Souza explica toda a situação, sendo claro e objetivo. Deixando saberem que podem ter problemas. “Isso é um assunto grave!.” O diretor fala com o rosto fechado. “Com certeza, Samara deveria ter exposto à situação, assim que descobriu.” Pedro fala se levantando. “Não é tão simples como pensa. Ela teve seus motivos para não falar. Mas nos trouxe todos os materiais e como cuidar caso apareça os sintomas. Também precisamos avisar outros hospitais e as pessoas ligadas a saúde.” Plínia lembra a eles. “Eu concordo com Plínia. Souza, tem como ficar responsável pela parte de descontaminação?” Daniel pensa rápido. “Claro. É um método simples, um pouco dolorido, pois terão que passar por uma capsula de vaporização quente. Eu preparo para se precisarmos.” “Pedro, pegue os dados e prepare uma sala de exames rápidos, não podemos deixar isso se expandir.” “Farei isso.” “Eu vou falar com Mario, vamos reunir os diretores dos hospitais e os agentes de saúde. Vou marcar uma reunião e Souza pass
Daniel a olha com pesar. “Daniel, eu não posso mudar o que pensam. Mas na minha opinião, estão errados, como vão cuidar de duas crianças, se não conseguem resolver a situação de vocês? Até quando, vai permitir que Denis interfira em sua vida? Os erros já aconteceram e não foi você quem cometeu.” “Plínia, por que fala com tanto rancor de Denis? Ele fez algo para você?” Daniel pergunta encarando ela. Plínia, se ajeita na cadeira e após pensar, é honesta com Daniel. “Minha família, por um tempo, foi normal. Meu pai, trabalhava na empresa dos meus avós. Um dia, conheceu minha mãe e acabaram se casando. Enfim, fez uma escala de funcionário para patrão. Até aí, tudo bem, mas minha mãe faleceu jovem, e ele assumiu tudo. Eu já estava entrando na faculdade. Ao ficar viúvo, ele começou a mostrar outra face que não conhecia. Ele ficava com garotas novas. No início, eu fiquei chateada, mas depois me acostumei. Tudo mudou, quando ele ficou com uma colega de minha classe, a garota era menos de
Plínia encontra Samara conversando com Gabriel. Ela o beija e senta para ouvir, quando chegou, a conversa estava adiantada.“Desculpe mãe. Prometo não fazer isso mais.”“Tudo bem, se continuar a se recuperar bem, logo vai para casa. Isabel se sente culpada com o ocorrido. Então converse com ela e depois, tentem falar o que desejam fazer, antes de agirem. Vou conversar com Souza, sua madrinha ficará um pouco com você.” Fala beijando o filho.“Samara, depois quero falar contigo.” Plínia olha para ela.“Ok. Volto daqui à meia hora.” Fala saindo do quarto. Plínia olha o afilhado e sorri para ele.“E aí, campeão. Como está se sentindo hoje? Nos deixou preocupados.”“Desculpe, madrinha, eu só queria encontrar minha mãe. Mas para não ser encontrado, subi em um galho e perdi o equilíbrio. Já sei que errei.” Fala com tristeza.Ela não consegue ver Gabriel triste, Plínia muda de assunto, para distraí-lo. Após um tempo, ele senta e fala para ela.“Madrinha, todos ficam lembrando que sou criança
Nervoso, Daniel se levanta.“Está confundindo a situação, não falei nada de mais, foi uma fala de tio para sobrinho.” Fala se levantando.“Eu entendo que queira falar de seu passado, ou contar para meus filhos algo sobre você e o pai deles. Mas não vou permitir, que confunda a cabeça deles. Até aceitar a proposta de vir trabalhar aqui, nós tínhamos uma vida tranquila. Agora, preciso lidar com Gabriel que tem 7 anos, se preocupar com problemas que não pertencem a ele. Daniel, não me faça arrepender de ter vindo para seu hospital.” Samara fala zangada.“Samara, sabe que te respeito muito, mas está me acusando sem provas, isso é uma suposição sua.” Ele reage no mesmo tom.“Que seja, meus filhos eram crianças sem esse tipo de conversa, ao vir para cá, parece que nosso mundo virou de cabeça, para baixo. Tudo que eu quero é criar meus filhos em paz. Mas não, você tinha que mexer no passado, descobrir o que seu irmãozinho fez, eu não queria isso! Teria procurado na época a verdade. Coloque u
Eles ficam calados se olhando, Daniel fala sem se controlar e Plínia fica surpresa ao ouvir a declaração dele. Diante do fato de estarem surpresos, não escutam Samara que se aproximou, ela arregala os olhos e fica olhando para eles. Plínia é a primeira a ver. “Sam! Está tudo bem?” Pergunta se aproximando e olhando para ela. Daniel, fica pálido, a marca em seu rosto, fica mais nítida. Samara respira fundo antes de falar. “Eu estou bem. Daniel, nunca aceitaria seu amor, olhar você, é lembrar do meu passado, lembrar de Denis. Seja apenas tio de meus filhos. E não se aproxime de mim, não quero uma cópia de alguém que me traiu, na minha frente.” Fala friamente e entra apressada no hospital. Plínia olha Daniel e corre atrás de Samara. Ele fica arrasado e enfia as mãos no bolso e se afasta, entrando no carro, Daniel, sente seu mundo ruir com as palavras de Samara, ele não desejava que ela descobrisse o amor que tinha por ela. Samara anda rápido pelo corredor. “Espere Samara! Vamos co
Nesse momento, Isabel entra correndo e abraça seu irmão. “Que bom que chegou, eu me senti sozinha sem você.” Fala abraçada a ele. “É, voltei, vou precisar de ajuda nos deveres, também senti sua falta.” Samara, sem saber o que fazer, deixa os dois sozinhos e vai para a sala, onde encontra Plínia. Ela senta e passa a mão pelo cabelo. “Hiii, parece que foi atropelada.” Diz olhando para a amiga. “De certa forma, acho que fui. Meu Deus, que dia é esse? Estou no centro de um tornado, vivendo o astral invertido.” “Opa! O que foi? Nunca te ouvi falar assim.” Plínia parou o que estava fazendo e olha para ela. “Sério, hoje foi aquele dia que ninguém deseja ter. Primeiro, foi Daniel. Agora, Gabriel. Juro que não consigo entender.” “Eu também fiquei surpresa com Gabriel, ele me chamou de complicada! Acredita?” “Plínia, o que está acontecendo? Eu não consigo acompanhar os acontecimentos, estou mais preocupada com as coisas que estão acontecendo.” “Pelo que entendi, mas é meu pensamento
Samara olha para Plínia, sem saber o falar para Plínia, que se levanta e fala quase sozinha. “Acho que preciso ficar sozinha. Também tenho que rever meus conceitos e buscar respostas.” Fala saindo deixando Samara sozinha. Ela serve um café e toma devagar, pensando em tudo que ouviu. Daniel, está em seu escritório, olhando para o vazio. Mario entra e percebe que ele não trabalhou. “O que está te incomodando?” Fala colocando uma pasta sobre a mesa. “Nada, estou distraído.” Responde se ajeitando. “Sua distração, tem nome, Samara Resende. O que aconteceu, aqui e fora do escritório?” Daniel tem em Mario um grande amigo, além do trabalho. Ele vai até a janela e começa a contar todos os fatos. Mario, escuta com atenção. Quando Daniel termina, ele fala para ele. “É um assunto delicado, deve considerar os sentimentos de Samara, até os seus são confusos. Dê um tempo para os dois, ajuste sua cabeça, também tem sentido culpa pelo que aconteceu com Denis, com ela não é diferente, só qu
Samara, reagindo, fala para os dois. “Não se preocupem, irei comprar outro para vocês. Me contem direito, sobre isso de treinar com Souza.” Ela pergunta curiosa. “Venham lanchar, eu explico. Essa casa, hoje, está fora de controle. Isabel, vá chamar sua madrinha.” Isabel sobe rápido e os outros sentam, esperando a volta de Isabel com Plínia. Souza serve café aos adultos e leite a Gabriel. Plínia chega com Isabel, elas sentam e Souza, conversa com eles. “Por enquanto, o problema de Gabriel, está controlado. Ele sabe que assuntos de adultos, crianças ficam de fora, para que não fique inventando problemas, eu lhe dei uma missão. Após colocar os trabalhos da escola em dia, vai com Isabel, treinarem comigo no laboratório, mas não se preocupem, vão ficar no alojamento. Não irão ficar expostos. Plínia, mesmo não atuando na medicina, seu conhecimento vai ser útil, preciso que assuma comigo a responsabilidade de arrumar o lugar de desintoxicação se, por infelicidade, alguém aparecer inf