Sexta chegou e eu estava uma pilha de nervos. Por mais que eu tentasse não pensar somente nisso, não adiantava. Limpei a casa, tomei um banho, e a partir das 17:30hs, eu não parava mais quieta.
Expulsei Sofia de casa por motivos óbvios. Ela então, aproveitou para ir assistir um filme com Natasha. As 18:00 horas em ponto o interfone tocou. Meu coração quase pulou da boca e saiu voando pela janela.
Quando atendi, era ele. Toda a coragem que eu estava para ter aquela conversa desapareceu naquele momento. Pensei em desistir, pedi para ele ir embora, mas a cena dele chorando enquanto eu fechava o portão, fez com que a coragem voltasse. Então peguei a chave e fui.
Assim que abri o portão quase tive um piripaque. Ian estava abatido, parecia que não dormia bem há várias noites, mas não estava chorando e nem com expressão de mágoa. Quando me viu, seus ol
Pedi para que Caio viesse em casa no sábado, e como no dia anterior, coloquei Sofia pra fora. Ela aproveitou e saiu para comer com Íris e Miriam.Como esperado, ele chegou no horário marcado. Assim que entrou, não conseguiu esconder a felicidade que estava ao receber o convite:— Eu estou muito feliz por ter me convidado, Elisa. Eu já não sabia mais o que fazer para...Antes que ele terminasse de falar e minha coragem fosse embora, o beijei. Caio ficou surpreso com minha atitude, já que não esperava. Ele rapidamente se recuperou do susto e retribuiu o beijo com mais vontade do que eu pensei.Me segurou com força e percorreu todo o espaço disponível que tinha na minha boca. Esperei mais alguns instantes e quando vi que algo estava acordando entre mim e ele, afastei da mesma forma que me aproximei, sem avisar.Caio estava surpreso, com desejo, e excitado. Já eu.
Acordo as 4:00 da manhã morrendo de sede. Estou nua, enroscada no corpo de Ian que também está nu. Demoro alguns minutos saboreando aquele momento. Depois, com cuidado, levanto da cama, pego a blusa que ele estava usando e visto. Vou para a cozinha e enquanto bebo água lembro da história da caixinha mágica.Há anos atrás eu decidi que não ia namorar homens super dotados porque a minha “caixinha mágica” era pequena e não tinha como suportar. Achei isso porque, quando tive meu primeiro namorado, e a gente foi transar pela primeira vez, doeu e com o passar do tempo, não mudou, mesmo ele tendo um “brinquedo” do tamanho normal.Isso fez com que eu ficasse com medo de namorar alguém que fosse super dotado. Quando eu contei isso para Natasha, ela disse: “com o cara certo, você vai saber que sua caixinha mágica tem muito poder.” Agora, eu
— A atividade será corrigida na próxima aula, por favor, respondam!— Sim professora!Meu celular vibrou no momento em que a aula terminou. Quando olhei, era uma mensagem de Sofia, confirmando que daquela vez, seria no Bar do Zé às 20:00 horas. Como resposta, enviei uma figurinha de um cachorro sorridente, e ela, respondeu com uma das maravilhosas figurinhas dela própria.Juntei todo o material escolar espalhado pela mesa e guardei. Saí logo em seguida, levando para casa somente os textos que os alunos me entregaram na aula. Enquanto eu ainda estava indo para o carro, Natasha mandou mensagem, perguntando “qual seria a da vez”. Pensei um pouco e, optei pela Skol Beats, tendo como resposta, apenas um emoji sorrindo.Ao chegar em casa, a primeira coisa que vi foi Sofia, com uma touca térmica nos cabelos, fazendo hidratação. Ela estava toda animada, escolhendo o look que us
Acordei as 7:00hs da manhã, tomei meu sagrado corpo de 300ml de água em jejum, vesti roupas de malha, calcei o tênis de corrida e, enviei mensagem para Miriam, perguntando se já estava pronta. Como sempre, ela estava apenas esperando o meu sinal para sairmos de casa, e nos encontrarmos no lugar de sempre. Durante o caminho até nosso ponto de encontro, coloquei o fone de ouvindo e a playlist de corrida começou a tocar. Quando cheguei no lugar marcado, ela estava me esperando.— Bom dia, mulher! Pronta para outra? —Perguntei.— Claro! E Sofia? Perguntou ela curiosa.— Chegou em casa, tomou um analgésico, colocou uma camisola, e foi para cama. Antes de sair de casa, fui no quarto dela. Só consegui enxergar um monte de cabelos no travesseiro e, ouvir a respiração pesada de quem só vai acordar depois das 9:00hs. — Respondi, balançando a cabeça em si
A semana tinha passado rápido. As meninas ao saber do meu encontro com Ian se dividiram em dois grupos: Íris e Natasha achavam que ele só estava querendo me impressionar, já Sofia e Miriam que ele estava começando a gostar de mim. Resolvi deixar esse assunto para lá. Durante a semana, Ian quase não falou comigo, nada além de um bom dia e boa noite todos os dias. No primeiro encontro, ele tinha levado a melhor, afinal, eu não pude rebater o que disse no momento, e só depois que eu formulei algo para dizer, do tipo: “não se tem como saber quem é a pessoa certa”, “há quem diz que enquanto não se encontra a pessoa certa, se diverte com a errada”.Sexta à noite, quando eu já estava terminando de preparar uma aula, meu celular tocou. Quando fui ver, era ele me ligando. Decidi não atender. Depois de alguns minutos, enviei a seguinte
A semana começou bem, Ian não havia falado nada demais nos dois primeiros dias. Quarta feira, estava eu terminando a minha última aula antes do almoço quando Dona Sônia, a inspetora escolar, entrou na sala e me informou que tinha uma pessoa me esperando. Perguntei quem era e ela disse que se chamava Ian. Minha expressão serena desapareceu na hora e sem perceber questionei:— O que ele está fazendo aqui?Dona Sônia apenas sorriu e antes de sair comentou sussurrando:— Não sei, mas que homem bonito viu! Ai se seu tivesse meus 30 anos de novo.— Tudo bem professora? — Questionou Rafaela, uma aluna que estava sentada na frente.—Tudo bem sim. — Respondi dando um sorriso amarelo. Terminei a explicação assim que o sinal tocou.Eu estava juntando os materiais da mesa quando comecei a ouvir murmurinhos entre os alunos. Eu não precise
Como ele havia dito, sexta feira me ligou rapidamente, só disse que era para encontrarmos na sorveteria, que tinha próximo à avenida Principal. Marcamos para às 17:00hs, no sábado. Só em ouvir a voz dele, meu coração acelerou. Pensar que eu ia encontrá-lo no dia seguinte, fez minha ansiedade subir uns 200%.Desde o dia que ele veio em casa, e disse que estava interessado em mim e não na aposta, a decisão de dar uma chance para nós dois se tornava possível. Então, naquele encontro eu iria deixar as coisas fluírem naturalmente, eu já estava ferrada mesmo. Como dizem por aí: “pra quem já está molhado, um pingo é besteira.”Tirei a manhã de sábado para cuidar da pele e dos cabelos. Na hora de me arrumar, usei um esfumado em tons rosados nos olhos, fiz um delineado gatinho, e nos lábios, um batom nude ro
Decidi guardar o que havia acontecido somente para mim. Eu já imaginava o que minhas amigas iam dizer: Íris, xingaria até a sétima geração de Ian e Letícia; Natasha, diria que fui tonta e que eu devia ter marcado território; Sofia, ficaria indignada e Miriam, diria apenas: — que tenso amiga!Eu não estava emocionalmente preparada para lidar com aquela situação. Sempre fui a tapa-buraco de relacionamentos fracassados, a pessoa que curava corações quebrados e eu já estava cansada disso. Me arrependi de ter tido esperanças de que pudéssemos ficar juntos. Era óbvio que Ian estava procurando alguém para esquecer a ex. Então decidi naquele momento, me afastar de vez.Sequei as lágrimas. Eu nunca tinha chorado por ninguém antes, o que confirmava que eu realmente estava lascada. A saída era focar no trabal