PamelaAssim que Caleb disse que estávamos em lua de mel, a mulher soltou um gritinho animado e bateu palmas. — Nossa, que coincidência! Nós também estamos em lua de mel! — ela exclamou, com um entusiasmo exagerado. Ela sorriu abertamente, esperando que respondêssemos com a mesma empolgação, mas Caleb e eu apenas sorrimos educadamente. Eu já estava ficando cansada dessa conversa, e mal tínhamos chegado ao nosso andar. — Me chamo Bruna, e esse aqui é o meu marido Federico. — Ela puxou o braço dele para mais perto, e o homem apenas acenou discretamente. — Nós somos os Souzas! — Prazer, Bruna, Federico. — Caleb respondeu, sempre educado. — Me chamo Caleb, e essa é minha esposa, Pamela. Somos os Belmonts. Quando Caleb disse “minha esposa”, eu sorri automaticamente, mas, por dentro, estava incomodada. Algo na Bruna me irritava, talvez fosse o jeito exagerado, ou o fato de ela estar olhando para Caleb como se ele fosse um pedaço de carne no açougue. — E então — Bruna continuou,
CalebEu me aproximei da Pamela e a puxei pela cintura, para poder olhar em seus olhos. Ela parecia nervosa, mas que se dane eu também estava. — E então... Querida, esposa.— Me aproximei ainda mais dela. Fui com a cara e a coragem, porque sabia que a Pamela me queria, ela me desejava, eu a vi se tocando e pensando em mim. Eu sabia o que ela escondia e por todos esses anos escondi até o que eu queria. Eu só precisava provocar o suficiente para ela ceder. — Sim, querido esposo.— Ela respondeu com o mesmo tom irônico que eu havia usado. Por essa eu realmente não estava esperando.— Acho que é agora que a gente... consuma o casamento, não acha?— Falei me aproximando ainda mais do seu rosto. Eu pensei que com essa frase ela iria se afastar, mas não, pelo contrário. Ela me lançou um olhar safado que pensei que a Pamela seria incapaz de jogar para mim. E puta que pariu, ela me desarmou. Mas eu não deixei ser seduzido sozinho.Levei a minha mão direita até seu rosto, e a esquerda puxei pela
PamelaBruna falava sem parar. Meu Deus, como essa mulher conseguia? Eu juro que tentei manter a paciência, mas quando ela sugeriu que passássemos a nossa lua de mel com eles, meu sangue ferveu. Que tipo de absurdo era esse?Eu olhei para Caleb, esperando que ele dissesse alguma coisa, mas ele parecia estar se divertindo com o meu incômodo. Ele apoiou o braço no encosto do sofá e me lançou aquele sorrisinho sacana, como se dissesse Quero ver como você vai sair dessa, querida esposa.Respirei fundo e tentei manter a pose, mas não aguentei.— Sabe o que é? — Falei, interrompendo Bruna no meio de mais uma frase sem fim. — Nós estamos muito cansados da viagem e precisamos descansar. Quem sabe outra hora?Falei com o meu melhor sorriso falso, aquele que usava quando precisava ser educada, mas estava morrendo de raiva por dentro.Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, peguei o braço dela e a guiei delicadamente para fora. Bruna arregalou os olhos, surpresa com a minha atitude. Federico
Pamela Eu podia sentir o calor irradiando do corpo de Caleb enquanto me acomodava em seu colo, minhas coxas pressionando as dele, o tecido do meu vestido deslizando para cima apenas o suficiente para expor a pele macia da parte interna das minhas pernas. Suas mãos instintivamente encontraram minha cintura, me agarrando com uma possessividade que enviou um arrepio pela minha espinha. Seus olhos se fixaram nos meus, escuros e intensos, e eu podia ver a tempestade se formando atrás deles. Era o tipo de olhar que fazia minha respiração falhar, meu coração disparar e meu corpo inteiro vibrar de antecipação. — Se eu começar...—ele murmurou, sua voz baixa e áspera, ele estava com tanto tesao que eu podia sentir atravez da sua voz.— Não serei capaz de parar... até ver você sem fôlego. Essas palavras me deixaram molhada, meus lábios roçando os dele enquanto sussurrava: "E quem disse que você deveria parar?" Foi tudo o que precisou. Seus lábios colidiram com os meus com uma fome que me
CalebAcordei com a melhor sensação do mundo.O corpo relaxado, o cheiro dela ainda impregnado na minha pele, o gosto dela na minha boca. Ontem à noite foi perfeito, foi delicioso.Virei o rosto no travesseiro e lá estava ela, ainda adormecida, o corpo nu parcialmente coberto pelo lençol, os cabelos bagunçados, um braço descansando sobre minha barriga. Minha.Um sorriso satisfeito tomou conta do meu rosto. Eu finalmente tinha provado Pamela. E, meu Deus, que gosto viciante ela tinha.A lembrança da noite anterior acendeu algo dentro de mim. O jeito como ela gemia meu nome, as unhas cravadas em minhas costas, o encaixe perfeito dos nossos corpos. Cada curva dela se moldava a mim como se tivesse sido feita para isso.Deslizei os dedos pelo seu rosto, traçando a linha delicada de sua mandíbula, até alcançar seus lábios, que estavam inchados dos beijos da noite passada. Beijos quentes, desesperados, viciantes.Sem resistir, inclinei-me e rocei a boca na dela, um beijo casto, mas carregado
PamelaSaí do banho me sentindo diferente. Realizada. Feliz de verdade.Eu finalmente tinha transado com um homem. E não foi com qualquer um.Foi com Caleb.O homem que me deixava sem ar. O homem por quem eu havia me apaixonado loucamente, mesmo sabendo que não deveria.Enrolei-me na toalha e fiquei ali, parada por alguns segundos, olhando meu reflexo no espelho. Eu estava radiante. Meu rosto corado, meu sorriso discreto… até meus olhos pareciam mais brilhantes.Será que era isso que diziam sobre estar apaixonada?Respirei fundo e tentei me recompor antes de sair. Eu não podia me entregar totalmente a ele.Eu sabia muito bem a fama que Caleb tinha. Galanteador. Sedutor. Um homem que nunca se prendia a ninguém.E eu… bem, eu não queria ser só mais uma na lista dele.Segurei firme a toalha ao redor do meu corpo e abri a porta.Lá estava ele.Sentado na cama, vestido apenas com o roupão branco felpudo do hotel. As pernas nuas, o peito parcialmente exposto… o cabelo bagunçado, como se ele
CalebO sol estava brilhando no céu azul, e uma brisa suave vinda do mar tornava a caminhada ao ar livre ainda mais agradável. Pamela e eu caminhávamos lado a lado pela área externa do resort, um verdadeiro paraíso tropical. O jardim era impecável, com palmeiras altas, flores exóticas e fontes de água cristalina espalhadas pelo caminho. As piscinas se estendiam em curvas elegantes, algumas privativas, outras maiores, cercadas por espreguiçadeiras confortáveis.Eu percebia o quanto Pamela estava encantada. Seus olhos brilhavam enquanto ela admirava cada detalhe, e um sorriso surgia de vez em quando em seus lábios.Foi então que um funcionário uniformizado se aproximou de nós com um sorriso profissional.— Boa tarde, senhor e senhora Belmonte. Vou levá-los até o spa.Ele fez um gesto indicando um pequeno carrinho elétrico, semelhante a um carrinho de golfe. Subimos e nos acomodamos enquanto ele dava a partida. O caminho até o spa foi longo, mas fascinante. O resort era gigantesco, e a c
Caleb A situação já estava ruim o suficiente, mas eu deveria saber que sempre pode piorar.Bruna não parava de gemer exageradamente a cada movimento da massagista, como se estivesse participando de um filme adulto. Pamela já estava vermelha de raiva e constrangimento, e eu tentava ao máximo me concentrar na massagem e ignorar aquele circo ao lado.Mas então, a massagem terminou.A massagista bateu levemente no meu ombro e falou com a voz suave:— Senhor Belmont, terminamos. Podem se levantar devagar.Sentei-me na maca e estiquei os braços, sentindo o corpo leve e relaxado. Olhei para o lado e vi Pamela fazendo o mesmo, respirando fundo. Aparentemente, tínhamos sobrevivido ao pior. Mas eu estava enganado.Bruna também se sentou, jogando os cabelos para trás de um jeito dramático.— Ai, gente, eu tô me sentindo renovada! — disse ela, passando as mãos pelo próprio corpo como se estivesse analisando cada parte. — Acho que agora estou pronta para uma experiência mais intensa…Eu congelei.