Emanuel encarou a mulher em sua frente com uma expressão de desagrado, totalmente. Suas sobrancelhas foram se fechando com o tempo em que ele tentava inutilmente digerir o que tinha acabado de ouvir. Suas mãos lentamente deixaram as de Nicolly e ele não sabia o que fazer o que pensar o que falar para a garota que caia em prantos. Aquilo só podia ser um castigo; um golpe muito forte da vida, ou praga de todas as pessoas que o condenaram por ainda ficar com Nicolly depois de tudo que ela o fez passar. Nicolly o fitou por alguns minutos, tentando entender, ou até mesmo ler os olhos daquele, mas não pôde não sabia como, suas mãos foram soltas lentamente, e a se ver livre, deu as costas caminhando pelo quarto e parou em frente à penteadeira. Não queria, nunca, decepcionar o homem que amava, mas ela também não podia fazer nada quanto ao problema consigo mesma. Tentou de todas as formas gerar um filho, nunca sequer tomou remédios para não o ter. Tudo que ouvia de Emanuel, ela queri
Nicolly encarou o marido de longe, ele ajudava Luara a terminar de comer, sempre cuidadoso e apaixonado por crianças. Deixou as louças na pia para se juntar aos dois na mesa, Luara contava algo sobre castelos e que queria ser uma princesa, os códigos que vinha aprendendo na internet ou com a professora que sempre passava por ali para lhe ajudar com alguma coisa estavam indo muito bem, tanto para ela, quanto para Emanuel que se empenhava em aprender e praticar com a garota. Luara era de fato uma menina muito charmosa, bonita, risonha, gentil, até mesmo quando queria algo e alguém dizia não. Nessa parte, ela devia ter puxado ao pai, pois batia o pé, cruzava os braços e fazia bico... Riu dela com isso. Ao final de tudo, Emanuel pediu para que ela lavasse as mãos na pia do banheiro do corredor, onde tinha uma pequena pia especial para ela. Quando ele deu atenção a Nicolly, ela sorriu de novo, o encarando fixamente. — Aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo, novament
— Mas eu queria ser a princesa, toda vez você é a princesa aqui nessa casa — Nicolly brigou sentada no chão — Vamos fazer o seguinte, hoje, você é a bruxa, eu sou linda demais para fazer papel de bruxa, entendeu? — Luara a encarou com deboche logo pegando o mando preto amarrado em seu pescoço. — Ah meu Deus, você fica uma bruxinha muito linda. Luara sorriu e começaram a brincar. Uma das coisas que Luara mais gostava era de se fantasiar para brincar, pegava Nicolly Emanuel Emelly, quem estivesse na casa, escolhia uma fantasia para cada um e brincavam como se fossem personagens dos filmes que assistia. Emelly sempre a apoiou nesse sentido, porque se um dia sua quisesse ser atriz, a colocaria lá em cima, muda ou não, seria uma grande mulher. — Espera, espera! — Nicolly ouviu o telefone tocar — me dar um minuto que pode ser o Emanuel — levantou de onde estava e saiu do quarto da pequena, indo para a sala — Com certeza não é Emanuel porque ele ligaria para meu celular não para a
O silêncio que se instalou enquanto Emelly atendia ao telefone foi de extremo medo para Eva, o olhar de Nicolas sob os seus eram os piores da sua vida. Ela sabia disso, provocar Emelly e comentar qualquer coisa sobre o relacionamento deles no local de trabalho deixava não apenas o Santinelli furioso, como também estressava Emelly que não estava disponível ou livre para que qualquer um comentasse sobre a sua pessoal. Ser profissional vinha em primeiro lugar, e Eva como uma modelo internacional, que passou por muitas passarelas e queria ficar naquele evento, deveria saber. Devia entender os bastidores e deixar sua série de provocações frustradas do lado de fora de todos os lugares que fosse trabalhar. Logo desviou o olhar de Nicolas abaixando sua cabeça, claro que ela devia falar alguma coisa, pedir desculpas, afinal, machucar Emelly, é o mesmo que machucar Nicolas Santinelli, já dizia Emy antigamente, Nicolas havia se apaixonado por uma pirralha de dezesseis anos, mas o amor dele
Três horas mais tarde o jato da família Santinelli pousou no aeroporto de Austrália, Emelly saltou da cadeira em um desespero sem tamanho, já havia dormido, comido alguma coisa no trajeto e se acalmado, mas o desespero contido, a saudade, a ansiedade de ter logo Luara acolhida em seus braços foi maior. Logo desceu do avião andando depressa, queria apenas chegar ao hospital logo e acalentar sua filha, entender o que se passou com Emanuel, ajudar Nicolly, porque de uma coisa era certa, a loira devia está uma pilha de nervos. Apesar de brigarem muito, aqueles dois se gostavam em dobro, e imaginar algo assim com ambos, era péssimo. — Você sabe qual hospital eles estão? — Rafael perguntou ao lado de Emelly que assentiu rapidamente — posso pedir um táxi, só preciso do endereço — Ela deu rapidamente enquanto passavam pelos portais e a pequena revista, a identidade e passaporte. Assim que puderam finalmente sair, o táxi já os aguardava. Emelly entrou no banco de trás com Raely e Nico
Ainda do lado de fora, Nicolas encarou o amigo que segurou as mãos do filho para que não corresse claro que preferia que a criança não estivesse no meio de tudo isso. Afinal, voaram para outro país em menos de quatro horas, nem sabia como estava à cabeça de Raely, que embora não fosse uma das pessoinhas mais amigáveis, era um ser humano indefeso e precisava de cuidados. — Ele parece cansado — Nicolas disse e seguiram para a porta do hospital. — Raely dormiu a viagem toda, aposto que ele apenas não acordou — Entrarem no hospital logo procurando a recepção, e a única mulher presentes lhes informou que Emelly já tinha entrado e se juntado a sua família. Eles se acomodaram nas cadeiras verdes logo em seguida. — Você está nervoso? — Porque estaria? — Nicolas dobrou as mangas de sua camisa até os cotovelos e respirou melhor. — Nicolas, nós estamos na Austrália, e sabe quem mais está aqui? Luara, a sua filha, a filha de cinco anos q
— Calma Nicolas, Raely é assim mesmo — Emelly ficou de pé também e segurou as mãos de sua pequena — Nicolly está horrível, não vai querer ir embora agora. — Contou e Nicolas assentiu, no entanto, não parava de olhar para a pequena mais embaixo. — Liguei para Ângelo, ele já está chegando. Temos que levar Luara para casa, depois voltamos. — Nicolas! Emelly! — Rafael voltou desligando o celular e encarou os dois, e depois a menina agarrada nas pernas de Emelly. Não tinha dúvidas, Luara era uma mistura charmosa, harmoniosa de Nicolas e Emelly juntos. Era linda, simplesmente linda. — Uau! Ela é realmente muito bonita. — Eu disse Pai! Eu disse. — Raely saiu pulando até parar em frente à pequena que riu. Com pequenos movimentos de sua mão, ele disse: — Quer brincar? — A menina assentiu — Está com você — ele tocou em seu ombro e correu, Luara correu logo depois passando pelos pais e seguiu o corredor. — Que? Para onde está indo? — Nicolas indago
— Viajar? — Nicolas perguntou surpreso, enquanto olhava diretamente para a namorada, um pouco incerta do que dizia — Você passou cinco anos a escondendo aqui em Austrália para do nada, mostrar Luara para o mundo? Porque o evento será filmado para o mundo inteiro. — Emelly virou o rosto ao cruzar os braços — tudo bem! Podemos deixar ela no seu hotel. Mas...— Nicolas o motivo de levar Luara é justamente para não a deixar sozinha, entendeu? — O Santinelli assentiu, tendo a atenção da rosada novamente — Nicolly não quer sair desse hospital, e eu entendo seu lado, eu no seu lugar faria o mesmo. — Disse com calma, abaixando a cabeça, — Emanuel não tem mais uma família com quem pode contar; eles o deserdaram da família porque ele optou por Nicolly, casou com ela antes de ir até eles. E Nicolly já veio fugida de Tóquio, a mãe dela é louca. — Riu no final. — Talvez seja a hora da Luara conhecer mais pessoas.— Eu não posso falar nada. Cheguei agora na vida dela, talvez você saiba mais como ag