O olhar em direção a Emelly vinha tomado com orgulho e uma admiração recomendável. Nicolas estava deslumbrando pela mulher em sua frente, pela forma de tratar o assunto de sua filha como total concentração. Era como se Emelly virasse outra mulher ao falar de Luara, e isso apenas o deixava mais encantado. Nicolas achou que não tinha como se apaixonar mais por Emelly, e ali estava ambos, seis anos depois de uma despedida complicada, se apaixonando, descobrindo e conhecendo mais de Emelly, um lado que fora criado por ela mesma, longe de tudo e de todos para o seu melhor crescimento próprio.E vendo aquilo, ele só conseguia ver que, a decisão que tomou ao deixá-la, foi à correta, foi a mais certa que poderia ter. Ele sempre foi um com os pensamentos no lugar, com a cabeça no lugar. Como dizia Rafael, “Nicolas sempre foi correto”. Tomando um bom vinho ao lado de Emelly, ela contava os problemas de Luara, que na verdade, poderia ser revertido, mas que o medo de perdê-la era tão grande, que
O caminho até o novo prédio de Emelly foi tranquilo, conversaram sobre a possibilidade de um médico para Luara, no entanto, Emelly avisou, não apenas uma como três vezes que se isso fosse dar qualquer risco à vida de Luara, era melhor que parasse naquele momento. Não demorou muito para chegarem ao hotel em que Emelly estava hospedada, o Santinelli parou o carro em frente e ficou toda a estrutura até em cima, e Emelly também.— Seus pais estão investindo muito para que fique em Tóquio - disse, e encarou a agência ao lado.— Você sabe que não posso voltar. Minha vida acabou nessa cidade, espero que todos um dia entendam isso - Afirmou outra vez e Nicolas retornou seu olhar para ela. — Quer subir?— Não estou em condições de ficar sozinho dentro de um quarto com você - Avisou logo, e Emelly sorriu terna.— Suba Nicolas, eu sei exatamente o que nós queremos. E isso é normal — ela saiu do carro com a bolsa em uma mão, o sapato em outra, subiu as escadinhas correndo e parou na porta. O port
— Hey! Está me ouvindo?— Eu achei que... - Ele abaixou os olhos dando um sorriso — Achei que tudo tivesse sido um sonho. — Confessou, e levantou o olhar para Emelly que sorriu o encarando.— Desculpa. Eu queria ter acordado com você, mas já passa das dez da manhã Nicolas, e eu não consigo dormir depois das oito horas. - Avisou. Nicolas arregalou os olhos, desde quando ele dormia tanto assim? Uau! — Quer café? Meu hotel é um dos melhores e tem um serviço de quarto melhor ainda - Emelly se gabou e o Santinelli apenas sorriu. — Bom, se quiser outra coisa, eu também posso dar - Ela levantou do colchão e subiu devagar na cama, engatinhou até o Santinelli e sentou em seu colo. — A não ser que você queira ir pra agência, porque minhas modelos e Guilder estão apenas te esperando para assinar o documento que afirma que seus tecidos podem ser usados nas roupas.Nicolas arregalou os olhos. Droga! Seus tecidos, seu trabalho. Emelly era tudo em sua vida, mas os tecidos, o seu trabalho. Ele sentou
— Isso não vai acontecer.— O que não vai acontecer? - Nicolas abriu os olhos vendo-a sair do quarto carregando sua bolsa e duas pastas por seus braços — bom, a única coisa que eu sei que vai acontecer, é que terei que me segurar bastante perante as minhas modelos. Elas não podem ver um homem mais velho que derretem, e você, com certeza, fará aquela agência pegar fogo. - passou por ele dando um selinho demorado e seguiu para porta. “Homem mais velho” “Você com certeza é um”.— Nicolas? - Ele virou para a porta e Emelly sorriu... Ah, seu sorriso o fazia enlouquecer — Vamos indo... Já estamos bem atrasados.— É já estamos - ele sorriu abaixando a cabeça enquanto caminha até Emelly, saiu do apartamento e assistiu a mulher fechar a porta desfilar pelo corredor até o elevador, toda bonita, bem arrumada, divertida, com a pasta de alguma coisa nas mãos, mais pareciam uma empresaria do seu mundo, mas não era o SEU mundo, era o dela, só dela.Parou ao lado dela no elevador, e encarou a rosad
— Eu espero que vocês estejam me olhando esperando que tudo comece, e não para meu namorado. - Emelly pronunciou, assustando até mesmo Bruno que não acreditava em ciúmes de Nicolas por parte de Emelly, cruzou os braços ao encarar sua rainha — e então, o que acharam da nova agência? - O sorriso de felicidade apareceu na mesma hora.Todas começaram a falar ao mesmo tempo e Emelly acenou para Guilder quando o mesmo apareceu na porta da sala viva, estava bem vestido como no dia anterior, o cabelo arrumado para o lado, a camisa de gola alta e listras verticais o deitava sexy. Um homão da porra, no entanto, não se comparava o que estava ao seu lado. Guilherme e Rafael apareceram logo depois, e Eva veio para foder sua vida, com certeza.— Eu quero apresentar a vocês a nossa equipe desse evento, e, por favor, procurem não se apegar a este lugar, porque não vamos ficar muito tempo — tomou a frente, tendo a atenção de todas as modelos para si. — Nicolas Santinelli é o CEO de uma empresa de teci
— Alguém da minha idade?— Emelly suspirou e desceu os braços que tocavam no rosto de Nicolas para o pescoço, e chegou à gravata, onde afrouxou o nó e sorriu para seu trabalho, — Nicolas eu não posso mais me apaixonar ou estar com outro homem. Eu acredito que uma pessoa só se apaixona uma vez, e eu já encontrei a minha cara metade — Ela deixou cair à gravata e o olhou — embora, agora, e tenha raiva de sua amiga — Emelly puxou a blusa branca para fora da calça e delicadamente, ela abriu os dois botões debaixo. — Eva é bonita, e tem quase a mesma idade que você, no entanto, agora, eu percebo que não posso ter um pingo de inveja, ou sequer medo de perder você. Os mesmos medos que tens, eu tenho também.— Percebo que não deveria ter tanto medo de perder a pessoa que eu amo. No entanto, me pergunto quando esse sonho vai acabar — Emelly mordeu os lábios e levantou uma mão. Nicolas desviou o olhar para o cinto estirado e este caiu no chão.— Quem aqui está falando de sonho?Realmente! Quem al
Ainda era cedo do dia quando Emanuel despertou dessa vez, Luara não precisou ir ao seu quarto e encontrar uma das cenas que provavelmente, ela já estivera acostumada, no entanto, ignorava por não saber como agir, e Emelly já ter lhe dito para não se meter na vida de Emanuel ou Nicolly, pois eram marido e mulher, e como diz o ditado popular: ninguém deve meter a colher, nem a fuça, nem a curiosidade, nem os olhos verdes que tanto fazia Emelly perder a cabeça. Retirou os lençóis das pernas e olhou para cima, onde Nicolly dormia lindamente na sua cama confortável como se não tivesse nada para fazer naquele dia. Claro que ele não iria ser a pessoa a perturbar, levantou calado, tomou seu banho, colocou uma roupa leve e saiu do quarto procurando por Luara no mesmo momento. Sabia que a menina acordava cedo, e provavelmente, estaria ela aprontando alguma coisa. Como pensou anteriormente, Luara estava sentada ao pé da cama, separava aquelas fotos de um lado para o outro e Emanuel se
Nicolly chegou à agência com a expressão de poucos amigos; ficar brigando com Emanuel a deixava frustrada e isso fazia com que a loira se sentisse raivosa com todo mundo ao redor, e apenas com sua cara espantou um dos modelos, algumas meninas e subiu para a sala de Emelly. Abriu a porta jogando sua bolsa na mesa e virou para o lado, fitou o homem que levantou mostrando seu rosto de trás da câmera e a olhou. — Que bom que está aqui, porque eu preciso que me ajude — Passou para a mesa onde tinha algumas fotos das modelos e Kai estreitou os olhos. — Aconteceu alguma? Brigou com o Emanuel? Nicolly não respondeu, passou a olhar as fotos e escolheu três meninas que estavam na agência, voltou a fitar Kai que não perguntou mais nada, não se metia na vida das pessoas, ainda mais na vida de Nicolly e Emanuel, que era um casal bonito, complicado, diferente, imaturos, novos, mas um casal bonito. A parte da tarde toda serviu para a companha de fotos, Nicolly escolheu as três me