CAPÍTULO 138 Katy Caruso Eu sabia que teria que voltar, cresci nesse meio, sei como as coisas funcionam, mas mesmo assim, precisei sair, Peter estava fora de controle. Agora fui eu quem me calei. Ele ficou na dele, eu na minha, fiquei chateada. — Katy, senta aqui. — Peter apontou para a cadeira da cozinha. A mesa ainda estava posta, já era tarde. Assim que me sentei, ele começou a aquecer o jantar, depois pegou o meu prato e me serviu, assim como o dele. Jantamos em silêncio, não eram assim que as coisas deveriam ser, mas posso dizer que gostei de vê-lo ali, com seu semblante preocupado. — Posso comer a sobremesa, ainda? — Pode. — ele levantou e também nos serviu, antes de irmos em direção aos quartos. . — Venha, vamos para o outro quarto, vou pedir para limparem esse! — falou ao entrarmos e vermos os vidros espalhados. Hoje ele estava falando mais do que eu, e eu... com lembranças ruins de tudo o que aconteceu. Vesti uma roupa bem
CAPÍTULO 139 (ATENÇÃO! ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS DE ABUSO, SE VOCÊ NÃO SE SENTE A VONTADE, PODE PULAR). Katy Caruso Por vezes abri os olhos, mas a minha cabeça estava pesada. Senti o movimento de um carro que dirigia em alta velocidade, enquanto o meu corpo batia nos cantos que pareciam ser de um furgão ou Van. Ergui a cabeça por mais tempo, porém olhar para a mancha de sangue que havia escorrido da minha cabeça, me fez desmaiar novamente. Acordei sentindo puxarem meus pés, e ainda com tontura, vi que eram dois homens. Meu corpo caiu no chão e me assustei com o grito: — Porra, Americano! Não deixe-a se ferir assim! Já esqueceu da ordem do chefe? — Ele disse: o rosto! Aliás, espero que libere logo pra gente se divertir, porque as outras... — Anda logo, se atenta, Americano! — me ergueram pelo braço, e eu simplesmente estava tonta demais para fazer qualquer coisa. — Ah, agora você limpa esse cabelo dela, vou avisar o chefe! — Tá! — eu o
CAPÍTULO 140 Peter Marino Quando a Katy me ligou eu não estava longe, cheguei rapidamente em casa, enquanto avisava o Alex. Os quatro funcionários caídos, a cozinheira foi a única que ergueu a cabeça. — Senhor... levaram a menina! Era um furgão, eu vi um pouco antes de me baterem! — eu mal enxergava, tentei avaliar tudo ao mesmo tempo. — Você tem ideia pra onde a levaram? — tentei manter um pouco do raciocínio que eu tinha, mesmo tremendo, com os nervos à flor da pele, eu tentei parecer calmo. — Eu ouvi falar em: ao lado do local queimado! — na mesma hora associei com o galpão que a máfia Strondda colocou fogo, mas decidi tentar ligar para Katy de novo. Quando atendeu eu perdi a paciência e logo comecei a gritar, mas quando o maledetto falou que contou aquilo na frente da Katy, eu perdi completamente a linha de raciocínio, virei as costas, procurando o máximo de armas que eu poderia encontrar. — Calma, Peter! O que aconteceu? — Alex apareceu,
CAPÍTULO 141 Peter Marino Dirigi feito louco, conhecia aquele lugar, já havia ido até lá algumas vezes. Recentemente soube que foi fechado, mas era um bordel de classe mais alta. Atravessei o gramado e parei em frente do portão, pensando em como entraria sem ser visto, quando encontrei uma pulseira no chão, era da Katy, havia a letra “K”, no centro dela. De repente, vi um homem abaixado e de boné do outro lado do portão, assim que engatilhei a arma, ele me apontou também, rapidamente reconheci o seu rosto. — El Chapo? — ele sorriu se levantando. — Você foi rápido! Acabei de ver levarem a sua mulher, e já está aqui. — E, o que faz aqui? Não estava viajando? — Estou investigando esse homem para o Don... o mesmo que carregou a Katy. — Maledettos! Vou acabar com todos eles! — apontei a arma para estourar o cadeado. — Não faça isso! Estão em muitos, está vendo quantos carros? Chegaram todos agora, se entrarmos correremos riscos. O D
CAPÍTULO 142 Alexander Caruso Ainda é difícil pra mim, acreditar que cresci rodeado de pessoas falsas, que tramavam contra mim. Está certo, que meu pai prejudicava a todos, menos à mim diretamente, mas isso não o torna mais aceitável, um homem bom... pelo contrário, me envergonho. Quando Peter avisou que encontrou a Katy, a gente já havia percebido a armadilha no local que fomos, matamos os adversários e corremos até onde eles estavam. Como não havia negociação, partimos pra cima, nossa máfia é muito bem treinada, estávamos com todos os melhores homens, e a minha eficiente, Laura. Vi que El Chapo, Salvatore, meu sogro, Enzo, Maicon... estavam todos atirando à distância, tiros rápidos e precisos, sem chances de serem atingidos. Peter e Laura estavam usando metralhadora, mas ele logo perdeu o controle e foi pra cima do cara que segurava a Katy. — VAI COM CALMA, PETER! — adverti, ele desmaiou o cara num soco, me olhou e assentiu, pelo visto sabia o que estava fazendo, pois puxou o
CAPÍTULO 143 Peter Marino Alex ficou frustrado quando a sua biometria não foi compatível, todos ficaram. — Só pode ser da Maria! Vou ficar com esse celular, agora vamos conversar aqui entre nós! — Alex falou e foi resolver a situação com Edoardo, então por um momento, meus olhos se encontraram com os da Katy. Ela estava de braços cruzados, olhar amedrontado, e era diretamente para o cara que a segurava quando cheguei. Lembranças da conversa no celular, me lembraram que ele disse algo sobre ela, e meus demônios ficaram atordoados só de imaginar o que ele poderia ter feito com a minha Katy. — Fique com a Laura, tenho uma pendência com esse cara aqui! — falei, e a Katy, dessa vez não veio atrás de mim. Puxei o maledetto pelo pé o derrubando no chão e o levei para o outro local, enquanto batia a cabeça nas coisas. — Agora você vai me contar em detalhes do que disseram e do que fizeram com a minha esposa! Começou a contar no celular, mas não entendi direit
CAPÍTULO 144 Katy Caruso Pensei que fosse morrer quando vi aquela arma apontada pra mim, mas quando o Peter pulou na frente para me salvar, meu coração parecia que iria parar, pois entrei em choque. Ele bateu na parede, mas não caiu, o segurei. Havia muito sangue nele, mas não tinha como saber, porquê já veio sujo de onde matou aquele maledetto. “Meu Deus, quando esse homem vai ter paz? Quando vamos poder descansar, viver?“ — PETERR! OLHA PRA MIM, PETERR! — o segurei nos braços, o balançando. — Não feche os olhos, não feche os olhos! — Eu estou bem! — olhei pra ele, enquanto segurava no seu rosto. — BEM? COMO BEM? — ergui ainda mais, olhando seu pescoço. — Não se faça de durão, acabou de levar tiros! — Me sinto, bem, fica calma. — ele olhava para Salvatore, conferindo o atirador caído no chão e verificando se não havia mais ninguém, então voltei a olhar pra ele e comecei a erguer a sua camisa, procurando desesperadamente pelos tiros, tocando seu abd
CAPÍTULO 145 Alexander Caruso Olhei para aqueles dois traidores, mentirosos, presos nas cadeiras. — Comecem a falar, não estou a fim de perder tempo! — ignoraram. — Acho que podemos ajudá-los a colaborarem, Alex! Estiquem os dois nas cordas! — Don Antony ordenou, então começamos por Edoardo, que tentava escapar de forma ridícula, da gente. Eram cordas que a família Strondda fez para puxar os braços e as pernas, conforme vai esticando, vai quebrando os membros ou rasgando do corpo, dependendo da força como é puxado, e logo os dois ridículos estavam ali. — Foi tudo culpa dele! Me deixem ir embora! Foi Edoardo quem planejou tudo, eu só facilitei... — o advogado choramingou, começando a se explicar, aquilo era irritante. — O que fazemos com as mocinhas que reclamam, cunhado? — Antony perguntou, sorridente. — Apanham o dobro! — Abaixem a calça dele! — Antony ordenou. — Aliás, dos dois de uma vez! — gargalhou. — O QUE VÃO FAZER? ALEX,