CAPÍTULO 163 Peter Marino — Está aí me olhando por muito tempo? — falei ao abrir os olhos e ver a Katy por cima de mim. — Te acordei, Peter. Não te deixaria dormir nesse tapete, e quando percebi que estava num pesadelo, tive certeza que precisava acordá-lo. — respirei fundo, senti a mão dela no meu rosto. — Infelizmente quando estou em paz, aquele maldito aparece nos meus sonhos, transformando-os em pesadelos. — É por isso que vem para o tapete? Por causa dos pesadelos? — Na verdade, depende... as vezes venho sem perceber, outras eu começo a lembrar das coisas e não me sinto digno de deitar ao seu lado, mas hoje, penso que rolei dormindo. — Isso te causa alguma outra coisa. — Fico irritado nesses dias. — não quis dizer a ela que na verdade, sinto muito mais que isso. E os desejos dentro de mim mudam, não quis dizer. Até porque as coisas estão mudando, tenho certeza que não conseguiria machucá-la, ser agressivo, mas... — Mas, também excitado
CAPÍTULO 164 Katy Caruso Eu sei que o tratamento do Peter não será da noite pro dia, sei que ele pode melhorar muito, também sei que uma hora ou outra, pode retroceder, mas ficarei de olho. Como esta noite eu percebi que o seu comportamento mudou, não o deixei continuar, e vi que deu certo. Agora... aquela puta alisando meu homem não dá! Desliguei aquele celular, já dentro do meu carro, e como não deixei os soldados, nem o motorista dirigir, notei que vieram em dois carros atrás de mim. Acelerei e passei por cima de algumas flores para ir mais rápido, nem sei quanto tempo levei, mas fui até a boate. — Katy? O que foi? — encontrei o Enzo no caminho, mas continuei andando. — Cadê o Peter? — ele veio andando atrás de mim. — Estava no bar, mas... — fui quase correndo, porém não o vi por lá, fiquei apreensiva. — Caralho, tem um pequeno alvoroço ali! — Enzo apontou para um corredor, e corri até lá. Passei por algumas pessoas e vi o Peter
CAPÍTULO 165 Salvatore Strondda Ela nunca pareceu estar tão decidida como hoje. Abriu o restante da minha camisa, enquanto me beijava na mesma proporção que eu a ela. Já tentei ir devagar outras vezes, porém nenhuma delas funcionou. Hoje decidi manter o ritmo, fazê-la perceber que é alguém que sofreu, mas também uma mulher que é amada por um homem de verdade, não um bosta como o que ela conheceu, e que me faz sentir muitos desejos. Maria estava diferente, seu corpo parecia esperar por novidades, talvez desafios, mas o mais importante era que me queria, eu não deixaria esse momento passar, ela seria minha. A mulher que um dia defendi por pena, hoje faço de tudo para tê-la para mim. — Tão linda... — falei ao esfregar meus dedos nos seus cabelos curtos, com um pouco mais de força. A ajudei a arrancar os meus braços da camisa e envolvi seu corpo no meu. Maria me deixou tirar a sua roupa, peça por peça devagar, intercalando com nossos beijos intensos e ao
CAPÍTULO 166 Débora Andrade Estou gostando do novo trabalho, aqui no reduto é mais tranquilo que no hospital, e se Luigi pensava que estaria favorecendo à ele, se enganou bonito, porque estou bela e formosa trabalhando bem devagar e ganhando muito mais... quando digo que é um bocó, sei que tenho razão. Ajudei o médico com o atendimento à alguns soldados, mas continuo aqui, tomando o meu cafezinho e esperando algum paciente, até que o médico bonitão, entrou na sala. — Débora, você já está liberada. Caso tenha alguma emergência te chamarei. Já estou acostumado com atendimento sozinho, embora confesso, que adorei ter você aqui, hoje... — arregalei os olhos pra ele, mas levei um susto ao enxergar o Luigi de cara feia, encostado no corredor, brincando com a arma, parcialmente apontada na direção do médico. — Ah, que bom, então! — fui até a porta e encostei, ninguém merece ficar olhando cara feia, não é? — Vou encostar essa porta porque bate muito vento
CAPÍTULO 167 Débora Andrade Fiquei meio atordoada, ele me soltou e mordeu a minha boca devagar. “Qual a dificuldade de fugir desses beijos? Qual?“ — Espero que tenha se acalmado, as minhas gatas não gostam de alvoroço, venha! — puxou a minha mão e fui bufando, por perder o controle. — Essa é a Tina, mãe da Polly. Não pude me conter, adoro os gatos, então me soltei e abaixei atrás da Polly. — Não entendo... como a mãe dela conseguiu fugir desse presídio? — olhei em volta, parecia impossível aquilo. — Porque acha que mandei erguerem os muros e mudar o sistema de segurança? Não vou correr risco novamente, agora ninguém sai... — Costuma prender na sua casa aquilo que escolhe para ser seu? — ele entendeu o duplo sentido. — As vezes! Você é uma das que eu gostaria de prender, mas é mais divertido te ter assim... — olhou o meu corpo todo. Levantei de onde estava. — Luigi, sejamos honestos... eu e você não demos certo, e isso percebi em a
CAPÍTULO 168 Débora Andrade Dias depois [Alerta de mensagens] “Abra a porta, estou aqui na sua casa!“ — respirei fundo. “O que deu nele, agora?“ Desapareceu do reduto, pelo visto pegou todos os trabalhos que podia, pelo menos me deu um pouco de paz. Eu não iria abrir, mas não quero correr o risco do Luigi entrar pela janela ou me perturbar, embora, nem ele nem o médico, falaram mais comigo diretamente, depois daquele dia. — O que quer? — abri já falando assim, pra ver se, se toca. Porém ao olhar em seus braços, na mesma hora me acalmei. — Eu trouxe um presente. Sei que fui um idiota no outro dia! — arregalei os olhos, quase caí de costas, precisando se apoiar no batente da porta. — Mas, essa é a Polly! Pelo que me lembro, a sua xodó, não pode me dar, “só porquê foi um idiota”! — zombei e ele gargalhou. — Não vou te dar apenas por isso, vi como ela gostou de você. Já tenho várias, vejo que te faria bem, uma companhia.
CAPÍTULO 169 Salvatore Strondda — Eu não tinha ideia, de como as férias me fariam tão bem! — falei para a Maria que se escondia de baixo do guarda-sol. — Estou estranhando, sempre disse que deixou tudo de lado para assumir o lugar do seu pai. As vezes tenho medo de estrar estragando a sua vida... — falou meio baixo, olhando para o mar. — Eu queria aquilo, porque não tinha alguém como você. Eu não tinha ninguém, na verdade... agora tenho familiares, e você. — Se quiser trabalhar... — Querida, escuta uma coisa que vou te dizer: depois desses dias que passamos juntos, eu entendi algo muito importante... eu não nasci para assumir a máfia Strondda, essa foi a missão de Pablo e sua descendência, Antony mesmo é ótimo no que faz. — Ouvi dizer que atira como ninguém... — sorri. — Sim, realmente. Só que com o dinheiro que o meu pai me deixou, eu não preciso mais trabalhar, então se não vou assumir como Don, vou viver a minha vida. Farei como o Pablo, ir
CAPÍTULO 170 Luigi /El Chapo Coisas que pensei ter esquecido, voltaram a me atormentar... não sei o que fiz de tão errado nessa vida para ser tão castigado, mas não vou permitir que Leonardo me tire mais nada, não mesmo! Passei a semana inteira pensando, decidindo se insistiria na minha escolha de ficar com a Débora, depois do que descobri. É engraçado como sei de tudo, e dessa vez deixei isso passar. O fato dela ter sido dele, me atormenta de certa forma. Claro, eu poderia rir da cara dele, mas não posso dizer que Débora é o meu troféu de vingança, já que gostei dela antes de saber do seu passado com aquele canalha. Quanto mais longe ele estiver de nós, melhor! Eu poderia roubar, levar essa mulher para a minha casa e obrigá-la a ser minha..., mas agora mais do que nunca, eu quero que ela me queira, me procure, nem que seja apenas por uma vez. Por isso saí apressado da casa dela, não posso me exceder dessa maneira, vou pensar em algo. Dirigi r