CAPÍTULO 144 Katy Caruso Pensei que fosse morrer quando vi aquela arma apontada pra mim, mas quando o Peter pulou na frente para me salvar, meu coração parecia que iria parar, pois entrei em choque. Ele bateu na parede, mas não caiu, o segurei. Havia muito sangue nele, mas não tinha como saber, porquê já veio sujo de onde matou aquele maledetto. “Meu Deus, quando esse homem vai ter paz? Quando vamos poder descansar, viver?“ — PETERR! OLHA PRA MIM, PETERR! — o segurei nos braços, o balançando. — Não feche os olhos, não feche os olhos! — Eu estou bem! — olhei pra ele, enquanto segurava no seu rosto. — BEM? COMO BEM? — ergui ainda mais, olhando seu pescoço. — Não se faça de durão, acabou de levar tiros! — Me sinto, bem, fica calma. — ele olhava para Salvatore, conferindo o atirador caído no chão e verificando se não havia mais ninguém, então voltei a olhar pra ele e comecei a erguer a sua camisa, procurando desesperadamente pelos tiros, tocando seu abd
CAPÍTULO 145 Alexander Caruso Olhei para aqueles dois traidores, mentirosos, presos nas cadeiras. — Comecem a falar, não estou a fim de perder tempo! — ignoraram. — Acho que podemos ajudá-los a colaborarem, Alex! Estiquem os dois nas cordas! — Don Antony ordenou, então começamos por Edoardo, que tentava escapar de forma ridícula, da gente. Eram cordas que a família Strondda fez para puxar os braços e as pernas, conforme vai esticando, vai quebrando os membros ou rasgando do corpo, dependendo da força como é puxado, e logo os dois ridículos estavam ali. — Foi tudo culpa dele! Me deixem ir embora! Foi Edoardo quem planejou tudo, eu só facilitei... — o advogado choramingou, começando a se explicar, aquilo era irritante. — O que fazemos com as mocinhas que reclamam, cunhado? — Antony perguntou, sorridente. — Apanham o dobro! — Abaixem a calça dele! — Antony ordenou. — Aliás, dos dois de uma vez! — gargalhou. — O QUE VÃO FAZER? ALEX,
CAPÍTULO 146 Alexander Caruso — SOLTEM O ADVOGADO! — ordenei, e Maicon começou a soltar, Antony não disse nada, aposto que também queria ouvir o que o advogado diria. — NÃO ACREDITEM NELE! É MENTIRA, ELE VAI INVENTAR COISAS, NÃO OUÇAM! SEU INFELIZ! INFELIZ! — Edoardo começou a se contorcer para sair, parecia querer bater no advogado. — Agora diga de uma vez! — o advogado foi solto, mas caiu no chão, provavelmente por termos esticado seu corpo nas cordas. — Ele tem um negócio ilícito! Ele e seu pai eram sócios de um lugar que comprava jovens garotas, a partir dos treze anos, até no máximo dezessete... — O quê? — MENTIRA! — Edoardo gritou. — Sim, tem uma boa parte desse dinheiro escondido que vem disso, eles leiloavam e vendiam essas garotas, que normalmente eram roubadas de suas casas, poucas eram vendidas! — passei as mãos na cabeça, virei as costas, não queria acreditar naquilo. — Quanto seria essa porcentagem? — perguntei. — Uns tr
CAPÍTULO 147 Katy Caruso Gostei de ver como aqueles dois foram bem tratados pela família Strondda, meu irmão e Peter. Fico olhando pra Laura e pensando que preciso me aproximar mais dela, gostaria de aprender mais coisas. Não sou como ela, mas entre atacar e sofrer, prefiro atacar, e isso ela pode me ensinar. Depois dos documentos assinados, eles foram presos nas cadeiras, as mãos ficaram presas na frente dos corpos, havia algo que as apertava, tipo um ferro, assim nunca tinha visto, no pouco que presenciei de tortura, que meu pai autorizou enquanto ainda era vivo, não tinha esse acessório. Entendi porque o Alex saiu aquela hora, deve ter sentido o mesmo que eu, o entendo, porquê também sofri. Fiquei olhando tudo, e Laura foi a primeira a começar a enfiar agulhas nos ombros e costas deles. Só que essas agulhas eram grandes, pelo visto próprias para isso, e eram enfiadas com pressa e com força, onde ela enfiava ficava a marca do sangue de Edoardo, e Alex a
CAPÍTULO 148 Katy Caruso Não sei quanto tempo passou, mas imagino que seja bastante. Peter levou muito tempo para parar de chorar e confesso que em alguns momentos fiquei nervosa, pensando se ele suportaria tanta dor, se o seu coração poderia parar, ou algo acontecer, mas sou uma mulher forte, consegui me manter firme por nós. Se dissesse que não chorei estaria mentindo, também deixei que as lágrimas saíssem, e posso dizer que me ajudaram a melhorar a dor no peito, foi como uma pequena cura, um alívio da alma, por tudo o que aconteceu hoje. Peter não se conteve e nem tentou se conter, não se importou com o barulho que fazia ao praticamente gritar com seu desespero, e hoje entendi porque ele se jogou na bebida daquele jeito, ele já não estava conseguindo suportar. — Me desculpa, Katy... — Por ter bebido? Desculpo sim... porque é o único motivo pelo qual me magoou. Se não tivesse bebido não teria me dito o que não deveria, não teria me tratado como t
CAPÍTULO 149 Katy Caruso (Contém gatilhos) — Ele queria punir a minha mãe, ele não queria filhos! Isso eu digo, porque ele não cansava de repetir, não cansava... — Calma, se não quiser falar... — Eu quero! Sinto que se não falar vou engasgar, Katy! O único que sabe é o Alex, e não dei detalhes. Depois ele contou ao Robert, e ele deve ter espalhado, então prefiro que seja como você falou, e saiba por mim. Assim ninguém vai te contar mentira nenhuma! — Está bem. Estou ouvindo..., mas não esqueça que te amo, tá? Estou com você, quero te fazer feliz! — ele segurou o meu rosto e beijou a minha face, então voltou a contar de olhos baixos: — Ele me derrubou no chão... — deu uma pausa — Arrancou as minhas roupas na frente da minha mãe — deu outra pausa — Me prendeu com as algemas e disse que não tinha e não queria filho nenhum... que eu só serviria para aquilo que ela iria assistir, e eu nem sabia do que estava falando, até que... — ele simplesmente começou a
CAPÍTULO 150 Peter Marino Acordei de madrugada e ela estava ao meu lado. Do nada meu peito doeu, era como se eu precisasse ir para o chão ou para o pés dela, mas dessa vez, não... me aproximei ainda mais, preciso mudar algumas coisas, e não vou conseguir se não tentar. Tem como não amar a Katy? Olhando pra ela, a cada segundo me dou conta de que a amo mais, caso contrário, morreria com meus demônios tomando conta de mim. Demorei um pouco mais para pegar no sono, mas percebi que consegui, pois fui acordado com um beijo e uma bandeja. — Bom dia, senhor Marino! Trouxe o seu café da manhã. — sorri ao vê-la tão linda, com uma das minhas maiores camisas brancas, o cabelo preso, enrolado em uma caneta e um sorriso tão bonito que me fez relaxar. Sentei na cama, me surpreendendo ao ser tratado assim. — Bom dia, esposa! Nem a minha mãe já me tratou assim, com café da manhã na cama. — Já falei que não sou ela, então acostume-se! — colocou a bandeja e ficou me olhando. — Tem razão. — ol
CAPÍTULO 151 Peter Marino “Se realmente me ama como eu te amo, você vai se dar uma oportunidade, Peter! Para de se sentir inferior, porque você não é!“ — lembrei do que ela me disse ontem, e ela tem razão. — Quero conhecer o seu corpo, Katy! Prefere que eu use algemas para ficar mais segura? — ela sentou na cama, percebi como respirou fundo, seu semblante estava indecifrável. — Nunca mais você vai usar uma algema! Quero que faça o que sentir vontade, que viva, Peter! Eu aguento um tapa ou outro se você gostar e quiser, e se achar que está perdendo o controle pode parar, ou eu te peço que pare, mas esqueça aquilo, você é meu marido, não quero te ver daquele jeito, não depois do que me falou, deveria ter dito antes! — Está bem! Só que se não fosse daquele jeito eu não teria estado com você, não te teria. — Tem razão. É ótimo estar com você, mas agora quero o Peter... não o homem que se prende por dores, quero te ver feliz. — olhei para o seu corpo, eu poderia tentar de novo.