Olá estrelas da minha vida! Espero que tenham tido uma ótima virada de ano e que em 2023 tenham tudo o que desejam em dobro <3
A frieza da declaração fez o sofrimento atravessando Joana duplicar. Percebeu que era fraca, inútil e insípida para Maximiliano como tantas vezes sua irmã declarou para humilhá-la. Engoliu a seco, mas sustentou um rastro de orgulho ao inclinar-se para pegar a mala. Inesperadamente Maximiliano cobriu sua mão com a dele, fechando os dedos em volta e a movendo para longe da mala, impedindo-a de prosseguir. Maximiliano se aproximou ainda mais, levando suas mãos unidas até o próprio peito, na altura do coração. — Eu te amo, Joana, mais do que achei ser possível. Não quero que vá, mas não posso deixar Kassandra impune — explicou terno, atingido pelo medo de perdê-la sem expor todos os seus motivos. — Essa mulher, que você tem tanta consideração, matou minha família, me perseguiu durante anos e só está mansa nesse momento para proteger o filho. — Está pensando com ódio e teorias maldosas — retrucou, mesmo incerta, pois até sua mãe parecia acreditar nas teorias. Mas precisava afastar aque
Os raios de sol atravessavam a cortina fina da janela do quarto, os filetes deslizando até o casal abraçado na cama, fazendo Maximiliano observar fascinado o contraste contra a face acetinada a poucos centímetros da sua. Afastou uma mecha que caia sobre as pestanas longas e grossas, bonitas como cada detalhe de sua noiva. Beijou de leve a ponta do nariz arredondado, deslizando o seu por ele e pela bochecha macia. Ela tinha demorado a dormir, ainda impactada por tudo que descobriu dos parentes, fazendo perguntas, mas sem insistir em justificativas ou procurar desculpas para o comportamento da madrinha como fazia antes. Seus carinhos a acordou, os olhos piscando alguns segundos até as brilhantes e bonitas íris azuladas focarem os orbes negros. Em silêncio, Joana tratava de conter os latidos de seu coração ao vislumbrar o noivo sorrir charmoso. — Bom dia...! — Joana soltou rouca pelo sono recente. — É sempre bom ao seu lado. Ele puxou para perto, envolvendo a cintura dela com um br
Depois de um jantar silencioso na casa dos Savoia, algo raro quando se tratava de estar no mesmo ambiente de Dalila, Carmem se retirou sem esperança do marido retornar a casa. No entanto, ele retornou, cheirando a álcool, cigarros e perfume barato. Mesmo enojada, Carmem cedeu às vontades do marido, agradecendo quando ele dormiu em seguida, a deixando em paz o restante da noite e a manhã. Desceu para encontrar a filha mais nova na mesa do café. O mutismo e a carranca na face da jovem não eram normais. Temia o significado disso. Dalila nunca foi do tipo reservada, mas estava evidentemente maquinando uma das suas. Uma fonte constante de preocupação para a matriarca Savoia. Seu marido entrou na sala de jantar com a expressão aborrecida, como sempre desde que Joana noivou com Maximiliano. Observou que estava de banho tomado. — Vai trabalhar? — Não. Prefiro continuar fugindo. — Fugindo? — A quem tenta enganar? É o que me restou fazer e, embora odeie isso, é melhor que andar de cabeça
Mesmo tendo de voltar a Recanto Dourado, para convencer sua sogra a pagar o valor cobrado pelo chantagista, Dalila também estava ansiosa em colher os frutos de sua tramoia para azedar o compromisso de Joana. — Reclamou com ele? — Não é da sua conta — Joana respondeu sem retirar a atenção da planilha em que trabalhava. — Deveria arranjar um trabalho também, pra não perturbar os dos outros. — Você é minha irmã e me importo com sua felicidade. Joana encarou Dalila com atenção, reprovando seu cinismo. No dia anterior estivera tão enojada com as revelações sobre as intenções de Maximiliano que só agora percebia que o interesse de Dalila nunca foi proteger a família. E, por causa das intrigas dela, passou pela descoberta mais constrangedora de sua vida, de que a mulher que tanto adorava, que enxergava como uma mãe, era cruel e não praticava nada do que cobrava dos demais. — Basta de fingir, Dalila! Cansei de suportar suas mentiras e veneno! — Joana disse firme e com tom moderado para nã
Atendendo o chamado de Carmem após, e imaginando o possível motivo do convite, Joana seguiu do trabalho direto para a casa de seus pais. Para seu alívio, Dalila partiu para Recanto Dourado, como tinha avisado de manhã, tornando-se menos um problema atormentando-a. — Pedi para Paula nos trazer chocolate quente e biscoitos — Carmem disse sentando a sua frente e apontando uma bandeja com pãezinhos caramelados. — Como está a vida ao lado do seu noivo? — Bem. Donato já finalizou a legalização e Maximiliano está à procura da casa em que moraremos após casar — contou transbordando de orgulho do marido e felicidade. Esfregando as mãos nervosamente em sua coxa, Carmem assentia e soltava sons imprecisos a tudo que Joana dizia sobre os planos futuros, como se a escutasse quando só ouvia os próprios temores. Depois da carta ameaçadora, tinha decidido alertar a filha mais velha. Caso o pior ocorresse, sua filha necessitaria estar atenta e impedir qualquer situação que prejudicasse a família. Me
À noite, sentado na cama ao lado de Joana, Maximiliano colocava em palavras uma das coisas que tomou seu pensamento após a conversa com Margô. — Cometi um erro ao continuar ocultando de você meus planos a respeito dos Orleans — lamentou, observando a expressão reservada de Joana diante do tema. — Não antecipei que outros podiam fazê-lo e da forma errada. Ignorava que Margô usaria isso para prejudicar nosso noivado. — Ela fez isso porque está apaixonada por você — Joana comentou, esclarecendo diante do olhar confuso dele. — Quando dei aulas para ela, Margô falou sobre o que vocês tiveram e que quando retornasse ficariam juntos. — Nunca planejei nada do tipo. Minha intenção com ela é a mesma que tenho com o restante do grupo, proteger como me protegem. — Eu sei. Donato me explicou tudo a respeito de como a conheceu, que a vê como irmã e só deseja cuidar dela, quando o questionei sobre algumas coisas que Margô me contou — explicou titubeando antes de ter coragem para continuar escolhe
Com mãos ansiosas, beijos e carícias abrasadoras removeram os obstáculos criados pelas peças de roupas, encontrando pele nua contra pele nua ao caírem sobre o leito macio com Joana montada na cintura dele. As palmas se espalharam calorosas no peito musculoso, sentindo o coração alucinado, clamando por ela. Os olhos azulados apreciaram o rosto másculo, cravando nas retinas cada detalhe da beleza do homem amado. Maximiliano enrolou a mão em uma mecha, os dedos se espalhando em direção à nuca, puxando-a para si até conectar seus lábios em um beijo lascivo. Mais do que o desejo despertado pelo beijo selvagem, sugando-a, mordiscando e tomando-a com sede, Joana sentia o membro ereto entre suas pernas, enchendo-a de um fogo ansioso por ser aplacado pela junção de seus sexos. Ao afastar suas bocas, os olhos escuros percorreram o corpo de Joana, deslizando como mel pelos seios nus, a barriga e até mais embaixo, as coxas apoiadas em seu quadril: — Você é meu porto seguro — declarou em um mur
As engrenagens do tempo moveram-se, encaminhando para o dia do noivado de Joana e Maximiliano. Muito tinha se transformado naqueles quatorzes dias de longa espera para o casal, e também para os inimigos dele. Mensagens conectavam Recanto Dourado e a cidade de Sanmarino por motivos distintos. Do lado do grupo de Maximiliano, havia troca de informações com Gabriel, coletando qualquer mínimo fato para utilizarem na vingança do Gonzalez. De Recanto Dourado havia Dalila sofrendo com o resultado da mensagem que ameaçou expor seu caso com Maximiliano. Kassandra ajudou no pagamento como imaginou, mas cobrou em troca sua obediência e permanência servil em Recanto Dourado. As constantes humilhações e insultos começavam a fazer Dalila se perguntar se o melhor não seria deixar o caso explodir. Talvez assim Maximiliano voltasse para seus braços. Estava cansada de aturar os insultos velados, e outros nem tanto, da viúva Orleans, e não suportava morar na fazenda, ainda mais com os preparativos do