CAPITULO 7
Wesley Taylor Douglas continuava tentando consertar a situação: — Cara... agora fiquei com pena de você! Ela é outro nível de mulher, e duvido que vá conseguir manter o seu amigo dentro das calças. Até considero a Gilmara feia perto dela... — Tá, pode parar! Aqui não tem nenhum coitadinho, não! Eu já estou melhor. Só preciso estabelecer as mesmas regras de segurança que estabeleço com as demais, e estará tudo certo. Desta vez, essa mulher vai ficar chupando dedo se veio com a intenção de me atrair. Estou muito bem do jeito que estou, e ela não vai me fazer mudar nada — passei a mão no rosto. — Olha, achei ela muita areia para o seu caminhãozinho. Não sei não, quem é que vai ficar chupando dedo nessa história. Desculpa, aí cara! Mas ela é top demais, quando o resto da empresa conhecer, vai ter muita concorrência, e terá que trabalhar muito, para chegar aos pés dela — o maldito riu da minha cara. — Eu não vou falar mais nada, vou ficar na minha. E tem mais, se quiser investir, pode ir em frente. Ela brincou comigo, e garanto que ria de mim pelas costas, então eu tô fora! Ah... e só pra você se atualizar, eu é que sou muito areia para a caminhonete dela! — Digo ríspido. — Ótimo! Vou ficar ligado, ela é muito gata. Agora vou trabalhar, pois pelo que estou vendo, você tem mais trabalho que eu. Cara, vai arrumar esta mesa. Desde quando ficou tão desorientado assim? Garanto que é culpa dessa sua secretária, que só serve para desfilar por aí, e fazer fofocas — debochou, olhando a bagunça ao meu redor. — Aquela é uma folgada. Se não melhorar agora que a Louise esta aqui, infelizmente terei que demitir. — Tô vendo! Pelo menos, no caso, ela não seria mais sua funcionária, então poderia pegar — zombou e fui tocando ele da sala, dando pequenos empurrões para facilitar. Preciso me organizar, e estabelecer as minhas regras. “- Evitar estar sozinho com ela. - Não olhar para o corpo dela. - Não se aproximar dela fisicamente. - Evitar estar no mesmo ambiente que ela.“ (...) Perdido em pensamentos, comecei a ouvir uma conversa um tanto alta para um escritório. Caminhei até hall da recepção, Louise estava quase atacando a Gilmara. Mas, também, ela é o tipo de secretária, que até eu tenho vontade de esganar ocasionalmente, imagina a Louise com aquele mau-humor todo? A minha ética não me permitiria agir de forma errada, então coloquei as coisas no lugar, e na sequência, pedi a Louise que fosse até a minha sala, pois preciso estabelecer as regras. Se não a conhecesse, para saber o quão destemida é, eu diria que ficou com medo do meu pedido, “será que ela ainda tem medo de perder o emprego?“, penso. Mas não! Ela não poderia ter mudado tanto, né? Me retirei de lá. Comecei a arrumar aquela papelada toda, escolhendo as ordens corretas, pois terei que ler cada um desses projetos, olhar o desenho no meu computador, e se estiver tudo certo, posso assinar, senão preciso devolver para a Gilmara entrar em contato com os clientes, e fornecedores, até encontrarem a forma correta do projeto. Passou um tempo, e ela já estava batendo na porta, meu coração traidor, teimando em acelerar só de saber que estava ali. Mas me controlei, não posso deixar transparecer. Até de sentir aquele cheiro dela tão peculiar... bom, nada! Deixa pra lá! — Entre! — Digo, após ouvir as delicadas batidas na porta. — Com licença, pode falar senhor Taylor! — aquela mulher é tão linda... mal posso olhar para ela, para não perder a concentração. — Sente-se! Precisamos estabelecer as suas responsabilidades neste novo cargo... — Olha só! Não precisa me explicar nada, ok? Já trabalho para a Taylor's há quatro anos, e conheço a minha área perfeitamente! Não preciso que me lembre de nada, aliás não fui eu que esqueceu de algo, né? Mas, isso não vem ao caso. O Ricardo já me explicou que também precisava de ajuda aqui, e já me passou tudo o que eu preciso saber, só preciso de espaço, e que a lambisgoia horrorosa, fique no lugar dela, e faça o seu trabalho corretamente, apenas isso! Mais alguma coisa, senhor? — disse a Louise, como sempre, com todas as pedras na mão para me atacar. Não sei o que ela quis dizer quando falou de algo que esqueci, não me lembro de ter esquecido nada, então nem vou perguntar, para essa encrenqueira. — Que bom então, que já sabe, assim me poupará trabalho em explicar! — Mas, o que estou falando? Sou um cínico, claro que gosto de falar essas coisas com ela, aliás, qualquer coisa com ela! Ai... Wesley, se controla! Não faz merda! — Não preciso que me expliquem nada. Aliás, não pense que está me fazendo um favor, senhor Taylor, porque eu estudei, dei duro, mereço o cargo que conquistei. Se é que entende? — uma fúria dentro de mim, tomou conta: — Você agora é minha assistente, precisa fazer o que eu mandar! — a prendi na cadeira do escritório com as mãos, admirando a bela mulher que se tornou, decidida, capaz e dominadora, que começava a me tirar do sério. Ela me encarou e me empurrou até que eu cedesse, mostrando para que veio: — Se eu fosse você, manteria a distância... — segurou a minha camisa — Não imagina o que uma mulher obstinada pode fazer... quer testar? — antes que eu respondesse, ela lhe deu um chute nas partes íntimas, me fazendo abaixar. — Como ousa? Eu posso te mandar de volta, sabia? Ricardo não me negaria isso. — Você é quem sabe. Aqui sou apenas como qualquer outra, se quiser o meu trabalho, ótimo! Se não quiser, boa sorte na procura de alguém que entende tanto quanto eu da área! — foi saindo enquanto eu me ajeitava. — Apenas fique e faça seu trabalho... — falei com raiva. — Certo, então já vou, porque graças ao capricho no “trabalho” da sua secretária, terei muito o que fazer esta semana — levantou. — E o pior, é que ainda não quer colaborar. Se pelo menos, ela fizesse o trabalho dela, já ajudaria muito, mas não! Nem isso, a folgada faz! — Não se preocupe, que vou conversar com ela. Ainda não a demiti por motivos pessoais, mas se ela não mudar, terei que resolver esta situação. Não colabora com as coisas. — expliquei. — Como quiser! Agora... com licença. — Falou e me deu as costas para sair, e não pude evitar em olhar aquelas lindas pernas, de costas, com aquela saia curta, e ela tem uma bunda linda... Ah! Wesley! “Foco, foco!“ Fiquei mais uma vez na minha bolha, pensando em por que estou destinado a sofrer, porque não poderia ter sido tão diferente as coisas. Na época eu pensei que estávamos tão bem, estava disposto a assumir ela como a minha namorada, e pensava até mesmo em me casar. “Não entendo... por que fez isso comigo, Lou? Ter um caso com um funcionário pelas minhas costas, foi humilhante demais para mim!“ Fica difícil de trabalhar assim. Comecei a olhar as paredes, e a pintura... ultimamente eu ando observando demais essas coisas, esse é o problema. A presença dela me confunde, me deixa fora de mim, não consigo raciocinar direito, nem pensar com cautela. Com a porta entre aberta, vi a funcionária da limpeza passando, então eu a chamei: — Ei! A senhora poderia me ajudar aqui? — Perguntei para a Dona Vera, a mulher ruiva de meia-idade. — Claro, senhor Wesley! Quer que eu limpe a sala novamente? — Pergunta. — Na verdade, queria trocar de lugar, o que você acha? Mudar a mesa, ou os armários? — A nova gerente, que é um amor, inclusive... colocou assim... — Diz enquanto mostra as formas utilizadas pela Louise, na arrumação. — Então ela te pediu que limpasse a sua sala? — Perguntei curioso, será que ficou metida com os anos? — Não, senhor! Ela é muito educada, e apenas queria o pano e o balde, com as coisas, mas eu não deixei, e eu mesma fui lá limpar. Foi assim que vi, que ela mudou a sala, e agora ficou tudo muito bem organizado, ela parece ser prestativa e caprichosa. — Tá, então me ajuda a organizar! — Digo, pois preciso me distrair de alguma forma.CAPITULO 8 Louise Gomez Fui com a cara e a coragem na sala do “chef”. Logo que entrei na sala, ele veio querendo me ensinar o que eu deveria fazer, mas eu nem permiti que continuasse. Fiquei muito puta com isto, pois ele deve estar com amnésia, só pode. Esqueceu, que me abandonou como se eu não fosse nada na vida dele, e como se eu tivesse cometido um crime, para me bloquear até mesmo, no WhatsApp. Pelo menos, ele já entendeu algumas coisas, e principalmente que precisa colocar a lambisgoia no lugar dela, e já é algo a menos para eu resolver. Voltei para a minha sala, e continuei a organizar algumas coisas até o horário de almoço, mas agora preciso encontrar um lugar para almoçar, que já estou varada de fome. Saí da minha sala com a minha bolsa, dei aquela arrumada básica nos cabelos, e retoquei o batom. Fui até o elevador, e o cara bonitão que vi mais cedo, chegou também. — Nos encontramos novamente. Acho que isso significa que deveríamos ir almoçar juntos
CAPÍTULO 9 Wesley Taylor Decidi pedir o meu almoço aqui na empresa mesmo, preciso adiantar o meu trabalho, e arrumar algumas merdas Que a Gilmara faz. Eu até posso demiti-la, mas foi um favor que fiz a um amigo, colocando a irmã dele para trabalhar aqui, então vou evitar enquanto der, mas paciência tem limite, e confesso que já estou muito cansado dela. Vi que o Douglas estava me ligando, mas resolvi ignorar, ele está difícil hoje, e com certeza quer falar sobre a Louise, e eu não quero ouvir nada, então vou deixar ele em off hoje, sem contar o tanto de coisas que eu posso adiantar aqui, enquanto evito a chatice dele no meu ouvido. Mas não adiantou nada, pois vinte minutos depois, ele já estava como um furacão dentro da minha sala, falando coisa, com coisa. — Cara, respira! Fala uma coisa de cada vez, não entendi nada! — falei para ele. — Tá, vamos por partes! Levei a Louise para almoçar... — Mas, você não perdeu tempo, né? Tá certo que falei para ir fundo, mas pelo jeito s
CAPITULO 10 Louise Gomez Cheguei na minha sala, e logo fiz a ligação para o meu cunhado Ricardo: No celular: — Alô? — Oi Lou! Como está? Se adaptou bem, na casa? E aí na empresa? — Perguntou o Ricardo. — Bom! Não foi aquelas coisas, mas estou indo! Já a sua casa, é maravilhosa! Estou amando ficar lá, o ruim é a falta que tenho de vocês, principalmente das crianças! — Respondo. — Logo tudo se encaixa, você vai ver! A Mayara, sente muita falta sua, também para cuidar dos gêmeos, e as crianças perguntam o tempo todo, quando a tia Lou, vem passear aqui? Mas... ligou para saber da vaga né? Eu consegui uma vaga boa para o Lourenzo no departamento de recursos humanos, já liguei para ele, agora mesmo, ficou combinado dele vim aqui, provavelmente amanhã ele já embarca para Boston. — Obrigada Ricardo! Fico feliz! Vou encontrar um lugar para ele ficar, não quero ele na sua casa, pois ainda não estou casada, né? — Brinco. — Mas, eu não me importo Lou. Você é
CAPÍTULO 11 Wesley Taylor No final da reunião, observo o Maick, que ficou encarando a Louise. Logo depois ele a cercou para falar algo, então me aproximei atrás dela, tentando disfarçar a minha curiosidade em saber do que se tratava. Não consegui ouvir muita coisa, mas vi que ela logo o dispensou. Acredito que alguém deve o ter alertado, pois se ele insistisse, eu iria adorar assistir o provável chute, que ele receberia, mas o infeliz aceitou rápido o corte, e eu fiquei de cara, que não vi mais alguém levar o famoso chute, que eu conheço bem. Depois da correria, fui para a minha casa, precisava de um banho, e da Lúcia para me relaxar. Fiquei minhas sagradas duas horas me arrumando, e depois mandei mensagem para a Lúcia: - E, aí? Está no apartamento hoje? - Oi, Wes! Estou sim! Pode vir, estou ansiosa. - Nossa! Tudo isso é falta, ou saudade? - Pergunto. - Hum... os dois! - Responde a Lúcia. - Daqui a pouco chego aí! - Vou te esperar daquele jeito... Saí da minha ca
CAPÍTULO 12 Louise Gomez Esta noite dormi melhor. É estranho uma casa tão grande, e sem pessoas para dividi-la comigo, acho que preciso de algumas amizades novas. Eu gostei da Andréia, provavelmente eu a convide para sairmos juntas, ou para aproveitarmos essa casa tão bonita, principalmente a área dos jardins e da piscina, que eu tanto gosto. - Bom dia, senhora! Vamos para a Taylor's? - Me pergunta o indivíduo que é o motorista, e provavelmente não tem amor à vida, pois se eu pegar ele, provavelmente esgano, com a raiva que estou. - A próxima vez que me chamar de velha, vou te responder à altura! E te garanto que a dor vai ser ótima, para eu ver você reclamar. Então, sinta-se satisfeito que eu o avisei com antecedência! - Digo provocativa, com o corpo bem próximo do dele, o intimidando. - Me desculpe, senhorita! É de costume, mas me chamo Simon, e se quiser posso chamá-la pelo nome... - Gosto que me chamem de Lou. Agora vamos, que não costumo atrasar! - Digo para o Simon, que já
CAPÍTULO 13 Wesley Taylor Não consegui dormir, pensando nas palavras da Lúcia. Agora estou aqui, acordado... olhando para o teto, que já cansei de ver, com aquela cor branca. Nem sei que horas eu enfim, consegui dormir, mas me lembro de ficar virando toda a hora de um lado para outro na cama, e o pior... ainda sonhei com ela... O sonho parecia muito real, eu estava naquele chalé, lá na Argentina, onde fizemos amor pela primeira vez, digo desta forma, porque pra mim, foi amor, mas não poderia dizer o mesmo em relação a ela. No sonho, eu e ela, estávamos nus, naquele banheiro, onde fizemos tantas coisas juntos, ainda não consegui superar aquele dia, de tanto prazer que senti com aquela mulher. Ela parecia indefesa, mas descobri que esse adjetivo nunca combinaria com ela, pois Louise, é uma mulher muito forte, que sabe muito bem o que quer, e me levou à loucura com os seus toques e poder de sedução. Fiquei a noite inteira dentro dela no sonho, parecia real como a senti novamente,
CAPÍTULO 14 Louise Gomez (Horas antes) Então, foi isso? Ele viu o beijo com o Júlio, e interpretou do jeito que quis, e simplesmente foi embora, deixando tudo para trás? Eu realmente duvido... acho que ele não queria uma vida de homem sério e de família como o Ricardo, e aproveitou a oportunidade para ir embora, seria mais fácil colocar a culpa em alguém. Ainda bem que chegou o meu horário de almoço. Encontrei com a Andréia, e fomos para um restaurante que fica na rua de trás do prédio da empresa. Um lugar menor, mais simples, e mais barato, achei a minha cara, pois a comida estava ótima. — Então, hoje a noite vai ser agitada? O namorado vai chegar! — Brincou falando maliciosa. — Parece que sim, né? — respondi com um sorriso amarelo. — Vichi! Essa resposta não me convenceu. Qual o problema agora? Não ama ele? — Pergunta desconfiada. — Não sei explicar. Ele é um ótimo amigo, e namorado, mas eu... bom... não sei explicar. — Não sente tesão por ele? Não se sente atraída?
CAPÍTULO 15 Louise Gomez Ficou uma situação estranha demais. Vi o Wesley me observar, e ele olhava para as nossas mãos e para o meu rosto, depois olhava as mãos novamente, e eu já estava agoniada com aquilo, pois alguma coisa estava estranha dentro de mim, e parecia que eu estava magoando ele, e magoando o Lourenzo, não sei explicar o que seria isso, e acho que nunca vou entender. Mas estou com o Lourenzo, e o Wesley é passado, vou dar atenção ao homem que realmente me ama, e logo vou amar ele também, da mesma forma. Apresentei a Andréia para o Lourenzo e combinamos de ver um apartamento pra ele. Logo o Simon chegou, e nos levou até lá. Gostamos do local, era pequeno, mas muito limpo e bem cuidado. Andréia nos convidou para conhecer o seu apartamento e demos uma passadinha lá. Conhecemos a Cloe, sua amiga, que mora com ela, e que é muito simpática, tem cabelos escuros, e curtos de bico, e olhos castanhos. Lourenzo já deixou o aluguel pago, e levou apen