Epílogo . O parto da pequena Manu, foi tudo bem. A Terapeuta levou a Kayla até o hospital e ela já berrava de dor, mas o médico disse que ainda não era o momento. Então ela acabou voltando para casa naquele dia. A pequena Manuela acabou nascendo de cesariana, pois o corpo da Kayla não tinha estrutura suficiente para o parto da garotinha. Aquela Kayla Taylor do começo da história, ficou para trás. Hoje, Kayla é uma mulher completamente diferente, uma mãe responsável e que ainda trabalha meio período com o seu marido na filial que eles cuidam da empresa em Boston. Uma mulher segura de si, que não se preocupa que uma comida mudará o que ela é, e não deixa que qualquer coisa que ela ouça, mude a sua opinião sobre as coisas, ou sobre isso em sua vida, e hoje vive de uma forma muito diferente, graças a ajuda que teve da família e do Noah. Ela não precisa mais fazer terapia, mais de vez em quando se senta para conversar com a sua terapeuta como uma amiga, e isso já é o suficiente.
CAPÍTULO 1 Wesley Taylor Acordei atrasado novamente. Mas, sinceramente, a culpa não era minha, era dela. "Louise". São quatro anos acordando no meio da noite, suando frio, com a voz dela ecoando nos meus sonhos. Quatro anos sendo perturbado por aquele sorriso que um dia achei que era só meu. Essa feiticeira não precisa estar aqui para bagunçar minha vida. Ela faz isso perfeitamente mesmo à distância, mesmo depois de tanto tempo. Eu sei que deveria seguir em frente, deixar o passado no passado, mas quem consegue dormir em paz quando os próprios sonhos se tornaram território inimigo? Me arrumei às pressas, pegando a pasta, o celular e a chave do Porsche. No escritório, a secretária logo apareceu. Aquela oferecida nem me deixa sentar, já vem se jogando para cima de mim. Não que eu não goste, pelo contrário... adoro! Mas não sou do tipo que sai com funcionárias, ainda mais tendo tanta mulher por aí, que é só estalar os dedos e já estão na minha cama. Prefiro evitar proble
CAPÍTULO 2 Wesley Taylor — Quem é Louise? — Pergunta meu amigo Douglas ao entrar na sala. — Meu primo, arrumou uma assistente pra me ajudar. Eu fiquei até animado, achei que resolveria meus problemas, mas... — Mais...? — Douglas arqueia as sobrancelhas, gesticulando para que eu continue. — A assistente é a Louise! A Lou, aliás! Sabe muito bem quem ela é. E também sabe de tudo o que aquela diaba aprontou comigo! — sinto o estresse subir só de lembrar. — Você continua com uma queda por ela, hein? Aposto! — Douglas me provoca descaradamente. — Queda? Claro que não! Só não aceito que me façam de idiota, e ela fez. Foi só eu baixar a guarda, e pronto, aproveitou da situação. — Sei... Então o melhor é esquecer, né? — diz, enquanto continua a girar na cadeira, divertido. — Já esqueci! Agora, vou trabalhar e mais tarde a gente se diverte — falo, tentando encerrar o assunto. — Também vou. Até mais! — ele se levanta e sai. Douglas foi embora, e eu tento focar no trabalho.
Capítulo 3 Louise Gomez Nasci e cresci em La Plata, na Argentina. É um lugar bonito, cheio de lembranças, mas muitas delas eu preferiria esquecer. Embora minha família esteja por perto, sempre sonhei em morar em outro país, longe de tudo que me mantém ancorada ao passado. Quero uma vida nova, em uma cidade movimentada, cercada de arranha-céus, onde o ritmo agitado das ruas me faça sentir viva. Aos 24 anos, sou uma mulher com um sonho — e algumas cicatrizes que prefiro não mencionar. Atualmente, moro com minha irmã Mayara e sua família. Comecei a trabalhar como ajudante de limpeza na casa dela, mas, com muito esforço, consegui ingressar na faculdade. Trabalhava na casa e até na roça para pagar metade da mensalidade, pois consegui uma bolsa. Foi uma fase corrida da minha vida, dividir o tempo entre o trabalho e os estudos enquanto ainda ajudava meu pai a cuidar da minha mãe, que enfrentava um câncer. Ricardo, meu cunhado e chefe, foi um grande apoio. Quando soube que
CAPÍTULO 4 Louise Gomez (No dia seguinte) — Bom... eu preciso ir — Digo ao me despedir. — O motorista vai te levar até o aeroporto. Já conversei com a equipe, e lá você terá o seu próprio motorista e funcionários para cuidarem da casa. Um deles irá te buscar no aeroporto de Boston — explica Ricardo. — Tia, você vai voltar? — pergunta Melissa, com seus olhinhos curiosos. — Claro, querida. A tia vai trabalhar lá, mas os passeios ainda serão aqui. Logo eu venho visitar vocês, ou então, seus pais te levam para lá. O que você acha? Ela bate as mãozinhas, feliz. — Eu quero viajar, mamãe! — Claro, lindinha. Logo iremos visitar a tia Lou — May responde com um sorriso. . Conforme o Ricardo havia dito, o motorista veio me buscar; nem precisei esperar muito no aeroporto. Enquanto observava as pessoas e o tráfego, avistei um carro preto, com a placa que o Ricardo havia me enviado. Era um carrão. O motorista desceu para abrir a porta, e parecia já saber quem
CAPÍTULO 5 Wesley Taylor A melhor parte foi ver aquela gostosa a muito pouco de acabar com a raça da Gilmara. Tive que me segurar para não rir, pois como CEO, preciso dar o exemplo, mas eu até gostaria de ver aquela briga. Vi que ela soltou os cabelos da minha secretária, e foi difícil não rir da cara dela de medo ou receio de apanhar. Foi aí que tomei o maior susto da minha vida... se tivessem me contado, eu não acreditaria! Como pode uma mulher ficar tão atraente com o passar do tempo? Era ela ali na minha frente. Mais de quatro anos depois, e muito mais bonita do que antes! Parece uma mulher muito mais segura de si, e muito bem produzida. Com roupas de grife, e acessórios delicados. Com uma maquiagem leve, mas muito bem feita, dá para ver que não é mais aquela garota simples e extrovertida que conheci numa cidade pequena em meio a verdes plantações, e que me ajudou a andar a cavalo. — Puta que pariu! — Deixei escapar. — Como, senhor? — Perguntou a Gilmar
CAPITULO 6 Louise Gomez Eu parei na sua frente com uma excelente postura, e o encarei com os meus belos olhos azuis matadores, bem firme. Quero que ele veja bem, o mulherão que perdeu, e que nunca mais terá. Pois, se tem uma coisa que eu sou, é vingativa. E ele seria o último homem para qual eu olharia. Parada na sua frente, não posso negar que me deu uma balançada, mas dois toques e eu voltei a si, foi apenas coisa de momento, e o fato de não vê-lo a tantos anos, deve ter me confundido. Foi um pouco estranho, pois se eu não soubesse tudo o que ele me fez no passado, poderia jurar que o jeito que ele me olhava, era de quem ainda gostava de mim. Talvez eu tenha mudado um pouco, e ele tenha estranhado as mudanças, mas não me importo nem um pouco com o que ele acha, ou não. Provavelmente foi só o lado cafajeste dele se manifestando, mas eu não caio mais nessa, não. Tenho muitos planos, e o Wesley não está presente em nenhum deles. Gostei dele colocar a cobrinha silicon
CAPITULO 7 Wesley Taylor Douglas continuava tentando consertar a situação: — Cara... agora fiquei com pena de você! Ela é outro nível de mulher, e duvido que vá conseguir manter o seu amigo dentro das calças. Até considero a Gilmara feia perto dela... — Tá, pode parar! Aqui não tem nenhum coitadinho, não! Eu já estou melhor. Só preciso estabelecer as mesmas regras de segurança que estabeleço com as demais, e estará tudo certo. Desta vez, essa mulher vai ficar chupando dedo se veio com a intenção de me atrair. Estou muito bem do jeito que estou, e ela não vai me fazer mudar nada — passei a mão no rosto. — Olha, achei ela muita areia para o seu caminhãozinho. Não sei não, quem é que vai ficar chupando dedo nessa história. Desculpa, aí cara! Mas ela é top demais, quando o resto da empresa conhecer, vai ter muita concorrência, e terá que trabalhar muito, para chegar aos pés dela — o maldito riu da minha cara. — Eu não vou falar mais nada, vou ficar na minha. E tem mais,