MaiaTinha uma semana que Dmitry havia me largado aqui, eu já estava ficando com raiva dele. Não vinha nem para dormir, não sei onde esse homem estava durante tanto tempo que não podia sair comigo durante um dia sequer. Ao que parece eu ficaria com ele até cumprir o restante do contrato, então eu não tinha tantos dias mais aqui. Visitei todos os mercados e shoppings, mas tinha esperança de que ele me levaria nos pontos turísticos, como ele havia me prometido.Mas eu não poderia cobrar nada dele, quem eu era?Ninguém.Comprei várias coisas para mim com o cartão que ele deixou, minha esperança era que ele viesse tomar o cartão da minha mão, mas isso não funcionou. Com o tempo passando, decido que ia visitar os pontos turísticos de Moscou.Chega de esperar por Dmitry. Tomei um banho relaxante, me vesti com um vestido longo em um tom bem claro de rosa, quase nude, ele era colado ao corpo. Coloquei uma sandália de tiras douradas, peguei minha bolsa de marca caríssima que havia comprado no
DmitryForam dias de tortura para quase nada, um dos homens sucumbiu muito rápido e não havia outra alternativa senão mata-lo, serviria como exemplo para o outro. O outro era corajoso, nos afrontava mesmo sabendo que estava nas mãos de mafiosos perigosos e sanguinários, mas ele pertencia a esse mundo tanto quanto nós mesmos e era altamente treinado.O homem ria, cuspia e falava gracinhas para nos afrontar e talvez nos tirar do sério e mata-lo logo.Foram dias assim até que mudei de tática, não é minha preferida, mas se necessário usaria. Mandei que encontrassem sua família e tirassem fotos de todo o movimento que fizessem para que possamos mostrar a este imbecil que as tínhamos nas nossas mãos.Quando balancei as fotos de suas filhas e esposa na sua cara e falei que faria coisas que jamais teria coragem de fazer a uma mulher e nem permitiria que meus homens fizessem, mas ele não precisava saber, ele só tinha que acreditar, o sorrisinho afrontoso sumiu imediatamente, os olhos se tornar
Maia Pensar em Lorena não foi muito bom. Finalmente estava tendo uma noite agradável com o Dmitry, saímos para jantar depois de passar o dia agarradinhos, mas tocar na minha amiga me deixou pensativa. Como ela estava? Como estava se sentindo? Será que ela passava por perigo?— Maia. – Ouvi sua voz me tirar de meus pensamentos.— Oi.— O que houve?— Nada.Ele me analisou por um tempo, bebeu sua bebida e resolvi beber a minha também. Já tínhamos terminado de jantar, agora estávamos nas bebidas.— Se não quiser falar comigo não precisa falar, afinal mal nos conhecemos, mas notei que ficou mais calada depois que falou da sua amiga.— Não foi nada, Dmitry. – Reforcei.— Tudo bem. Vamos.Ele chamou o garçom, pagou a conta e se levantou. Achei que voltaríamos para o apartamento dele, mas ele me surpreendeu.— Para onde estamos indo?— Você vai ver.Não demorou muito e chegamos em uma boate. O lugar era discreto, mas era possível ver os carros caros parados em frente, eu conhecia bem esse
DmitryO álcool tinha sua contribuição, mas não posso isentar-me de tudo. Eu sentia uma atração por aquela mulher desde o primeiro dia, tentei lutar, mas sentia que era em vão. Afinal, Maia irá embora nos próximos dias, o que há de mal em satisfazer meu desejo?O lugar de Olga jamais seria ocupado por alguém, estaria então saciando um desejo que mais cedo ou mais tarde teria que satisfazer. É claro que o álcool me deu coragem para aceitar, para decidir que era inútil lutar contra aquilo, sem contar que Maia era alguém que não veria uma outra vez, e isso contava mais um ponto a favor. Não teria que me preocupar com uma mulher amargurada atrás de mim, com promessas feitas sem pensar e todas as outras coisas que me faziam pensar em ter um lance com alguém, mesmo que fosse apenas por prazer.Ela iria embora em breve, era isso, e eu teria que aproveitar.Por isso a beijei e deixei claro meu desejo por ela.— Tem certeza? – Ela perguntou ofegante após chama-la para ir para casa. Ela entende
MaiaAcordei sentindo um peso ao redor do meu corpo, abri os olhos e pude constatar que a noite passada não tinha sido apenas um sonho. Finalmente eu estive com esse homem lindo, já estava achando que um beijo seria o máximo que teria dele, e então ele me surpreende. Parecia decido, não sei o que o fez mudar de ideia, mas nem vou tocar no assunto, vai que ele resolve repetir a dose. Eu nem preciso dizer que ficaria super feliz.— Dobroye utro. (Bom dia) – Falou ele sonolento, espalhando pequenos beijos pelo meu rosto. Era um sonho, certeza!— Bom dia, gatinho. – Selei sua boca com a minha e ele sorriu. Quero acordar não! O sonho tá tão bom.Ele tirou seu braço que estava sobre meu corpo, me aliviando do peso que sentia, mas eu gostei de sentir seu peso sobre mim. Queria que ele repetisse a dose, será que eu o assustaria se me insinuasse? Com ele eu tinha que andar com cautela, foi assim que não o assustei ontem e cheguei onde queria. Tenho que continuar com essa estratégia.— Preparad
DmitryTinha que receber uma mensagem do Mikhail para macular meu dia perfeito com Maia. Eles bateram no endereço dado pelo defunto e não tinha nada lá. Os caras são espertos e trataram de sumir do mapa. O corpo de Nikolai ainda não tinha sido encontrado, ansiava em poder pelo menos enterrar meu amigo com honras, mas ao que parece nada estava dando certo. Por sorte meu pai receberia alta em alguns dias, palavra do médico. Ao menos uma notícia boa no meio disso tudo.Mas cada vez mais eu estava desconfiado de um traidor, alguém do lado de dentro vazando informações, mas quem? E isso é uma merda, pois pode ser qualquer um. Mikhail também desconfia, Kirill acha impossível ter alguém de dentro envolvido, mas se não fosse de dentro, quem seria?Minha cabeça estava borbulhando. Parecia ser daquelas coisas que você mesmo tem que ir lá e fazer. Meu primo chegou a falar que eu deveria parar de brincar de casinha e ir para a base trabalhar, mas eu só tinha mais um dia com ela. Já havia deixado-
MaiaJá fazia mais de dez horas de viagem, o corpo já estava dolorido de ficar na mesma posição. Mesmo me levantando de vez em quando e inclinando a poltrona, era péssimo não poder se locomover. Na viagem de ida a Rússia, tinha a presença de Dmitry, mas agora sem ele tudo estava entediante. Cochilar era o único meio de passar o tempo ali, e eu deixei o sono me levar mais uma vez.Finalmente cheguei em solo brasileiro, alívio e aperto no coração era o que sentia, uma mistura estranha de sentimentos.Mandei mensagem para Ruy como de costume e fui para meu apartamento, precisava descansar. Apesar de ter dormido por tanto tempo, meu corpo permanecia cansado. Me lembrei de Lorena, mas era madrugada, tendo saído da Rússia às 10h da manhã, com o fuso horário e o tempo de viagem, cheguei em casa depois de meia noite, então mandei mensagem para minha amiga apenas na manhã seguinte. Combinamos de tomar um café depois que ela levasse o irmão para a escola.Estava com muitas saudades dela e do me
DmitryUm mês depois da partida de Maia e eu ainda não a tirei da minha cabeça. Coisas que ela falava não deixam minha mente, e seu cheiro que mesmo depois de ter saído do ambiente ainda permeia minha memória. A droga de um sutiã que ela esqueceu pendurado no banheiro, só para ferrar com meu juízo. O guardei ainda com o cheiro dela em meio às minhas roupas. Parecia um moleque idiota agindo desse jeito.— Primo, está ouvindo?Levantei o olhar e dei de cara com os meus homens me olhando. Droga! Tinha esquecido que estava em meio a uma reunião.Me levantei.— A reunião está encerrada. – Declarei e deixei a sala, seguindo para meu escritório.— Mas Dmitry. – Mikhail veio atrás de mim. – O que está acontecendo, cara? Tá estranho demais desde... puta merda, é a... – Ele pausou e sei bem o que ele ia falar, mas ele sabe que se falar vai ficar sem o dentes. - ... a garota brasileira. – Concluiu.Entrei em meu escritório e me joguei em minha cadeira.— Sente-se. – Falei grosseiro e ele me aten