Seu sorriso.Um ponto fraco para Nicolas.No mesmo instante ele a beijou. A beijou como sempre sonhou durante as noites. Suas mãos se misturaram ao cabelo rosado e a trouxe para perto, descendo para as costas e pararam na cintura. Emelly era sua de novo. Toda sua, para sempre, para sempre. O beijo se intensificou e a eletricidade passava de um para o outro, era intenso, surreal, era amor misturado à saudade, felicidade com ansiedade, era tudo, completamente tudo.Quando o ar lhes faltou, ele descolou os lábios devagar, mas jamais a deixaria ir. Moveu seus dedos para o rosto dela dedilhando pelos traços novos. Imaginava Emelly como sua esposa, a mãe de seus filhos. Sabia que não poderia ter outra mulher, nem em sua cama por uma noite, nem em sua vida para sempre, apenas Emelly, só ela.— Você é minha... — Ela sorriu assentindo — Eternamente Minha.— Para sempre. — Completou, deixando claro a quem pertencia.Depois de mais alguns minutos abraçados, decidiram que era hora de partirem dal
Com o consentimento de Emelly, o ruivo foi o primeiro a adentrar a próxima sala, e seus olhos brilharam. As janelas ainda eram grandes, do teto ao chão no final, cobertas pelas cortinas cor de rosa para dar um ar feminino ao lugar. Na parede que dividia a recepção da sala onde tudo poderia acontecer, continha algumas fotos das modelos de Emelly, e Bruno correram para ver junto à rosada. Alguns de desfiles, outras com catálogos. Na outra parede, alguns suportes guardavam as revistas em que a agência representou. Ao meio, duas mesas longas divididas em cabines apenas por um espaço.— Aqui é o meu setor. E com mais computadores, espaços e estrutura, podemos sair ao mundo em busca de mais modelos, descobrir rostos novos, eu estou adorando este lugar — Bruno sentou em uma das mesas em frente ao computador e abraçou o canto — essa mesa é minha, mais espaçosa, completa e inteiramente apenas para mim. — Emelly riu e seus pais também.— Vamos indo, depois dessa sala onde tudo pode acontecer, h
Uma filha, ele tinha uma filha.Uma filha que nunca viu em sua vida, mas que existia, e estava louco para conhecer. Ao sair das empresas Parson, Nicolas vagou por toda a cidade pensando na sua querida Luara, que não conhecia, nem de longe, mas apenas a imagem dela vinda de uma pequena foto, com frases bonitinhas e com aquele sorriso maravilhoso, fazia o coração do Santinelli vibrar de tanta emoção. Ele nunca achou que seria pai, ao menos não sem Emelly, e agora estavam tão próximos.Sentia um pouco de inveja sim, ao ver seu irmão idiota ter uma família que o esperava ao chegar a casa, com filhos, esposa, uma cunhada louca, mas... O mais importante, era que ele tinha pessoas que o amava, sua própria família para poder cuidar. Rafael o mesmo, embora Raely fosse um demônio em pele de menino, ainda assim, era filho de Rafael, deixando claro que ele também foi capaz de construir uma família ao lado da pessoa que amava. Ele passou também por muitas coisas, Raissa engravidou aos dezoito, tev
Seus olhos esverdeados assistiam a melhor cena de sua vida, pois a vista de suas crianças brincando ao redor da casa, era como um sonho realizado, dali por diante, Emanuel podia sentar em uma cadeira de balanço e sorrir para o mundo, sua meta para a vida tinha chegado ao fim no momento em que colocou o último filho dentro da esposa, e este veio ao mundo cheio de saúde, energia, e um sorriso tão lindo quanto o da mulher que servia o lanche e chamava todos para comerem.Esse sempre foi o sonho de Emanuel, mas por alguma ironia do destino, a vida lhe deu tudo ao contrário, lhe fodeu da pior forma possível, e ainda brincou com seu futuro achando que ele não podia ser construído de verdade, mas ao menos, Deus o ajudou a conseguir pelo menos a mulher que amava, para estar ao seu lado, amar, respeitar, aceitar seus defeitos e aturar aquela imagem linda que agora se chamava Nicolly Nolasco.Desde o colégio, ele era apaixonado, a conheceu no seu último ano quando Nicolly, a novata, entrou na e
Com uma respirada mais longa, Emanuel abriu os olhos de repente, o toque em seu braço esquerdo fora da cama se tornou um beliscão e o ruivo virou a cabeça para o lado. Os olhos esverdeados brilhavam em ansiedade e Emanuel já até sabia o que queria. Olhou para o outro lado vendo Nicolly dormir como um anjo, e como tinha amor à vida, não tocaria nela para acordar. Tirou os lençóis de seus pés e se colocou de pé. Luara não perdeu tempo a segurar sua mão e puxá-lo para fora do quarto.Emanuel quase pisa em cima da garota enquanto tropeçava em seus pés e tentava limpar os olhos para enxergar melhor. Quando deu por si, estava na cozinha, Luara soltou sua mão e sentou em uma das cadeiras, ajeitou suas mãos uma da frente da outra e o fitou.— Eu sei que você quer tomar café, mas eu queria dormir mais. - Ele disse sorridente, e começou a pegar as coisas para o café. — Você acorda primeiro, então faz o café Emanuel - Imitava a voz de Nicolly.Luara bateu na mesa chamando atenção, ele a fitou pe
O olhar em direção a Emelly vinha tomado com orgulho e uma admiração recomendável. Nicolas estava deslumbrando pela mulher em sua frente, pela forma de tratar o assunto de sua filha como total concentração. Era como se Emelly virasse outra mulher ao falar de Luara, e isso apenas o deixava mais encantado. Nicolas achou que não tinha como se apaixonar mais por Emelly, e ali estava ambos, seis anos depois de uma despedida complicada, se apaixonando, descobrindo e conhecendo mais de Emelly, um lado que fora criado por ela mesma, longe de tudo e de todos para o seu melhor crescimento próprio.E vendo aquilo, ele só conseguia ver que, a decisão que tomou ao deixá-la, foi à correta, foi a mais certa que poderia ter. Ele sempre foi um com os pensamentos no lugar, com a cabeça no lugar. Como dizia Rafael, “Nicolas sempre foi correto”. Tomando um bom vinho ao lado de Emelly, ela contava os problemas de Luara, que na verdade, poderia ser revertido, mas que o medo de perdê-la era tão grande, que
O caminho até o novo prédio de Emelly foi tranquilo, conversaram sobre a possibilidade de um médico para Luara, no entanto, Emelly avisou, não apenas uma como três vezes que se isso fosse dar qualquer risco à vida de Luara, era melhor que parasse naquele momento. Não demorou muito para chegarem ao hotel em que Emelly estava hospedada, o Santinelli parou o carro em frente e ficou toda a estrutura até em cima, e Emelly também.— Seus pais estão investindo muito para que fique em Tóquio - disse, e encarou a agência ao lado.— Você sabe que não posso voltar. Minha vida acabou nessa cidade, espero que todos um dia entendam isso - Afirmou outra vez e Nicolas retornou seu olhar para ela. — Quer subir?— Não estou em condições de ficar sozinho dentro de um quarto com você - Avisou logo, e Emelly sorriu terna.— Suba Nicolas, eu sei exatamente o que nós queremos. E isso é normal — ela saiu do carro com a bolsa em uma mão, o sapato em outra, subiu as escadinhas correndo e parou na porta. O port
— Hey! Está me ouvindo?— Eu achei que... - Ele abaixou os olhos dando um sorriso — Achei que tudo tivesse sido um sonho. — Confessou, e levantou o olhar para Emelly que sorriu o encarando.— Desculpa. Eu queria ter acordado com você, mas já passa das dez da manhã Nicolas, e eu não consigo dormir depois das oito horas. - Avisou. Nicolas arregalou os olhos, desde quando ele dormia tanto assim? Uau! — Quer café? Meu hotel é um dos melhores e tem um serviço de quarto melhor ainda - Emelly se gabou e o Santinelli apenas sorriu. — Bom, se quiser outra coisa, eu também posso dar - Ela levantou do colchão e subiu devagar na cama, engatinhou até o Santinelli e sentou em seu colo. — A não ser que você queira ir pra agência, porque minhas modelos e Guilder estão apenas te esperando para assinar o documento que afirma que seus tecidos podem ser usados nas roupas.Nicolas arregalou os olhos. Droga! Seus tecidos, seu trabalho. Emelly era tudo em sua vida, mas os tecidos, o seu trabalho. Ele sentou