CAPÍTULO 141 Peter Marino Dirigi feito louco, conhecia aquele lugar, já havia ido até lá algumas vezes. Recentemente soube que foi fechado, mas era um bordel de classe mais alta. Atravessei o gramado e parei em frente do portão, pensando em como entraria sem ser visto, quando encontrei uma pulseira no chão, era da Katy, havia a letra “K”, no centro dela. De repente, vi um homem abaixado e de boné do outro lado do portão, assim que engatilhei a arma, ele me apontou também, rapidamente reconheci o seu rosto. — El Chapo? — ele sorriu se levantando. — Você foi rápido! Acabei de ver levarem a sua mulher, e já está aqui. — E, o que faz aqui? Não estava viajando? — Estou investigando esse homem para o Don... o mesmo que carregou a Katy. — Maledettos! Vou acabar com todos eles! — apontei a arma para estourar o cadeado. — Não faça isso! Estão em muitos, está vendo quantos carros? Chegaram todos agora, se entrarmos correremos riscos. O D
CAPÍTULO 142 Alexander Caruso Ainda é difícil pra mim, acreditar que cresci rodeado de pessoas falsas, que tramavam contra mim. Está certo, que meu pai prejudicava a todos, menos à mim diretamente, mas isso não o torna mais aceitável, um homem bom... pelo contrário, me envergonho. Quando Peter avisou que encontrou a Katy, a gente já havia percebido a armadilha no local que fomos, matamos os adversários e corremos até onde eles estavam. Como não havia negociação, partimos pra cima, nossa máfia é muito bem treinada, estávamos com todos os melhores homens, e a minha eficiente, Laura. Vi que El Chapo, Salvatore, meu sogro, Enzo, Maicon... estavam todos atirando à distância, tiros rápidos e precisos, sem chances de serem atingidos. Peter e Laura estavam usando metralhadora, mas ele logo perdeu o controle e foi pra cima do cara que segurava a Katy. — VAI COM CALMA, PETER! — adverti, ele desmaiou o cara num soco, me olhou e assentiu, pelo visto sabia o que estava fazendo, pois puxou o
CAPÍTULO 143 Peter Marino Alex ficou frustrado quando a sua biometria não foi compatível, todos ficaram. — Só pode ser da Maria! Vou ficar com esse celular, agora vamos conversar aqui entre nós! — Alex falou e foi resolver a situação com Edoardo, então por um momento, meus olhos se encontraram com os da Katy. Ela estava de braços cruzados, olhar amedrontado, e era diretamente para o cara que a segurava quando cheguei. Lembranças da conversa no celular, me lembraram que ele disse algo sobre ela, e meus demônios ficaram atordoados só de imaginar o que ele poderia ter feito com a minha Katy. — Fique com a Laura, tenho uma pendência com esse cara aqui! — falei, e a Katy, dessa vez não veio atrás de mim. Puxei o maledetto pelo pé o derrubando no chão e o levei para o outro local, enquanto batia a cabeça nas coisas. — Agora você vai me contar em detalhes do que disseram e do que fizeram com a minha esposa! Começou a contar no celular, mas não entendi direit
CAPÍTULO 144 Katy Caruso Pensei que fosse morrer quando vi aquela arma apontada pra mim, mas quando o Peter pulou na frente para me salvar, meu coração parecia que iria parar, pois entrei em choque. Ele bateu na parede, mas não caiu, o segurei. Havia muito sangue nele, mas não tinha como saber, porquê já veio sujo de onde matou aquele maledetto. “Meu Deus, quando esse homem vai ter paz? Quando vamos poder descansar, viver?“ — PETERR! OLHA PRA MIM, PETERR! — o segurei nos braços, o balançando. — Não feche os olhos, não feche os olhos! — Eu estou bem! — olhei pra ele, enquanto segurava no seu rosto. — BEM? COMO BEM? — ergui ainda mais, olhando seu pescoço. — Não se faça de durão, acabou de levar tiros! — Me sinto, bem, fica calma. — ele olhava para Salvatore, conferindo o atirador caído no chão e verificando se não havia mais ninguém, então voltei a olhar pra ele e comecei a erguer a sua camisa, procurando desesperadamente pelos tiros, tocando seu abd
CAPÍTULO 145 Alexander Caruso Olhei para aqueles dois traidores, mentirosos, presos nas cadeiras. — Comecem a falar, não estou a fim de perder tempo! — ignoraram. — Acho que podemos ajudá-los a colaborarem, Alex! Estiquem os dois nas cordas! — Don Antony ordenou, então começamos por Edoardo, que tentava escapar de forma ridícula, da gente. Eram cordas que a família Strondda fez para puxar os braços e as pernas, conforme vai esticando, vai quebrando os membros ou rasgando do corpo, dependendo da força como é puxado, e logo os dois ridículos estavam ali. — Foi tudo culpa dele! Me deixem ir embora! Foi Edoardo quem planejou tudo, eu só facilitei... — o advogado choramingou, começando a se explicar, aquilo era irritante. — O que fazemos com as mocinhas que reclamam, cunhado? — Antony perguntou, sorridente. — Apanham o dobro! — Abaixem a calça dele! — Antony ordenou. — Aliás, dos dois de uma vez! — gargalhou. — O QUE VÃO FAZER? ALEX,
CAPÍTULO 146 Alexander Caruso — SOLTEM O ADVOGADO! — ordenei, e Maicon começou a soltar, Antony não disse nada, aposto que também queria ouvir o que o advogado diria. — NÃO ACREDITEM NELE! É MENTIRA, ELE VAI INVENTAR COISAS, NÃO OUÇAM! SEU INFELIZ! INFELIZ! — Edoardo começou a se contorcer para sair, parecia querer bater no advogado. — Agora diga de uma vez! — o advogado foi solto, mas caiu no chão, provavelmente por termos esticado seu corpo nas cordas. — Ele tem um negócio ilícito! Ele e seu pai eram sócios de um lugar que comprava jovens garotas, a partir dos treze anos, até no máximo dezessete... — O quê? — MENTIRA! — Edoardo gritou. — Sim, tem uma boa parte desse dinheiro escondido que vem disso, eles leiloavam e vendiam essas garotas, que normalmente eram roubadas de suas casas, poucas eram vendidas! — passei as mãos na cabeça, virei as costas, não queria acreditar naquilo. — Quanto seria essa porcentagem? — perguntei. — Uns tr
CAPÍTULO 147 Katy Caruso Gostei de ver como aqueles dois foram bem tratados pela família Strondda, meu irmão e Peter. Fico olhando pra Laura e pensando que preciso me aproximar mais dela, gostaria de aprender mais coisas. Não sou como ela, mas entre atacar e sofrer, prefiro atacar, e isso ela pode me ensinar. Depois dos documentos assinados, eles foram presos nas cadeiras, as mãos ficaram presas na frente dos corpos, havia algo que as apertava, tipo um ferro, assim nunca tinha visto, no pouco que presenciei de tortura, que meu pai autorizou enquanto ainda era vivo, não tinha esse acessório. Entendi porque o Alex saiu aquela hora, deve ter sentido o mesmo que eu, o entendo, porquê também sofri. Fiquei olhando tudo, e Laura foi a primeira a começar a enfiar agulhas nos ombros e costas deles. Só que essas agulhas eram grandes, pelo visto próprias para isso, e eram enfiadas com pressa e com força, onde ela enfiava ficava a marca do sangue de Edoardo, e Alex a
CAPÍTULO 148 Katy Caruso Não sei quanto tempo passou, mas imagino que seja bastante. Peter levou muito tempo para parar de chorar e confesso que em alguns momentos fiquei nervosa, pensando se ele suportaria tanta dor, se o seu coração poderia parar, ou algo acontecer, mas sou uma mulher forte, consegui me manter firme por nós. Se dissesse que não chorei estaria mentindo, também deixei que as lágrimas saíssem, e posso dizer que me ajudaram a melhorar a dor no peito, foi como uma pequena cura, um alívio da alma, por tudo o que aconteceu hoje. Peter não se conteve e nem tentou se conter, não se importou com o barulho que fazia ao praticamente gritar com seu desespero, e hoje entendi porque ele se jogou na bebida daquele jeito, ele já não estava conseguindo suportar. — Me desculpa, Katy... — Por ter bebido? Desculpo sim... porque é o único motivo pelo qual me magoou. Se não tivesse bebido não teria me dito o que não deveria, não teria me tratado como t