Três horas mais tarde o jato da família Santinelli pousou no aeroporto de Austrália, Emelly saltou da cadeira em um desespero sem tamanho, já havia dormido, comido alguma coisa no trajeto e se acalmado, mas o desespero contido, a saudade, a ansiedade de ter logo Luara acolhida em seus braços foi maior. Logo desceu do avião andando depressa, queria apenas chegar ao hospital logo e acalentar sua filha, entender o que se passou com Emanuel, ajudar Nicolly, porque de uma coisa era certa, a loira devia está uma pilha de nervos. Apesar de brigarem muito, aqueles dois se gostavam em dobro, e imaginar algo assim com ambos, era péssimo. — Você sabe qual hospital eles estão? — Rafael perguntou ao lado de Emelly que assentiu rapidamente — posso pedir um táxi, só preciso do endereço — Ela deu rapidamente enquanto passavam pelos portais e a pequena revista, a identidade e passaporte. Assim que puderam finalmente sair, o táxi já os aguardava. Emelly entrou no banco de trás com Raely e Nico
Ainda do lado de fora, Nicolas encarou o amigo que segurou as mãos do filho para que não corresse claro que preferia que a criança não estivesse no meio de tudo isso. Afinal, voaram para outro país em menos de quatro horas, nem sabia como estava à cabeça de Raely, que embora não fosse uma das pessoinhas mais amigáveis, era um ser humano indefeso e precisava de cuidados. — Ele parece cansado — Nicolas disse e seguiram para a porta do hospital. — Raely dormiu a viagem toda, aposto que ele apenas não acordou — Entrarem no hospital logo procurando a recepção, e a única mulher presentes lhes informou que Emelly já tinha entrado e se juntado a sua família. Eles se acomodaram nas cadeiras verdes logo em seguida. — Você está nervoso? — Porque estaria? — Nicolas dobrou as mangas de sua camisa até os cotovelos e respirou melhor. — Nicolas, nós estamos na Austrália, e sabe quem mais está aqui? Luara, a sua filha, a filha de cinco anos q
— Calma Nicolas, Raely é assim mesmo — Emelly ficou de pé também e segurou as mãos de sua pequena — Nicolly está horrível, não vai querer ir embora agora. — Contou e Nicolas assentiu, no entanto, não parava de olhar para a pequena mais embaixo. — Liguei para Ângelo, ele já está chegando. Temos que levar Luara para casa, depois voltamos. — Nicolas! Emelly! — Rafael voltou desligando o celular e encarou os dois, e depois a menina agarrada nas pernas de Emelly. Não tinha dúvidas, Luara era uma mistura charmosa, harmoniosa de Nicolas e Emelly juntos. Era linda, simplesmente linda. — Uau! Ela é realmente muito bonita. — Eu disse Pai! Eu disse. — Raely saiu pulando até parar em frente à pequena que riu. Com pequenos movimentos de sua mão, ele disse: — Quer brincar? — A menina assentiu — Está com você — ele tocou em seu ombro e correu, Luara correu logo depois passando pelos pais e seguiu o corredor. — Que? Para onde está indo? — Nicolas indago
— Viajar? — Nicolas perguntou surpreso, enquanto olhava diretamente para a namorada, um pouco incerta do que dizia — Você passou cinco anos a escondendo aqui em Austrália para do nada, mostrar Luara para o mundo? Porque o evento será filmado para o mundo inteiro. — Emelly virou o rosto ao cruzar os braços — tudo bem! Podemos deixar ela no seu hotel. Mas...— Nicolas o motivo de levar Luara é justamente para não a deixar sozinha, entendeu? — O Santinelli assentiu, tendo a atenção da rosada novamente — Nicolly não quer sair desse hospital, e eu entendo seu lado, eu no seu lugar faria o mesmo. — Disse com calma, abaixando a cabeça, — Emanuel não tem mais uma família com quem pode contar; eles o deserdaram da família porque ele optou por Nicolly, casou com ela antes de ir até eles. E Nicolly já veio fugida de Tóquio, a mãe dela é louca. — Riu no final. — Talvez seja a hora da Luara conhecer mais pessoas.— Eu não posso falar nada. Cheguei agora na vida dela, talvez você saiba mais como ag
A chegada em Tóquio trouxe um alívio para Rafael que sentia o celular vibrar sem parar dentro do bolso. Não devia ter viajado com Nicolas e Emelly para outro lugar com o filho ainda por cima, Raissa quase o mata por celular e falou poucas e boas, coisas essas que não deviam ser ditas por uma mulher cuja força está pouca por causa da segunda filha, e assim que pisou em Tóquio, Rafael se despediu do casal e pegou o primeiro táxi para voltar para casa. Deu graças quando desceu do táxi, o sol tinha acabado de nascer e para a sorte de todo mundo, inclusive do casal que abandonou tudo para fazer uma viagem de última hora, eles tinham ainda um dia todo para organizar o que estava fora dos eixos para que tudo viesse a dar certo, e Rafael, participaria de tudo aquilo. Mesmo que não trabalhasse diretamente com os tecidos de Nicolas, Rafael estava envolvido com a empresa Santinelli, trabalhava para ela, e os lucros que entrariam e saiu para esse desfile tinha que passar p
Nicolas ficou emburrado por algum tempo, mas quando foi convidado para tomar banho com Emelly, logo sorriu do jeito que queria. Alguns minutos depois Emelly estava livre para se arrumar, optou por um vestido vermelho novamente, sem decotes, até os joelhos, e um lenço por cima, cobrindo seus ombros. Amarrou o cabelo para trás fazendo um pequeno rabo de cavalo e antes de escolher o sapato, Luara acordou, Nicolas deu banho na pequena, já que era o único que havia se vestido, com muito cuidado e gentileza, ele banhou a garota com medo de quebra-la em algum lugar, e a única coisa que Emelly sabia fazer era rir da cara do Santinelli. Ele tinha a garota como uma joia que se tocasse com mais força, ela quebraria em pedaços e não queria como consertar. Adorava isso nele, o cuidado, a paixão em seus olhos. Era como ela ao ver Luara abrir os olhos pela primeira vez, Emelly se apegou a criatura tão pequena sendo sua única forma de correr do mundo em que trouxe apenas decep
A cada passo que dava, Emelly sentia o coração acelerar. Primeiramente, pediria desculpas por ter sumido daquele jeito no meio de uma grande organização, porque embora tivesse que atender um chamado muito importante, foi falto de profissionalismo de sua parte abandonar suas modelos, o ensaio, tudo, exatamente tudo e sumir por quase vinte e quatro horas. Mas com tudo isso a oportunidade de fazer sua filha feliz veio com força, e pelo menos uma vez, deixaria que aquelas pessoas por qual ódio por um longo período da sua vida, conhecessem a pequena pessoa a qual deu a luz. Não que merecessem, mas tinham um pequeno direito de conhecer a neta da única filha que colocaram no mundo. Quando pararam em frente à porta de reunião, Nicolas deu um pequeno beijo em Luara, outro em Emelly e entrou primeiro. Talvez ele entendesse que o momento entre mãe e filha fosse crucial nessa hora. Entendia a imensidão do amor de Emelly para com sua pequena, entendia, compreendia sua noiva.
Nicolas não tinha nada contra seus pais, achou até mesmo bonito Eloisa chorar enquanto abraçava sua neta, Emilio sorrir, mesmo que pouco, quando a menina tocou em seu rosto o rodeando e assentindo, o contanto que era bonito. Ele de verdade, queria até que sua filha pudesse conviver com os pais, mas por outro lado, os pais de Emelly o deixavam enojado. Eles também tinham o mesmo direito, de viver, sorrir, abraçar e estar ao lado de sua filha, mas o que fizeram antes, não foi perdoado. Era egoísmo, talvez maldade do seu coração, mas se não fosse por toda aquela confusão, Emelly e ele tivesse tido um rumo diferente. Sim, ele foi embora para Emelly crescer, mas acima de tudo, ele foi embora porque a mídia estava o detonando, o acusando de algo que nunca foi capaz de fazer ou teria um dia. Deixou Emelly sozinha para que ela pudesse ao menos viver bem em Tóquio, sem a sua imagem por cima, prendendo-a de alguma coisa. Muita gente acha que foi fácil ele acusar os pais