Eu vou te encontrar

GABRIEL

Faz três horas que estou sentado nesta sala, olhos fixos no monitor, revendo cada segundo das gravações da boate Orfeu do dia que eu a vi pela primeira vez. E nada. Absolutamente nada.

— Aaaaaah, porraaa! — O copo de uísque vazio voa da minha mão e se espatifa contra a parede.

A porta se escancara com o estrondo, e Enrico entra apavorado.

— Que diabos foi isso, cara?

— NADA, ENRICO! — Esfrego o rosto, tentando me acalmar, mas a frustração queima dentro de mim. — E esse é o problema! Não tem nada dessa garota nas gravações!

— Primo, calma. Talvez você só esteja cansado. Já faz mais de uma semana que está obcecado por essa menina… deixa eu olhar. Quem sabe encontro algo que você deixou passar?

Meus olhos se estreitam.

— Tá me chamando de incapaz, caralho?

— Não, mano! Só tô dizendo que, como ela não é minha, talvez eu veja as coisas com mais clareza.

Ele me encara, esperando minha aprovação silenciosa. Dou um aceno seco.

O tempo passa. Trinta minutos. Uma hora. Duas horas.

E, co
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App