MaiaA sobrinha do Dmitry é uma criança adorável, depois do passeio ela voltou a brincar comigo, muito feliz por ter uma nova companhia. E eu feliz por deixar aquela bonequinha um pouco mais feliz, eu sei o quanto é ruim não poder brincar, se bem que nossos motivos eram bem diferentes.Estávamos brincando de maquiagem, já que antes ela havia me mostrado todos os seus vestidos de princesa e agora trajava um deles e disse que se servisse em mim, ela me emprestaria um. Mas a brincadeira estava prestes a acabar e ainda não sabíamos. Uma batida frenética na porta fez a menina levantar-se correndo para abri-la.Era Dmitry, sua face estava distorcida, totalmente diferente de pouco tempo atrás.— O que houve? – Perguntei notando como ele olhava para mim de um jeito que parecia estar pensando em algo.— Preciso conversar com você. – Ele disse contido e eu tinha certeza que algo não tinha dado certo. – Gatinha, o tio precisa conversar com a Maia, tá bom.— Mas a gente tá brincando. – Reclamou e
Dmitry— Conta agora o que aconteceu. – Exigi de meu primo.— Você tem que voltar cara, a coisa aqui tá uma loucura, os caras estão loucos.— Que caras?— Os Romanov, cara. Devem ter arrancado algo do Nikolai, descobriram a rotina do papa e uma falha milimétrica na segurança. Os caras atiraram para matar, por sorte o tiro não foi certeiro no coração.— Meu pai foi baleado?— Foi, mas já foi socorrido, e vai passar por cirurgia.— Mas que merda! – Esbravejei.— Cara, larga tudo aí e volta, depois alguém viaja para resolver no seu lugar.— Acha que estou preocupado com isso, Mikhail? Quero ver meu pai, saber como ele está.— Mas sabe que não é só isso, na ausência do papa, você como sucessor assume tudo.— Eu sei. Vou pedir aos seguranças para comprar a passagem e amanhã bem cedo estarei embarcando.— Ótimo.— Mikhail, tem certeza que Nikolai abriu o bico? Sabe o que acontece com traidores.— Não temos certeza, desconfiamos, mas de que outra forma eles descobririam uma falha na seguranç
MaiaConhecer a Rússia era um sonho e estava muito feliz em conhecer aquele lugar. A viagem é longa e cansativa, pode durar um dia dependendo das condições, mas graças aos céus o tempo estava perfeito e nossa viagem durou menos de 20h, pois é, ainda assim é tempo pra caramba.Dmitry me prometeu me levar a vários pontos turísticos de Moscou, mas eu sei que ele está com a cabeça cheia. Quem não estaria depois de acompanhar apenas por telefone o que se passou com o pai? Por sorte o homem é forte e está se recuperando bem, embora eu não saiba ainda de quê. Dmitry não falou muito, mas entendo que ele está abalado.Ao chegarmos, ele me levou diretamente para seu apartamento, disse que eu podia descansar enquanto ele iria visitar o pai. Queria apoiá-lo, mas não me colocaria em uma posição na qual não pertencia. Foi gentil da parte dele em me trazer, qualquer outro simplesmente me deixaria lá sem pensar no que poderia acontecer a mim, em como meus patrões interpretariam a volta repentina de m
DmitryAcabei sendo obrigado a largar Maia no apartamento, a coisa está bem complicada por aqui.Estava de frente para meu pai que ainda dormia. A visita tinha sido liberada. Meu primo estava a meu lado.O celular tocou no meu bolso e eu sou obrigado a atender, mesmo estando em uma visita no hospital, não posso deixar de atender uma ligação, pode ser a diferença entre a vida e a morte de alguém.Saio da sala fazendo um sinal para meu primo e atendo o telefone. Era o segurança avisando que Maia havia saído e que um dos seguranças a acompanhava, mas haviam outros fora de vista e isso Maia não sabia. Meu mundo é complicado, é arriscado, e se alguém achar que ela é alguém importante para mim, não piscarão antes de fazer algum mal a ela e eu não quero isso. Aliviado por saber que ela está se distraindo e que está segura, volto para o quarto. Não consigo ficar tanto tempo assim e meu telefone toca outra vez, pensei imediatamente em Maia. Será que havia acontecido algo a ela nesse curto esp
MaiaTinha uma semana que Dmitry havia me largado aqui, eu já estava ficando com raiva dele. Não vinha nem para dormir, não sei onde esse homem estava durante tanto tempo que não podia sair comigo durante um dia sequer. Ao que parece eu ficaria com ele até cumprir o restante do contrato, então eu não tinha tantos dias mais aqui. Visitei todos os mercados e shoppings, mas tinha esperança de que ele me levaria nos pontos turísticos, como ele havia me prometido.Mas eu não poderia cobrar nada dele, quem eu era?Ninguém.Comprei várias coisas para mim com o cartão que ele deixou, minha esperança era que ele viesse tomar o cartão da minha mão, mas isso não funcionou. Com o tempo passando, decido que ia visitar os pontos turísticos de Moscou.Chega de esperar por Dmitry. Tomei um banho relaxante, me vesti com um vestido longo em um tom bem claro de rosa, quase nude, ele era colado ao corpo. Coloquei uma sandália de tiras douradas, peguei minha bolsa de marca caríssima que havia comprado no
DmitryForam dias de tortura para quase nada, um dos homens sucumbiu muito rápido e não havia outra alternativa senão mata-lo, serviria como exemplo para o outro. O outro era corajoso, nos afrontava mesmo sabendo que estava nas mãos de mafiosos perigosos e sanguinários, mas ele pertencia a esse mundo tanto quanto nós mesmos e era altamente treinado.O homem ria, cuspia e falava gracinhas para nos afrontar e talvez nos tirar do sério e mata-lo logo.Foram dias assim até que mudei de tática, não é minha preferida, mas se necessário usaria. Mandei que encontrassem sua família e tirassem fotos de todo o movimento que fizessem para que possamos mostrar a este imbecil que as tínhamos nas nossas mãos.Quando balancei as fotos de suas filhas e esposa na sua cara e falei que faria coisas que jamais teria coragem de fazer a uma mulher e nem permitiria que meus homens fizessem, mas ele não precisava saber, ele só tinha que acreditar, o sorrisinho afrontoso sumiu imediatamente, os olhos se tornar
Maia Pensar em Lorena não foi muito bom. Finalmente estava tendo uma noite agradável com o Dmitry, saímos para jantar depois de passar o dia agarradinhos, mas tocar na minha amiga me deixou pensativa. Como ela estava? Como estava se sentindo? Será que ela passava por perigo?— Maia. – Ouvi sua voz me tirar de meus pensamentos.— Oi.— O que houve?— Nada.Ele me analisou por um tempo, bebeu sua bebida e resolvi beber a minha também. Já tínhamos terminado de jantar, agora estávamos nas bebidas.— Se não quiser falar comigo não precisa falar, afinal mal nos conhecemos, mas notei que ficou mais calada depois que falou da sua amiga.— Não foi nada, Dmitry. – Reforcei.— Tudo bem. Vamos.Ele chamou o garçom, pagou a conta e se levantou. Achei que voltaríamos para o apartamento dele, mas ele me surpreendeu.— Para onde estamos indo?— Você vai ver.Não demorou muito e chegamos em uma boate. O lugar era discreto, mas era possível ver os carros caros parados em frente, eu conhecia bem esse
DmitryO álcool tinha sua contribuição, mas não posso isentar-me de tudo. Eu sentia uma atração por aquela mulher desde o primeiro dia, tentei lutar, mas sentia que era em vão. Afinal, Maia irá embora nos próximos dias, o que há de mal em satisfazer meu desejo?O lugar de Olga jamais seria ocupado por alguém, estaria então saciando um desejo que mais cedo ou mais tarde teria que satisfazer. É claro que o álcool me deu coragem para aceitar, para decidir que era inútil lutar contra aquilo, sem contar que Maia era alguém que não veria uma outra vez, e isso contava mais um ponto a favor. Não teria que me preocupar com uma mulher amargurada atrás de mim, com promessas feitas sem pensar e todas as outras coisas que me faziam pensar em ter um lance com alguém, mesmo que fosse apenas por prazer.Ela iria embora em breve, era isso, e eu teria que aproveitar.Por isso a beijei e deixei claro meu desejo por ela.— Tem certeza? – Ela perguntou ofegante após chama-la para ir para casa. Ela entende