Agora que terminei a revisão, terei mais tempo pra caprichar nos próximos capítulos, minha intenção é finalizar esse livro antes do fim de fevereiro desse ano (é bom destacar isso, rs).
Lucas explicou o que o grupo definiu, detalhando que tinham pensado nisso após o recebimento do vídeo e a comunicação de Donato sobre os demais crimes, que claramente tinham sido forjados pelo delegado Queiroz. — Se o delegado foi capaz de falsificar a assinatura do capitão, será capaz de colocar algo na bebida ou comida do capitão para mata-lo sem deixar vestígios — Lucas justificou. — Então decidimos enviar alguém do grupo para trabalhar na prisão e ficar de olho nele. — E estão contratando? — Joana questionou impressionada e agradecida com a iniciativa do grupo em prol da segurança de Maximiliano. — Não. Mas Beto conhece o rapaz que cuida da limpeza interna e da alimentação dos guardas noturnos. Pensamos em pagá-lo para se demitir, assim criando a vaga que necessitamos — explicou e, orgulhoso dele e do grupo por corresponderem à confiança do capitão, anunciou: — Cristiano recomendou que aproveitássemos Gabriel, pois é o único do grupo que o Queiroz desconhece. — Gabriel trabalha
Ansiosa, mergulhada em pensamentos e olhando a todo o momento as horas no celular, Joana deu um sobressalto com as batidas na porta. A voz de Tereza chamando-a a fez correr para atender a porta. — Tê, que felicidade que atendeu meu chamado. Fechando a porta da cabana, Joana indicou para Tereza a poltrona da sala para ela se sentar. — Achou que não viria? — Ter sua amizade mesmo após me tornar o alvo preferido do repúdio da cidade foi surpreendente — Joana comentou desanimada. — Mas temi perde-la depois do que aconteceu ontem... O que você e toda cidade viram... — Nunca me importei com a opinião alheia e não precisa me dar satisfação ou explicações — Tereza a salvou em meio ao gaguejar envergonhado, segurando as mãos de Joana entre as suas para transmitir conforto. — Sinto muito pelo que aconteceu. Os culpados são Dalila e Maximiliano, não você — falou revoltada com a ousadia dos amantes em trair sua amiga em plena festa de noivado. — Já planejava vir oferecer minha ajuda no que pr
Dentro do bar Crista do Mar, durante a madrugada, o grupo de Maximiliano se reunia a espera de Joana e a solução que afirmou ter para facilitar a contratação de Gabriel. Usando agasalho com capuz e sendo escoltadas por Beto, Joana e Tereza entraram pela porta dos fundos, para não despertar o interesse dos curiosos do porto. No interior com forte cheiro de álcool, os amigos de Maximiliano olharam ao mesmo tempo para a jovem a poucos passos de Joana. Uma estranha para a maioria deles, mas Lucas a reconheceu de suas andanças próximo a prisão e conversas com alguns oficiais. — Você trabalha para o Queiroz, não é? — É... Sim... — Tereza disse insegura por causa de toda violência que diziam que aqueles homens eram capazes. Mesmo com Joana tendo garantido que eram gentis, tinha dificuldade de acreditar, principalmente com aquele homem de quase dois metros encarando-a com desconfiança e velada ameaça. — Tereza Braga é minha amiga de infância, uma pessoa da minha completa confiança — Joan
De manhã Joana foi surpreendida por visitantes, uma que a encheu de alegria e outra que era a fonte de sua infelicidade. Ambas desejavam saber como estava o caso de Maximiliano, agora que havia uma prova da mentira de Dalila. — Recusou-me a acreditar. Maximiliano não matou esse homem, tampouco é culpado de contrabando e tráfico. Ele me assegurou que mudou de vida durante a nossa viagem pelo mar — disse sem conter a raiva pelas acusações, não percebendo o despeito nublar os olhos de sua irmã. — E tudo é culpa sua, que iniciou essas acusações absurdas — Joana queixou-se para Dalila. — Foi um engano da minha parte — Dalila apaziguou cansada dos choramingo da outra. Só aceitou acompanhar sua mãe ali, por seu caminho para a prisão. Com uma desculpa qualquer para se livrar de Carmem seguiria para visitar Maximiliano. A intenção a fez questionar: — Pensa visita-lo hoje? — Sim. Irei com Donato depois do almoço — respondeu, comentando com enojo: — E não foi nenhum engano o que você fez. Ao c
Após Dalila e Carmem partirem, Adriano não segurou a queixa contra a consideração que Joana ainda nutria pela traidora. — Não entendo como aceita a visita dela. — É minha irmã — Joana disse simplesmente, poupando ambos de acrescentar que só permitiu a passagem de Dalila por estar acompanhada de sua mãe. — Sobre o que quer falar? — Vim avisar que ontem passei na prisão. Conversei com Queiroz, a respeito do vídeo, e descobri que Maximiliano foi preso também por causa de outros crimes. — Com frieza explicou sem rodeios e sem se apiedar as acusações, não se surpreendendo diante da palidez que tomou a jovem ao anunciar: — Queiroz garante que será condenado e continuará preso por muitos anos. — Donato provará que essas também são acusações falsas — ela retrucou. — Duvide que consiga liberar o Gonzalez. São crimes graves e Queiroz diz ter provas e testemunhos. — Não acredito — ela insistiu. — Donato mostrará que se trata de uma injustiça contra meu noivo. — Maximiliano Gonzalez não pas
No piso inferior, observando o lado de fora de sua cela, Maximiliano ouviu os assobios dos presos, sem compreender o motivo da euforia até uma silhueta feminina apareceu em seu campo de visão. Por um instante teve esperança de se tratar de sua noiva. — Joana! — Maximiliano chamou ansioso, as mãos se projetando as grades e os olhos buscando a noiva. Mas quando procurou a face da mulher, quando faltava pouco para ela enfim chegar junto às barras de ferro, sua desilusão foi notória ao ver que se tratava de Dalila. — Ah, é você... — soltou desanimado. — Como está Maximiliano? — Não muito bem depois da farsa que criou, me colocando dentro dessa cela — ele respondeu com dureza. — Entendo que está magoado... — Magoado é pouco perto do que sinto nesse momento a seu respeito — ele revidou sentando no fino colchão que cobria a cama chumbada. — Deixe-me explicar o motivo do que fiz... — insistiu, porém ele a interrompeu. — Não me interessa explicações. Sei exatamente quais são elas e po
Ódio, puro e corrosivo, era o único sentimento que dominava Iago Savoia. Ódio pela esposa, pela primogênita inútil, pela caçula desavergonhada, mas, acima de tudo, ódio por Maximiliano Gonzalez. Estava entrevado numa cama de hospital, era chacota na cidade e dentro de sua própria casa, tudo por culpa de um novo rico que jamais passaria de um maldito ladrão. — Querido, sente-se melhor? Queria rir, mas nem mesmo isso conseguia fazer. Deitado naquela cama como um inválido, letárgico devido às medicações, sem motivação para nada, além de odiar com o que ainda lhe restava de forças. Seu nome em breve seria jogado na lama, perderia o apoio financeiro dos Orleans e cairia em desgraça aos olhos da alta sociedade, devido à depravação das filhas, da esposa e de um bandido saído do inferno. Se pudesse, erguer-se-ia e colocaria fim as vidas das imprestáveis ao seu redor, e também a do contrabandista, com as próprias mãos. — O doutor garantiu que se descansar e tomar os medicamentos nos horário
Em busca de uma escapatória para sua família, Carmem foi à casa dos Orleans. Planejara levar Dalila consigo, mas a voluntariosa jovem negou-se. Sozinha e desesperada foi recebida pela indiferença de sua prima Kassandra as suas súplicas por ajuda. — Não posso fazer nada! — Por favor, prima, ajude-me! — Diante de nova negativa, apelou para a nova e inquietante situação em que se encontrava. — Iago retorna para casa amanhã, mas continuará acamado por algum tempo, mesmo assim... Está sem falar comigo e com um olhar... — A mulher tremeu ao lembrar-se do olhar do marido durante sua passagem pelo hospital. Ao mesmo tempo em que queria a pronta recuperação do marido, temia esse dia. — Prima, temo pela minha vida e a de minhas filhas — confessou esperançosa de alcançar a misericórdia de Kassandra. Iago jamais perdoaria Joana por ficar do lado de Maximiliano e expor a família da forma que fez. — Vocês merecem isso e muito mais após tudo o que fizeram a mim e a meu filho. — Prima, tenha miser