Carioca
Ver aquela morena rebolando, mesmo que discretamente ao som do funk, me instigou. O corpo dela é uma delícia e ela parece ser diferente dessas minas daqui, eu pegaria ela agora mesmo se desse...
Às vezes nosso olhar se encontrava, a Susana não parava de se esfregar em mim e falar umas safadezas no meu ouvido, até que resolvi dar o que ela queria, eu também queria, não exatamente com ela, mas era o que tava mais fácil no momento.
Levei ela pra um corredor escuro embaixo do camarote, onde ninguém se atreveria entrar já que eu estava ali, dei a ela o que ela gosta e voltei pro camarote, ela ficou com umas amigas na parte de baixo dançando, melhor assim.
A morena continuava lá com os amigos até que o LC chega na ruiva e fica conversando, o amigo delas mexe no celular e sai do camarote. As duas conversam ao pé do ouvido enquanto dançam, num determinado momento a morena me olha discretamente e eu encaro ela enquanto fumo meu cigarro encostado na parede, bebendo mais um whisky.
O LC chega e diz que tá indo nessa e faz o toque comigo, já percebi que vai dar um trato na ruiva, parece um viadinh* atrás dela.
Japah sumiu com a mina que ele insiste em dizer que não é a mina dele, vai vendo...
Fernanda
O Andrey foi encontrar o boy que ele ia pegar, a Rebeca tá doidinha pra ficar com o LC que eu já percebi, a Dani avisou que vai passar a noite com o tal irmão do dono, então falei pra ela que eu ia embora. Dei a desculpa de que estava cansada, mas na verdade eu não queria ficar empatando os casais.
Ela foi com o cara porque o LC estava de carro e ia me dar uma carona, então Rebeca e ele me levaram até em casa.
Desci do carro me despedindo e pensando que eles fazem um belo casal, ele é um cara tão bonito e parece ser gente boa, uma pena estar metido numa vida dessas.
Fui indo em direção a porta e quando abri minha bolsa, me dei conta de que a chave estava com a Dani. Liguei pra ela, celular na caixa postal, o da Rebeca também, o que eu vou fazer agora?
Penso um pouco e não tem o que fazer, o baile é perto aqui de casa, vou voltar lá e ver se algum daqueles caras que estavam no camarote, consegue falar com o LC ou com o tal Japah e dar o recado para a Dani, é o único jeito.
Chegando lá, não vejo nenhum dos homens de antes, drog*! Vou ter que voltar e ficar do lado de fora até a Dani voltar, que situação.
Estou subindo novamente para casa, quando percebo uma moto me seguindo, foi aí que gelei e comecei a rezar mentalmente todas as rezas que eu conhecia e quando a moto parou ao meu lado direito, olho e vejo que é o cara dos cordões de ouro do baile e de perto ele é ainda mais lindo e intimidador.
— Onde a morena tá com a cabeça de andar sozinha a uma hora dessas?
Realmente a pergunta dele fazia muito sentido, onde eu estava com a cabeça em andar de madrugada sozinha, numa favela? Mas tentei não demonstrar que ele tinha razão.
— Não tem perigo não, o dono daqui não tolera violência com morador, pelo menos é o que dizem.
Acho que nem eu acreditava que estava falando isso.
— Isso é verdade, com quem anda na linha ele não permite mesmo, mas não dá pra facilitar, sobe aí que te dou uma carona! — olhei pra ele assustada e nesse momento, chega uma mensagem da Dani.
“Amiga, esqueci de te avisar, a chave está no vaso de flor ao lado do tapete, beijo gata!”
Senhor, muito obrigada! Agradeci aos céus e respondi a mensagem:
“Obrigada sua doida! Aproveita a noite, beijo!”
Enquanto isso, ele está me encarando e faz um sinal com a cabeça como quem diz para eu subir logo na moto e acho que meu juízo deve ter ficado lá no baile, porque eu aceitei e subi, meio desajeitada afinal eu nunca tinha andado de moto, estava de saia e levemente embriagada.
Estranhamente ele não perguntou onde eu morava e logo chegamos lá, mas não questionei isso, afinal esse caras que trabalham no morro, precisam saber onde mora todo mundo, pelo menos eu acho.
Desci da moto com calma, rezando para não cair, só me faltava isso né?
Agradeci pela carona e ele apenas assentiu com a cabeça, fui pra porta e procurei a chave no tal vaso de flor, ele devia estar ali ainda, pois não escutei o barulho da moto saindo.
Encontro a chave, abro a porta, entro e quando viro para fechar, ele estava na minha frente e antes de qualquer reação minha, ele empurra a porta, fecha, me prensa nela e me agarra ali mesmo. E me beija, com fúria, com intensidade, com desejo.
Uma mão na minha cintura e outra na lateral da minha cabeça e cada vez beija mais.
Começa a deslizar a mão e subir novamente por várias partes do meu corpo.
Quantas mãos ele tem? Que habilidade é essa? Que beijo é esse? Senhor onde estou com a cabeça que não consigo dizer não, aliás eu quero mais, muito mais.
Não sei quanto tempo se passou ali, estou inebriada nesse momento, ele vai descendo a mão nas minhas coxas enquanto beija meu pescoço e como estou de saia, fica muito fácil pra ele que toca na minha intimidade por cima da calcinha e vai tentando afastá-la, enquanto me beija de novo.
Eu sinto seu volume sobre a roupa e isso me dá mais vontade ainda, nesse momento eu já estou fora de mim.
Ele sobe uma das mãos até meus seios por dentro da blusa e a outra mão afasta minha calcinha pro lado e ele começa a me tocar, eu não resisto e solto um gemido baixinho e ele também. Quando o movimento de seus dedos começam a ficar intensos, o rádio dele toca, ele não atende mas o rádio segue tocando insistentemente, eu me solto dele e falo para atender.
Ele atende visivelmente furioso, enquanto isso vou até a cozinha tomar água para recobrar o fôlego e quando volto, ele fala:
— Morena, tenho um B.O pra resolver, mas nosso assunto não termina aqui! — fala e me dá um beijo maravilhoso, ajeita a arma na cintura e sai.
Escuto o barulho da moto saindo acelerada e eu agradeço aos céus por aquele rádio ter tocado.
Onde eu estava com a cabeça que quase transe* com um estranho... E bandid*?
Eu nunca fui assim, sou quase zero em experiência sexu*l, só tive um homem até hoje que foi meu ex namorado e foram poucas vezes, pois logo após minha primeira vez, terminamos.
Tomei um banho e fui dormir pensando em tudo que acabou de acontecer.
CariocaQuando vi a morena saindo do baile com o LC e a ruiva, instintivamente fui atrás sem que eles percebessem.Por que fui atrás? Não sei, só fui...Os três entraram no carro e foram, fiquei sentado na minha moto fumando e mexendo no celular, pensei em mandar mensagem pra Susana que ainda tá no baile, mas a Vanessa também tava , já peguei ela algumas vezes e hoje ela me mandou mensagem no começo da noite, agora vai ser a vez dela.Antes de chamar, vejo a morena voltando pro baile sozinha, entrou e saiu logo novamente e foi subindo o morro.Sem pensar muito fui atrás, conversamos poucas palavras e percebi que ela ficou com medo mas subiu na moto e a deixei em casa.Pouco antes, eu tinha mandando mensagem pro Japah perguntando onde era a casa da mina dele, amiga da morena, com certeza ele entendeu porque eu queria saber.Durante o trajeto ela segurou na minha cintura e eu acelerei, quando parei em frente a casa dela, ela desceu com calma e eu pude sentir como ela é cheirosa.Fiquei c
FernandaPara irmos embora precisávamos passar próximo de onde eles estavam e então passamos em silêncio, meus amigos são debochados mas têm um pouco de noção. Ele, o Carioca me encarou e eu encarei de volta, mas logo baixei a cabeça, certamente estou vermelha de vergonha. Fomos na praça tomar sorvete e o assunto era um só: a minha ficada com o chefe, meu amigos estavam doidos com isso. No dia seguinte, o expediente foi puxado na loja, mas havíamos combinado de irmos no pagodinho que teria no Bar do Luizinho que é um bar estilo pub, muito bacana na metade do morro, quem não conhece aqui, nem imagina que tem um bar tão bacana como esse. Carioca Essa semana tá fluindo bem, o faturamento do baile foi excelente e a lista de noiados devedores tá pequena, não precisei mandar ninguém pra vala por esses dias. A Jéssica não para de mandar mensagem, não respondo nenhuma, ela sabe que tá de castigo, quando eu tiver afim, chamo ela, até porque mulher não falta, todo dia aparece uma lá na boca
Fernanda— Embora você já saiba, prazer, eu me chamo Fernanda! — respondi cruzando os braços e falando olho no olho, sendo um pouco irônica enquanto ele seguia com a mão na minha cintura, havia um magnetismo entre nós.— Felipe! — ele respondeu apenas isso.— Carioca, apenas o dono do morro né? — perguntei com ar irônico.— É, isso aí mesmo! — ele falou e eu ri sem achar graça da resposta dele.— Faz diferença? — ele perguntou e eu não respondi nada, ele riu fraco e se afastou ficando de costas.E como ele fica ainda mais lindo quando sorri, balancei a cabeça em sinal positivo com um sorriso melancólico no canto da boca e permaneci escorada no carro, na realidade, acho que não eu acreditava que havia ficado com um bandid*, ainda mais o dono do morro.Voltamos a nos olhar, em silêncio por um tempo até que ele se aproxima e agarra minha cintura novamente.— Faz diferença? — repetiu a pergunta.— Talvez! — respondi encarando ele.E então ele beija minha boca, um beijo com fúria, com dese
CariocaQuando chegamos, preparei uma bebida mas ela não quis tomar nada, tava calada, tímida, travadona mesmo. Isso é novo pra mim, as mulheres sempre caem pra cima quando saio com, elas mas a Fernanda não fez isso, será que ela é virgem?Se for, tenho que ir na malemolência ou será que ela não tá afim e eu aqui que nem um palhaço cheio de tesã* por ela?!Tive que perguntar...Mas não, ela disse que não é e falou que só teve uma pessoa, então vou dar o meu melhor para fazer valer a pena, deixar ela doidinha porque o pai aqui, sabe enlouquecer uma mulher na cama.Beijei, lambi, chup*i ela todinha, fizemos várias posições, mas de quatro foi a melhor de todas. Ela é linda, tem um corpo incrível, aquele cabelo preto longo até a cintura, enrolei ele na minha mão e metia com força, ela ficava maluquinha.Eu queria ela sentando pra mim desde a noite do baile e hoje ela sentou... Sentou muito, ela é gostosa pra caralh* e pra quem não tinha muita experiência, ela é bem resistente, não cansa,
Fernanda Assim que recobramos o fôlego falei: — Por que você faz isso? — disse a ele ainda entorpecida pelo momento. — Fazer o que? Te dar prazer? — ele respondeu me olhando com a cara mais safada do mundo e com uma certeza de que realmente tinha me dado prazer. — Seu convencido! — falei baixando a guarda e sorrindo para ele que também sorria. Começamos a conversar, falamos de mim, da minha vida, do meu trabalho. Dele falamos pouco, percebi que ele é muito fechado e sorri pouco, mas quando sorri, é o sorriso mais perfeito do mundo e ele fica ainda mais lindo. Depois de algumas horas conversando e mais uma trans* deliciosa, ele me levou pra casa pois falei que precisava dormir para acordar cedo amanhã, me deu mais um beijo intenso e foi embora. Quando entrei, a Dani estava na sala e me olhou com uma cara de quem quer dizer: “Tava dando né safada?” — Não precisa nem falar nada, tá estampado na sua cara. — rimos juntas sem eu ter dito nada. Tomei um banho, jantei, pois voltei com
Japah Deixo tudo no esquema pro baile: luzes a parte de som camarotes, MCs, cachê, bebidas, abastecimento de drog*, tudo no esquema. Só a parte da segurança que fica na responsa do LC, não quero nada errado pro Carioca não vir me torrar a paciência, afinal, noite de baile, o faturamento tem que ser bom, pois o investimento é alto. Eu sei o peso que meu mano carrega comandando essa comunidade e a VK que é nossa também, é muito grande, a morte do nosso pai foi muito triste pra nós e tudo caiu em cima do Carioca de uma hora pra outra, já que ele é o filho mais velho e precisou assumir tudo na marra. Mas agora o morro tá uma uva, dinheiro entrando aos montes, não houve invasão, todo dia ele come uma mina diferente, muitas vezes mais de uma por dia e mesmo assim tá de um jeito que ninguém aguenta. Ele sempre foi terrível mas agora tá 10 vezes pior, sem falar que além da bebida, baseado e skunk, ele tá cheirando direto, não sei o que tá acontecendo. Carioca Os dias estão passando a milhã
FernandaNós quatro dançávamos ao som do funk, tô ficando boa nos passinhos, LC veio e falou algo no ouvido da Rebeca que sorriu discretamente e concordou com a cabeça, acho que tá rolando um lance mais sério entre eles agora. Mesmo sem querer, meu subconsciente me fazia olhar o tempo todo em direção ao camarote.O MC subiu ao palco e o baile ficou ainda melhor, eu já estava sob o efeito da bebida até que num determinado momento, um carinha chegou em mim, perguntou o meu nome, começou a dançar comigo e falar no meu ouvido que sou linda, confesso que aquilo fez bem para o meu ego. Ele era muito gato, tinha um bom papo e dançava bem, estávamos dançando no mesmo ritmo e pouco depois, ele me vira e beija minha boca, um beijo delicioso, mas rapidamente sou jogada para longe, era o Felipe me empurrando e apontando a arma na testa do carinha. Eu gelei, comecei a tremer e chorar dizendo pra ele parar com isso.LC chega e vai nos tirando do local, segurando um fuzil com a mão direita no alto e
FernandaNo domingo a Dani iria trabalhar, mas antes dela ir, conversamos um pouco e contei a ela o que tinha acontecido quando o Felipe me buscou aqui.— Toma cuidado amiga! Esse cara é cruel, você não faz ideia do quanto, ele já fez tantas barbáries aqui no morro, acho que em baile é bom você não ir, pelo menos por enquanto.— Dani alertou e eu apenas concordei com ela, pois sabia que eu não estava indo por bom caminho e ela como moradora da Penha e tendo esse lance com o Japah, deveria conhecer muito bem como o Felipe é.Com o Andrey e a Rebeca, conversei pelas redes sociais. Rebeca falou que o LC acabou de ligar dizendo que ele, o Felipe e vários soldados estão indo para outro complexo neste momento pois está tendo uma invasão de facção rival e eles estão indo ajudar o dono de lá, pois são aliados. Até eles voltarem o Japah ficaria no comando aqui, Rebeca está muito nervosa porque o LC está indo e eu também fiquei preocupada com o Felipe, sem pensar muito liguei para ele mas o celu