Um mês depois, eles organizam um encontro para falarem sobre o assunto. Daniel, organiza esse encontro em um salão de um hotel. Muitas pessoas vieram de fora para participarem. “Mãe, vamos poder participar?” Gabriel pergunta ansioso. “Desculpe, meu amor, mas é só para os diretores e os responsáveis pela saúde. Ainda não pode ir nesses eventos.” Ela fala com franqueza. “Tudo bem. Só estou curioso em saber como é.” “Imagina uma reunião de pais, eles falam sobre o desempenho do aluno, suas notas e sua progressão. Acho que serve como exemplo.” Fala sorrindo. “Eca! Eu não gosto de ficar ouvindo um monte de gente falando.” Isabel se manifesta. “Nem eu. Está bem, vamos ficar em casa.” Gabriel fala mais tranquilo. “Lembra da baba que ficou com vocês na casa de seu tio? Ela virá ficar aqui, até voltarmos.” Samara avisa a eles. “Mãe, não podemos ficar na casa de meu tio? Lá tem um monte de coisas legais.” Isabel pergunta. “Liguem e procure saber, se puder, eu levo você
Souza, toma a iniciativa de fazer com que reajam.“Deixe as perguntas para depois, temos que resolver essa situação. Pedro, os convidados, onde estão?”“Em uma sala reservada esperando. Eles estão nervosos e agitados.” “Vá até o diretor e peça que diga que a situação foi resolvida, não podemos deixar a informação que Samara foi levada. Mario, verifique se tem alguém, colhendo informações sobre esse evento. Nada do que aconteceu pode vazar na mídia.” Fala com firmeza.“Souza, o que vamos fazer?” Plínia, fala chorando.“Primeiro se controle. As crianças estão esperando nossa volta. Eles não podem saber de nada por enquanto. O que Samara quis dizer com o aparelho de holofote? Alguém tem alguma ideia? Nunca fizemos isso.” Fala pensativo. “Eu não vou ficar aqui esperando para saber o que vai acontecer, vou encontrar Samara. “ Daniel fala descontrolado.“É? Onde vai achar Samara?” Souza pergunta nervoso.Daniel senta desconsolado. Ele coloca a cabeça entre as mãos e quase puxa os cabelos,
Enquanto isso, Samara está amarrada, no banco traseiro de um carro. Quando já estavam distantes do hotel, o homem para o carro e sai nervoso, acendendo um cigarro, Samara olha em volta para lembrar do lugar. Ela chama a atenção do homem, que abaixa para olhar para ela, pela janela. Samara, faz sinal para lhe tirar a mordaça que a impede de falar, impaciente, ele tira e pergunta o que ela quer.“Não precisava me prender. Eu não vou fugir ou chamar atenção de ninguém.” Fala impaciente.“Doutorazinha, acha que, pode dizer o que faço? Está enganada, você vai ficar quieta e fazer o que eu mandar.” Fala soprando a fumaça do cigarro no carro, Samara tosse e responde a ele.Está machucando meu braço e minha mão, estando machucada, não vou conseguir fazer nada, e será culpa sua. Não resisti quando me pegou, não vou fazer nada, não precisa me prender.” Fala com calma.O homem olha preocupado para as mãos dela, realmente estão ficando escuras, ele abre a porta e a desamarra, Samara esfrega as mã
Samara, passa amão pelo cabelo pensativa. Depois fala um pouco zangada.“Cara, você fez um drama ao me pegar, deixou as pessoas apavoradas, com medo do que iria fazer, agora me diz que não sabe o que tem nessa seringa? Sabe que pode estar matando quem mais quer proteger? Onde estava guardo isso?”“Eu escondi em minha casa, mas estava bem embalado.” Fala ansioso.“Bem embalado? Isso não se embala, tem que destruir. Você pode ter contaminado sua família e você! Agora até eu posso estar infectada. Pode até me agredir, mas foi um tremendo babaca, colocando sua família em risco.” Fala desesperada.O homem percebe que ela não está brincando, assustado, olha angustiado para ela.“Doutora, minha esposa está doente e tenho duas filhas pequenas. O que faço?” “Me deixa pensar, quando sua esposa começou a passar mal?”“Foi no início do experimento. Eu não tinha pegado a amostra ainda. Peguei após voltar.” Samara anda pensativa em volta do carro, ela está pensando em tudo que aconteceu. O homem
Souza desliga o telefone, e senta com as pernas fracas. Ele fecha os olhos, para se recuperar de tudo que ouviu. Pedro se aproxima e coloca a mão em seu ombro.“O que aconteceu? Fiquei te observando, enquanto conversava no telefone.”Souza conta tudo para Pedro.“É essa a situação, mas existe um problema como Samara já disse. Todos vão reagir, ao saber que ela está voltando com eles. Samara teve que entrar na casa do sequestrador e cuidar de todos. Ela também tem que se isolar. Como explico isso para Plínia e Daniel? Tem as crianças. Juro que nessa hora, eu queria ser apenas uma pessoa comum.”“Não diga besteiras, Ninguém sabe que estão vindo. Vamos tirar todos daqui, depois, resolvemos o que fazer. Eu tenho uma ideia.” Fala ajudando ele a se levantar.Daniel e os outros, estão esperando fora da sala de isolamento, ao verem os dois, se aproximam e perguntam por notícias.“Ainda não temos nada concreto. Plínia e Daniel, precisam ir para casa e ficar um pouco com as crianças, já se pass
Samara, após atender todos, senta e colhe seu sangue.“Souza, não deixe de trazer os resultados. Acho que todos já estão limpos e descansando.” Fala olhando para Gael e sua família.“Daniel e Plínia, querem lhe ver. Eles estão esperando.”“Peça um uniforme limpo para mim, vou tomar um banho. Avise que depois dos resultados, decido. É melhor eu não os ver, por agora. Peça que cuidem de Gabriel e Isabel. Não se preocupe, estou bem, apenas preocupada com a esposa de Gael, ela é quem está pior. Por enquanto, prefiro ficar sozinha com eles.” Souza providencia o que ela pediu e depois sai. Samara, toma um banho e joga sua roupa no lixo para queimar, ela senta em uma poltrona e encosta a cabeça pensativa, o silêncio do quarto, envolve ela e Samara adormece. Souza tira uma foto e manda no privado de todos. Daniel, ao sentir o telefone vibrar, abre o chat e vê Samara dormindo. Seus olhos enchem de lágrimas. Plínia e Mario, também viram e ao olhar para ele, percebem seu estado. Os dois se a
Gael fica olhando para o vazio, ela levanta e pede que chame Plínia e Daniel. Eles entram quase correndo. Plínia e Daniel colam o rosto, no vidro que os separa. Samara os olha com um sorriso. “Plínia, preciso que grave um vídeo para os garotos. Depois espere para mostrar, quando eles estiverem tranquilos, eu vou passar pelo procedimento de limpeza. Quero que vá ficar com as crianças.” “O quê? Como assim? Por que está deixando a gente de fora?” Ela pergunta angustiada. “Plínia, sabe que abracei a medicina, eu tenho consciência de todos os riscos que essa profissão oferece. Não posso deixar de pelo menos tentar salvar uma vida, aqui são 3 vidas. Pois uma já se foi.” “Mas o culpado é ele.” Daniel fala nervoso. “Aqui ninguém é culpado, todos são pacientes. Se não consegue controlar seu emocional, peço que se retire. Não irei deixar de cuidar de alguém, seja culpado ou não. Depois ele será julgado pelo seu ato.” Samara fala séria. Daniel se afasta em choque. “Plínia, prepare pa
Eles vão à sala de monitoramento e Pedro conversa com o segurança, colocando a sala onde Samara está, em um monitor, voltando à gravação, pede que assistam. Eles assistem tudo o que aconteceu desde que ela entrou na sala, com a família. “Agora que já sabem, tomem atitudes certas, não culpem Souza. Ele não a deixou nem por um momento. Não julguem pelo que não acompanharam.” Pedro defende Souza. Depois sai com eles da sala. Plínia e Daniel, saem e pegam o carro para casa. Eles seguem calados. As crianças, ao chegarem, recebem o vídeo de Samara. “Olha Gabriel, mamãe está ajudando as crianças!” Isabel fala com um sorriso. “Claro, ela é médica, esqueceu?” Fala sério. Plínia tem um nó na garganta. Daniel pede licença e vai para o escritório. Ele fecha os olhos e deixa sua mente vagar. As crianças, inocentes, não sabem o que é a realidade, Samara não sabe quanto tempo está com o vírus, tanto ela e o Gael, vão passar pela desintoxicação e tem risco de ser tarde, igual fo