O silêncio se estendeu no pequeno quarto. Ava não compreendia toda aquela tensão entre Kaise e sua mãe. Ela os observava, enquanto eles competiam se encarando. Emília entendeu o que Kaiser realmente estava perguntando e ela jamais lhe diria a verdade. Foi uma gestação difícil e solitária. Sozinha, dependendo de pessoas que nunca tinha visto em sua vida, em um lugar isolado e esquecido, tão diferente do conforto que viveu nos seus então dezenove anos.Em uma noite escura, uma nevasca caia há dias, isolando a todos. Naquela noite, enquanto Ava chegava ao mundo, uma avalanche caiu próxima ao acampamento. A jovem cansada e desorientada viu aquele fenômeno natural incontrolável semelhante aos nove meses que tinha vivido, e nomeou a pequena criança com o nome de Ava. Uma força da natureza, um milagre nascido entre espécies.Sentindo seu coração apertado, Emília deu um passo adiante, desafiando abertamente o rei alpha. Kaiser apenas sorriu, esperando o que pudesse vir de pior daquela pequen
Os gritos de sofrimento e desespero dos humanos toma conta de toda a floresta. Corpos estão espalhados pelo chão, tingindo o chão da floresta de vermelho. Grupos de humanos foram separados por ordem do Alpha. O primeiro acampamento escolhido para a incursão foi aquele que acolheu Emília. Kaiser acreditava que o pai de Ava ainda estava vivo e que, por teimosia, Emília o estava protegendo. As mulheres e as crianças foram levadas primeiro, todos os homens com idade entre trinta e quarenta anos ficaram. O alpha caminhou diante deles, suas mãos ainda sujas com o sangue dos inimigos que ousaram atacá-lo. A raiva de Kaiser crescia conforme ele passava diante da fila de humanos. Ele os via como criaturas fracas e covardes, que dependiam de armas para enfrentar seus inimigos. Enquanto passava, um homem chamou a atenção do lobo. Seus olhos castanhos examinaram o grande lobo diante dele. O rei alpha parou e farejou, sentindo o cheiro de Emília e Ava naquele humano. Kaiser pegou aquele pequeno
Ao retornar da incursão, Kaiser notou a estranha atmosfera. Os lobos pareciam inquietos enquanto os humanos estavam ainda mais aflitos. Em seu peito, o grande lobo marchava, batendo seus pés com força, mandando que o Alpha entrasse logo na mansão. Movido por aquela força, Kaiser foi levado direto para o quarto das prisioneiras.Nenhuma delas esperava vê-lo tão rápido, na verdade, elas desejavam que o retorno do rei alpha se demorasse mais, para que pudessem bolar seu plano de fuga. O forte cheiro do sangue atingiu Ava, que rosnou e se colocou entre o lobisomem e sua mãe. Por alguma razão estranha, o lobo de Kaiser sentia orgulho daquela pequena filhote. Ela estava disposta a se sacrificar para defender a mãe, mas claro que Emília não aceitou tal coisa, colocando sua filha para trás e encarando o Alpha.
Gaiola douradaO corpo de Emília se contorcia, buscando sua libertação nas mãos de Kaiser, mas ele não a permitia. A longa língua do lobo rolava pelos seios fartos da mulher diante dele, indo de um para o outro. O alpha lutava para conter seu lado mais selvagem, pois não era apenas desejo que ele sentia por aquela humana. Seus dentes cravaram na carne macia, logo abaixo do seio, fazendo Emília soltar um grito de dor e prazer.― Não faça isso. ― mesmo dizendo aquelas palavras, Emília sentia seu desejo crescer a cada nova sensação proporcionada por Kaiser.― Você não está no controle, humana. Eu estou. ― Dois dedos do lobo penetraram Emília, que arqueou as costas ao se sentir preenchida depois de tanto tempo.Quando estava prestes a ter a sua libertação, Kaiser se afastou. Ele sorria ao ver a frustração e raiva nos olhos da mulher. Mas Emília não se intimidou. Se erguendo, ela tirou suas roupas, ficando apenas com a calça aberta. Seu dorso nu era uma visão deliciosa para o alpha, que p
Os últimos acontecimentos haviam tirado completamente a concentração do rei Alpha. A mente de Kaiser estava tomada por imagens do corpo da humana, que gemia e se contorcia sob seu toque. O cheiro de Emília, de sua excitação, preocupavam Kaiser, pois ele sabia que algo tão intenso poderia atrair outros machos.A sala estava cheia de líderes lobisomens, antigos alfas que se unirão durante aguerra que foram derrotados por Kaiser, na luta serem o rei alpha. Eles perceberam a distração do alpha, mas desconheciam os reais motivos para aquilo. Um dos lobisomens era o pai de Nora, um dos mais poderosos depois de Kaiser e que acreditava que sua filha se tornaria a Luna. Connor era um lobisomem sábio e justo, mas também era extremamente orgulhoso e não aceitava estar abaixo de ninguém. Quando Kaiser o derrotar, um lobisomem mais jovem, porém um alpha genuíno, se sentiu humilhado. Ao lado da porta, Nora esperava ansiosa para ver Kaiser. Seus planos para se livrar da humana haviam sido frustrad
― Você não faz ideia do que está falando, humana. ― Kaiser se aproximou, sua postura dominadora sobre Emília não intimidou.Ao perceber que seu plano de distrair o alpha estava funcionando, a mulher decidiu ir além. Ainda frustrada com a interrupção daquela manhã, Emilia avançou, tocando o peito do alpha com as pontas de seus dedos. Seu coração estava acelerado. Aquele homem mexia com seu corpo e com a sua mente de uma forma estranha, assim como Emília mexia com os instintos de Kaiser.Desde o piscar de seus olhos até as batidas de seu coração, tudo atraia o lobisomem. O aroma que fluia a cada movimento do frágil corpo daquela humana deixava o lobo dentro de Kaiser enlouquecido.― Eu sei que você não vai me matar, ou já teria feito assim que me descobriu. ― Emília se afastou, indo na direção da grande sala. Kaiser apenas observava seus movimentos relaxados, enquanto ele mesmo não sabia quanto mais suportaria conter seus desejos. ― Você se superestima. ― a mulher olhou por cima do o
O rosto corado de Emília e sua voz baixa transformaram Kaiser em uma verdadeira fera. O lobisomem não conseguia mais conter seu desejo por aquela humana. Porém, ele não poderia colocar a segurança dela em risco. Seu corpo frágil não suportaria tudo o que ele tinha a lhe oferecer. Lentamente, o alpha levou sua mão livre até a nuca da mulher, segurando seus cabelos e a fazendo olhar para ele. Emília já não se importava mais, contanto que Kaiser a tomasse e como dele. Com movimentos lentos, a mulher passou sua língua pelos lábios e os abriu, colocando sua língua para fora. Um convite, uma permissão para que Kaiser a usasse, mas ele não tinha tempo para brincadeiras bobas que meros humanos precisavam para se excitar.― Acha mesmo que apenas com isso eu ficaria satisfeito? ― Com um movimento, Emília foi posta com o peito colado ao colchão. Os dedos de Kaiser se arrastaram por sua intimidade, a fazendo gemer. ― É isso aqui que eu quero.O corpo da mulher ficou tenso com o primeiro contato.
As lobas deixaram Emília sozinha no quarto. Sozinha, ela pensou em maneiras de ir até sua filha e tirá-la de perto do alpha, antes que ele descobrisse ser o pai da jovem. As correntes eram muito pesadas, dificultando até mesmo a movimentação ao redor da cama.A porta do quarto se abriu e Ryker entrou. O cheiro forte da noite anterior dominou sua mente e seu corpo reagiu a ele. O beta ficou paralisado na porta, seu coração acelerado enquanto olhava aquela pequena humana sentada de forma relaxada sobre a cama. Enquanto esperava com a porta aberta que o quarto ficasse mais arejado, o lobo tentava compreender o que aquela mulher tinha de tão especial que enfeitiçou o seu alpha.Com um doce sorriso, Emília se levantou, revelando suas roupas desalinhadas e de tamanho errado. Seus cabelos loiros estavam bagunçados, mas não tirava a beleza de seus olhos. Ela percebeu que Ryker estava evitando entrar naquele cômodo e tentou se aproximar, mas as correntes pesadas não a deixavam.― Ei, lobo. ―