Carioca
Quando vi a morena saindo do baile com o LC e a ruiva, instintivamente fui atrás sem que eles percebessem.Por que fui atrás? Não sei, só fui...Os três entraram no carro e foram, fiquei sentado na minha moto fumando e mexendo no celular, pensei em mandar mensagem pra Susana que ainda tá no baile, mas a Vanessa também tava , já peguei ela algumas vezes e hoje ela me mandou mensagem no começo da noite, agora vai ser a vez dela.Antes de chamar, vejo a morena voltando pro baile sozinha, entrou e saiu logo novamente e foi subindo o morro.Sem pensar muito fui atrás, conversamos poucas palavras e percebi que ela ficou com medo mas subiu na moto e a deixei em casa.Pouco antes, eu tinha mandando mensagem pro Japah perguntando onde era a casa da mina dele, amiga da morena, com certeza ele entendeu porque eu queria saber.Durante o trajeto ela segurou na minha cintura e eu acelerei, quando parei em frente a casa dela, ela desceu com calma e eu pude sentir como ela é cheirosa.Fiquei cuidando até ela abrir a porta, não aguentei, eu precisava provar aquela boca.Desci da moto sem que ela percebesse e quando foi fechar a porta, eu entrei e sem dizer nada, agarrei ela, que não teve nem tento de relutar e correspondeu ao beijo.Conforme foi ficando intenso, eu fui ganhando o terreno, comecei a tocar ela, um dedo, depois dois e fui aumentando o movimento com a outra mão nos seios dela, que já estavam durinhos de tesã*. Ela é cheirosa e o corpo é uma delícia, ia ser ali na porta e em pé mesmo.Quando eu tava quase colocando nela, meu rádio começa a tocar sem parar.Porr* eu vou matar quem tá me ligando? Só podem estar de sacanagem.Ela se soltou e eu atendi, era um dos seguranças do baile avisando que a Jéssica tava lá tocando o terror com a Susana.Ela só pode tá maluca, cheirada ou tá querendo morrer mesmo.Coloquei minha Glock na cintura e a morena me olhava enquanto segurava um copo com água, só falei que tinha que ir, mas avisei que no nosso assunto não terminava aqui, ela entendeu o recado mas não respondeu nada.Beijei aquela boca gostosa dela e saí.Quando cheguei no baile, a Susana tava toda descabelada, com parte da roupa rasgada e a Jéssica sendo contida pelos soldados.— Tá maluca, porr*? Eu falei que tu podia vir aqui? Perdeu a pouca noção que tu tem? Falei pra Jéssica, com raiva.Ela foi tentar se justificar, mas já meti a mão na cara dela.— Eu disse que você podia falar? — Ela se calou.Falei pro Vitinho contar como tudo tinha acontecido e ele explicou que a Susana tava na disciplina dançando com as amigas quando a Jéssica chegou na agressão.Mandei a Susana pra casa, mas disse pra ela ficar esperta, ela sabe o que significa, assentiu com a cabeça e foi embora.Peguei a Jéssica pelos cabelos e arrastei até o corredor abaixo do camarote, onde horas antes eu transe* com a Susana. Dei vários t***s e chutes, muitos mesmo, será que ela nunca aprende?Dei um esculacho legal e falei que ela tá proibida de subir no morro até eu falar que podia voltar e se desobedecer, ela sabe que é pior.Fui pra casa, tomei um banho, fumei meu baseado pra relaxar a mente na sacada do meu quarto, enquanto olho a vista. Minha casa é bem no alto do morro, então tenho uma visão privilegiada.Deitei e fiquei pensando na morena, lembrando dela toda molinha na minha mão, até que peguei no sono.FernandaDani e eu acordamos quando já passava do meio dia, ela chegou em casa quando o dia estava amanhecendo.Preparamos um almoço rápido, acordamos cheias de fome e enquanto almoçamos, contei a ela sobre o carinha que fiquei, omitindo pouquíssimos detalhes.— Como assim você nem sabe o nome dele? Você hein, que é toda comportada, ou era né? — falou me zoando, ela estava tão chocada quanto eu com o que aconteceu.— Ai amiga eu acho que ele nem é daqui do morro, dever ser de outro lugar e foi só uns amassos. — falei.— Sua safada! — Mas pode ser que ele seja de outro complexo, nos bailes sempre vem pessoal de morros aliados ou ele pode ser da pista, amiga. — ela falou enquanto tomava um gole de suco.Pensei que da pista ele não é, pois estava no camarote com os traficantes, carregava uma arma e um rádio. Mas esses detalhes não contei.A tarde fluiu bem, Andrey e Rebeca vieram pra cá, pela carinha feliz deles a noite foi boa, Rebeca com LC e Andrey com o seu boy misterioso, ele sempre pega alguém mas nunca fala quem é.Contei a eles como minha noite acabou, Rebeca tadinha pediu desculpas por estar com o celular desligado.— E você acha que ela achou ruim, Rebequinha? Ela adorou a sarrada com o envolvido, essa safada. Por que tá na cara que é um, aliás, vocês três “envolvidas com os envolvidos”! — Andrey falou e nós rimos com o trocadilho, jogando nele, pipoca que estávamos comendo enquanto assistíamos uma série.Os três estavam muito curiosos pra saber quem era o tal cara que eu fiquei, acho que estavam até mais curiosos do que eu, embora eu também estivesse doida pra saber quem era. Dani e Rebeca ficaram de tentar descobrir algo com Japah e LC.O domingo acabou e a semana toda correu tranquila, eu já estava bem adaptada a minha nova rotina, estava vendendo bem na loja e isso é bom, pois recebo comissão.Não houveram novidades e nada descobrimos do “meu envolvido”, como o Andrey se refere, então praticamente acabei esquecendo esse assunto.Chegou a sexta-feira e hoje fui até o açaí esperar meus amigos saírem do trabalho, estava um calor danado e nós íamos tomar sorvete na pracinha quando o expediente deles terminasse.No começo da noite, eu estava sentada numa cadeira daquelas altas que ficam nos balcões, próximo ao caixa e sempre que dava, a Dani e eu falávamos algo uma com a outra.No outro lado da rua, havia um grupo de homens armados conversando, coisa de uns cinco ou seis ao redor de um deles que estava escorado numa moto enorme.A Dani estava fazendo o fechamento do caixa quando de repente, eu olho para o grupo de homens e um deles sai do local e no meu campo de visão, estava ele, o carinha que eu fiquei na noite do baile.Lindo, forte, posturado, de roupa preta, boné enterrado na cara, estava fumando e conversando com os caras.— Amiga, é ele! — sussurrei para a Dani.— Oi, Fê? Não entendi! — ela para de fazer os cálculos que fazia e me responde sem entender.— Ele amiga, o carinha que eu fiquei na noite do baile! — Falei em um tom um pouco mais alto, mas suficiente para que somente ela ouvisse.— Onde? Qual deles? — ela perguntou.— Ali naquele grupinho, o cara de preto escorado na moto. — fiz um sinal com a cabeça para onde eles estavam.— Como assim? PARA TUDO! — ela falou num tom de euforia quase gritando e chamando a Rebeca e o Andrey que já estavam vindo para irmos embora.Dani fez um sinal para os homens e disse:— Gente, olha lá o tal boy que a Fê pegou na noite do baile, o carinha ali da moto! — ela falou e eu senti uma certa ironia nela ao mostrar quem era ele e os dois ficaram empolgadíssimos e eu não estava entendendo nada.— Vocês vão me contar o que tá acontecendo aqui ou tá difícil? — falei olhando pra eles.— Amiga, tu não é fraca não, hein? —Rebeca falou me dando um tapinha no braço.— Minha gostosa! Você pegou nada mais nada menos do que o chefe, o dono da porr* toda! — Andrey diz e eu fiquei olhando sem entender.— É isso mesmo amiga, o Carioca, é irmão do Japah! Ah mas o Eduardo me paga se ele sabia disso e não me contou nada. — o final da frase a Dani falou meio que para ela mesmo e eu estava em uma espécie de choque, quando olhei novamente para ele, percebi que ele também me olhava.FernandaPara irmos embora precisávamos passar próximo de onde eles estavam e então passamos em silêncio, meus amigos são debochados mas têm um pouco de noção. Ele, o Carioca me encarou e eu encarei de volta, mas logo baixei a cabeça, certamente estou vermelha de vergonha. Fomos na praça tomar sorvete e o assunto era um só: a minha ficada com o chefe, meu amigos estavam doidos com isso. No dia seguinte, o expediente foi puxado na loja, mas havíamos combinado de irmos no pagodinho que teria no Bar do Luizinho que é um bar estilo pub, muito bacana na metade do morro, quem não conhece aqui, nem imagina que tem um bar tão bacana como esse. Carioca Essa semana tá fluindo bem, o faturamento do baile foi excelente e a lista de noiados devedores tá pequena, não precisei mandar ninguém pra vala por esses dias. A Jéssica não para de mandar mensagem, não respondo nenhuma, ela sabe que tá de castigo, quando eu tiver afim, chamo ela, até porque mulher não falta, todo dia aparece uma lá na boca
Fernanda— Embora você já saiba, prazer, eu me chamo Fernanda! — respondi cruzando os braços e falando olho no olho, sendo um pouco irônica enquanto ele seguia com a mão na minha cintura, havia um magnetismo entre nós.— Felipe! — ele respondeu apenas isso.— Carioca, apenas o dono do morro né? — perguntei com ar irônico.— É, isso aí mesmo! — ele falou e eu ri sem achar graça da resposta dele.— Faz diferença? — ele perguntou e eu não respondi nada, ele riu fraco e se afastou ficando de costas.E como ele fica ainda mais lindo quando sorri, balancei a cabeça em sinal positivo com um sorriso melancólico no canto da boca e permaneci escorada no carro, na realidade, acho que não eu acreditava que havia ficado com um bandid*, ainda mais o dono do morro.Voltamos a nos olhar, em silêncio por um tempo até que ele se aproxima e agarra minha cintura novamente.— Faz diferença? — repetiu a pergunta.— Talvez! — respondi encarando ele.E então ele beija minha boca, um beijo com fúria, com dese
CariocaQuando chegamos, preparei uma bebida mas ela não quis tomar nada, tava calada, tímida, travadona mesmo. Isso é novo pra mim, as mulheres sempre caem pra cima quando saio com, elas mas a Fernanda não fez isso, será que ela é virgem?Se for, tenho que ir na malemolência ou será que ela não tá afim e eu aqui que nem um palhaço cheio de tesã* por ela?!Tive que perguntar...Mas não, ela disse que não é e falou que só teve uma pessoa, então vou dar o meu melhor para fazer valer a pena, deixar ela doidinha porque o pai aqui, sabe enlouquecer uma mulher na cama.Beijei, lambi, chup*i ela todinha, fizemos várias posições, mas de quatro foi a melhor de todas. Ela é linda, tem um corpo incrível, aquele cabelo preto longo até a cintura, enrolei ele na minha mão e metia com força, ela ficava maluquinha.Eu queria ela sentando pra mim desde a noite do baile e hoje ela sentou... Sentou muito, ela é gostosa pra caralh* e pra quem não tinha muita experiência, ela é bem resistente, não cansa,
Fernanda Assim que recobramos o fôlego falei: — Por que você faz isso? — disse a ele ainda entorpecida pelo momento. — Fazer o que? Te dar prazer? — ele respondeu me olhando com a cara mais safada do mundo e com uma certeza de que realmente tinha me dado prazer. — Seu convencido! — falei baixando a guarda e sorrindo para ele que também sorria. Começamos a conversar, falamos de mim, da minha vida, do meu trabalho. Dele falamos pouco, percebi que ele é muito fechado e sorri pouco, mas quando sorri, é o sorriso mais perfeito do mundo e ele fica ainda mais lindo. Depois de algumas horas conversando e mais uma trans* deliciosa, ele me levou pra casa pois falei que precisava dormir para acordar cedo amanhã, me deu mais um beijo intenso e foi embora. Quando entrei, a Dani estava na sala e me olhou com uma cara de quem quer dizer: “Tava dando né safada?” — Não precisa nem falar nada, tá estampado na sua cara. — rimos juntas sem eu ter dito nada. Tomei um banho, jantei, pois voltei com
Japah Deixo tudo no esquema pro baile: luzes a parte de som camarotes, MCs, cachê, bebidas, abastecimento de drog*, tudo no esquema. Só a parte da segurança que fica na responsa do LC, não quero nada errado pro Carioca não vir me torrar a paciência, afinal, noite de baile, o faturamento tem que ser bom, pois o investimento é alto. Eu sei o peso que meu mano carrega comandando essa comunidade e a VK que é nossa também, é muito grande, a morte do nosso pai foi muito triste pra nós e tudo caiu em cima do Carioca de uma hora pra outra, já que ele é o filho mais velho e precisou assumir tudo na marra. Mas agora o morro tá uma uva, dinheiro entrando aos montes, não houve invasão, todo dia ele come uma mina diferente, muitas vezes mais de uma por dia e mesmo assim tá de um jeito que ninguém aguenta. Ele sempre foi terrível mas agora tá 10 vezes pior, sem falar que além da bebida, baseado e skunk, ele tá cheirando direto, não sei o que tá acontecendo. Carioca Os dias estão passando a milhã
FernandaNós quatro dançávamos ao som do funk, tô ficando boa nos passinhos, LC veio e falou algo no ouvido da Rebeca que sorriu discretamente e concordou com a cabeça, acho que tá rolando um lance mais sério entre eles agora. Mesmo sem querer, meu subconsciente me fazia olhar o tempo todo em direção ao camarote.O MC subiu ao palco e o baile ficou ainda melhor, eu já estava sob o efeito da bebida até que num determinado momento, um carinha chegou em mim, perguntou o meu nome, começou a dançar comigo e falar no meu ouvido que sou linda, confesso que aquilo fez bem para o meu ego. Ele era muito gato, tinha um bom papo e dançava bem, estávamos dançando no mesmo ritmo e pouco depois, ele me vira e beija minha boca, um beijo delicioso, mas rapidamente sou jogada para longe, era o Felipe me empurrando e apontando a arma na testa do carinha. Eu gelei, comecei a tremer e chorar dizendo pra ele parar com isso.LC chega e vai nos tirando do local, segurando um fuzil com a mão direita no alto e
FernandaNo domingo a Dani iria trabalhar, mas antes dela ir, conversamos um pouco e contei a ela o que tinha acontecido quando o Felipe me buscou aqui.— Toma cuidado amiga! Esse cara é cruel, você não faz ideia do quanto, ele já fez tantas barbáries aqui no morro, acho que em baile é bom você não ir, pelo menos por enquanto.— Dani alertou e eu apenas concordei com ela, pois sabia que eu não estava indo por bom caminho e ela como moradora da Penha e tendo esse lance com o Japah, deveria conhecer muito bem como o Felipe é.Com o Andrey e a Rebeca, conversei pelas redes sociais. Rebeca falou que o LC acabou de ligar dizendo que ele, o Felipe e vários soldados estão indo para outro complexo neste momento pois está tendo uma invasão de facção rival e eles estão indo ajudar o dono de lá, pois são aliados. Até eles voltarem o Japah ficaria no comando aqui, Rebeca está muito nervosa porque o LC está indo e eu também fiquei preocupada com o Felipe, sem pensar muito liguei para ele mas o celu
Carioca Após a noite do baile, não falei mais com a Fernanda. Eu fiquei muito doido naquela noite, nunca senti ciúmes de mulher nenhuma, mas ver ela com aquele carinha, me fez sentir algo que eu nem sei explicar o que foi, mas foi a maior vacilação, não posso ficar me explanando assim por causa de mulher. Um dos meus aliados, o PH, chefe do Complexo do Jacarezinho, estava sofrendo invasão dos inimigos. Então LC e eu, junto com alguns dos meus soldados, colocamos o pé na pista para ir até lá ajudar. PH é fechamento meu, me ajudou muitas vezes e agora era a minha vez de retribuir. Quando chegamos lá, pegamos os alemão de surpresa e isso foi bom porque PH já estava com muita baixa de soldados e se não tivéssemos ido, muito provavelmente ele perderia o comando ou até mesmo morreria. Metemos bala sem dó, mas não foi fácil, ficamos lá mais 2 dias porque estava tudo nos noticiários. Invadir os fardas não invadem quando é disputa de poder entre traficantes rivais, mas a pista fica tomada p