fazendo um sinal para meu primo e atendo o telefone. Era o segurança avisando que Maia havia saído e que um dos seguranças a acompanhava, mas haviam outros fora de vista e isso Maia não sabia. Meu mundo é complicado, é arriscado, e se alguém achar que ela é alguém importante para mim, não piscarão antes de fazer algum mal a ela e eu não quero isso. Aliviado por saber que ela está se distraindo e que está segura, volto para o quarto. Não consigo ficar tanto tempo assim e meu telefone toca outra vez, pensei imediatamente em Maia. Será que havia acontecido algo a ela nesse curto esp
MaiaTinha uma semana que Dmitry havia me largado aqui, eu já estava ficando com raiva dele. Não vinha nem para dormir, não sei onde esse homem estava durante tanto tempo que não podia sair comigo durante um dia sequer. Ao que parece eu ficaria com ele até cumprir o restante do contrato, então eu não tinha tantos dias mais aqui. Visitei todos os mercados e shoppings, mas tinha esperança de que ele me levaria nos pontos turísticos, como ele havia me prometido.Mas eu não poderia cobrar nada dele, quem eu era?Ninguém.Comprei várias coisas para mim com o cartão que ele deixou, minha esperança era que ele viesse tomar o cartão da minha mão, mas isso não funcionou. Com o tempo passando, decido que ia visitar os pontos turísticos de Moscou.Chega de esperar por Dmitry. Tomei um banho relaxante, me vesti com um vestido longo em um tom bem claro de rosa, quase nude, ele era colado ao corpo. Coloquei uma sandália de tiras douradas, peguei minha bolsa de marca caríssima que havia comprado no
DmitryForam dias de tortura para quase nada, um dos homens sucumbiu muito rápido e não havia outra alternativa senão mata-lo, serviria como exemplo para o outro. O outro era corajoso, nos afrontava mesmo sabendo que estava nas mãos de mafiosos perigosos e sanguinários, mas ele pertencia a esse mundo tanto quanto nós mesmos e era altamente treinado.O homem ria, cuspia e falava gracinhas para nos afrontar e talvez nos tirar do sério e mata-lo logo.Foram dias assim até que mudei de tática, não é minha preferida, mas se necessário usaria. Mandei que encontrassem sua família e tirassem fotos de todo o movimento que fizessem para que possamos mostrar a este imbecil que as tínhamos nas nossas mãos.Quando balancei as fotos de suas filhas e esposa na sua cara e falei que faria coisas que jamais teria coragem de fazer a uma mulher e nem permitiria que meus homens fizessem, mas ele não precisava saber, ele só tinha que acreditar, o sorrisinho afrontoso sumiu imediatamente, os olhos se tornar