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Mary sentiu seu coração congelar, quando olhou nos olhos de Nora Stevenson, apenas viu irritação. Ela rapidamente se afastou de Bob, que não parecia nenhum pouco afetado com a presença repentina da outra mulher, já Mary se sentiu exposta. A mulher caminhava de modo altivo, e a olhava nos olhos com uma clara reprovação, quando Mary deu alguns passos e abriu a boca para falar, Nora a cortou. — É isso que faz enquanto Bruce está doente? Mary piscou, incapaz de compreender o que Nora tentava dizer. A mulher olhou de Nora para Bob, que havia se encerrado em um canto na parede, enquanto observava as duas. Foi nesse momento que Mary percebeu chocada a insinuação terrível e descabida daquela mulher autoritária. Mary sentiu seu sangue começar a ferver, enquanto o olhar insinuante e acusatório daquela mulher a fitava. Como ela ousava insinuar que Mary estava fazendo algo errado com Bob Stevenson? Quando até agora ela havia sido completamente inconveniente. Mary sabia que devia
Bruce olhou para a mulher, e quando ele perguntou sobre seu pedido ele imaginou o que ela poderia desejar, para ter mudado de ideia tão rápido. Ele segurou em seu braço, e sentiu o cheiro de seu perfume, então esperou que ela dissesse seu desejo. A mulher virou a cabeça para ele, e puxou seu braço de sua mão. Bruce não a impediu, achava divertido como Louise reagia ao seu toque, não era como a maioria das mulheres. Seus olhos eram de um tom cálido de castanho, seus cabelos embora ele não os tocasse com frequência, sabia que eram sedosos. Ele a viu respirar fundo, então levantou seu olhar para ele: — Eu quero ir ao subúrbio. Bruce franziu o cenho, e abriu e fechou a boca. Sem entender o que ela queria dizer. Ele a olhava com estranheza, porque seria mais plausível que ela pedisse para ir para casa. — Você não deseja ir pra casa? Ver a sua mãe? Louise caminhou pelo quarto, esfregando as mãos uma na outra, estava de costas para Bruce que observava a mulher. — Não.
Mary sentia o cheiro de xampu e sabonete vindo dele, e quando suas mãos tocaram seu corpo ela sentiu uma corrente elétrica por todo o seu corpo. O calor que emanava dele a fez estremecer, suas pernas tocando as dele, e o hálito quente de Bruce em seu rosto. Mary tentou empurrá-lo para longe, mas o homem mantinha suas mãos firmes sobre seu corpo, a mantendo sobre controle. — Negue para mim, que você não me olha. — A voz dele era completamente torturante, baixa e rouca. Um sussurro sensual na escuridão. Ela arfou, quando sentiu seus dedos se movendo sobre sua cintura, alisando o fino tecido de sua blusa. A garota engoliu em seco, e reuniu coragem para falar: — Está tão acostumado com mulheres olhando para você, que realmente acredita que é desejável para todas. Sinto pena de você, Bruce. Ele a puxou para ainda mais perto, até que seus lábios quase se tocaram, ela sentiu o roçar dos lábios dele e se inclinou para trás o máximo que conseguiu. — Seu olhar queima, minha es
Mary acordou cedo, decidida a visitar o orfanato ao qual cresceu para ver como as crianças estavam. Ela se levantou devagar, o sono de Bruce era muito leve. Quando olhou para ele, viu que mesmo dormindo o homem parecia desconfiado. Eles haviam feito um acordo, ela se mudaria permanentemente para o quarto dele e ele realizaria um desejo dela. O desejo de Mary era ir ao subúrbio, algo que ela sabia que o havia confundido um pouco, ainda assim, ele cumpriria a palavra. Após tomar um café na cozinha rapidamente, e conversar com alguns empregados ela deixou a cozinha. Com uma bolsa ao lado do corpo, Mary saiu de casa sob a chuva fina que começava a cair. Infelizmente, agora que era uma Stevenson, ela teria que andar de motorista. Ela entrou no carro preto da família Stevenson e cumprimentou o motorista. Quando seus olhos se encontraram no retrovisor, Mary viu que ele tinha intensos olhos azuis. Para seu azar, não era o motorista da mansão Stevenson. — Bom dia, esposa. — disse Bruc
Mary viu as crianças se aproximarem todas eufóricas com sua visita. A garota abraçou fortemente as crianças, e as beijou no rosto, ciente de que o homem atrás de si era muito perspicaz para deixar aquilo passar. Ela então aproveitou para olhar nos olhos delas, e as abraçar. Mary sentiu um nó se formar em sua garganta, quando ela levantou seu olhar para a diretora do orfanato, rapidamente ela compreendeu que devia tirar as crianças dali. Ela não podia demosntrar qualquer fraqueza com aquele homem a observando. Ela observou enquanto a senhora levava as crianças para o interior da grande casa, e antes de se virar para o homem atrás dela o ouviu pronunciar: — Mary? Ela respirou fundo, e se virou para o homem. Bruce estava de braços cruzados, e sua expressão era completamente diferente da que ela estava esperando. Para começar, seu olhar azul não estava nenhum pouco feroz. Sua expressão não era de surpresa, ele parecia apenas... curioso. — Meu verdadeiro nome é Mary Stewart
Alguns dias depois. Mary caminhava de um lado para o outro no quarto, sentindo seu coração acelerar a cada minuto que passava. Ela estava ansiosa para saber se Bruce havia encontrado alguma informação sobre o desabamento do orfanato. Enquanto esperava, a mulher roía as unhas, tentando controlar sua agitação. Já passava das dez da noite. Finalmente, a porta se abriu e Mary se deparou com aqueles olhos azuis intensos que pareciam atravessá-la. Bruce fechou a pesada porta atrás de si e caminhou lentamente em direção à mesinha de mogno em um canto do quarto. Ele trazia consigo um envelope pardo e o colocou com cuidado na mesa. Mary observou cada movimento dele com expectativa. Bruce se virou para Mary, que estava parada no mesmo lugar, e apontou para o envelope. Mary correu até lá e abriu o envelope com as mãos trêmulas, vendo as fotos do telhado do orfanato, a parte do refeitório e das salas novas de ensino. Ela leu todo o conteúdo do envelope e percebeu que dias antes do desabament
Ela engoliu em seco, sentindo o peso do silêncio se estender entre eles. Seus olhos se fixaram em sua bolsa, enquanto sua mente trabalhava para processar o que acabara de acontecer. Lentamente, ela voltou seu olhar para ele e perguntou, com a voz trêmula: — Isso é uma ameaça do seu tio? Bruce rasgou o papel com um gesto brusco e suspirou pesadamente. Mary percebeu que ele parecia cansado e preocupado, como se já tivesse enfrentado situações semelhantes antes. Quando seus olhares se encontraram, ela viu que mais uma vez ele não estava surpreso. — Receio que preciso levá-la em um lugar. — Em qual lugar? — perguntou. O homem encarou a mulher, e respondeu: — Vai ter que confiar em mim, Mary. Novamente ele pedia aquilo, e ela já começava a ficar tensa com sua insistência. — Confiança se conquista. — Esclareceu. Bruce diminuiu a distância entre eles, e seus rostos ficaram a centímetros um do outro, ela conseguia sentir seu hálito quente sobre sua face. — Apenas me siga em silen
Mary ficou perplexa diante das palavras de Bruce, tentando entender o que ele queria dizer com "mortes prematuras". Ela olhou novamente para as fotos em preto e branco, tentando encontrar alguma pista ou conexão entre elas. As imagens retratavam pessoas aparentemente felizes e saudáveis, mas Bruce dizia que haviam morrido muito jovens. Enquanto processava as informações, Mary começou a considerar a possibilidade de que o mistério em torno das mortes prematuras pudesse estar relacionado à resistência da mãe da verdadeira Louise de permitir que a mesma se casasse com Bruce. Será que a Sra. Willians conhecia os segredos obscuros da família de Bruce? Essa ideia fez Mary arrepiar-se, mas ela não conseguia tirar os olhos das fotos e do olhar de Bruce sobre ela. O homem a encarava com os olhos semicerrados, seu olhar era intenso como os de um falcão, observando cada reação sua. Como se ele a estivesse lendo naquele momento. — Você já deve estar compreendendo a razão da famí