Mônica — Sandro, oi! – Não sei como reagir diante desta visita inesperada.— Como vai a minha polonesa favorita?— Oi Sandro, como vai? Olha, eu gostaria que nossas conversas ou cumprimentos fossem mais formais. Eu não gosto desse tipo de intimidade.— Ah, me desculpe, não quis ser inconveniente, só gosto de brincar com as pessoas.— Tudo bem, mas já que está aqui, aproveite os comes e bebes, se quiser tirar fotos e postar nas suas redes sociais, já me ajuda bastante.— Nem precisa pedir, farei isso com prazer! Ele pega uma taça de champanhe e fala:— Se você quiser, posso te apresentar uma galera que vai amar investir na sua marca. Eles são da Carolina do Norte, poderíamos ir lá num final de semana, tenho certeza que sairá de lá bem realizada e satisfeita. Esse comentário dele me dá nojo, entendi o duplo sentido dessa frase, eu preciso fazer com que ele não venha mais aqui, mas não farei isso agora, até porque tenho convidados, e o que menos preciso é estragar este momento.— Me d
Mônica Me despeço da última convidada fechando a porta da loja, já é bem tarde e Lucy ficou até o último minuto. Olho para ela, que aguarda ansiosa para falar comigo. Ela e Cassie estão me olhando preocupadas e não entendo o que pode estar acontecendo.— Vamos subir, e vocês duas me contam logo o que se passa.— Está bem! Já no apartamento, tiro minha sandália e sento numa cadeira de frente para as duas, que estão no sofá de 3 lugares.— Então…??— Não surta Mônica, mas queremos que saiba de uma coisa. – Lucy começa.— Estou esperando vocês acabarem com esse mistério.— Sabe aquela bebida que me deu na última vez que nos vimos? – Cassie pergunta.— Sim, Sandro mandou fazer para mim, mas eu não estava com vontade de beber.— Então, ela provavelmente estava com alguma coisa. Segundo meus amigos, eu comecei a agir de forma estranha, passei mal, vomitei, desmaiei até ser levada para o hospital. Eles acharam algo no meu sangue, e provavelmente estava na minha bebida. Um arrepio de me
Morgan Tudo deu errado nesta viagem. Sandro nos mandou ao hotel errado, nos fazendo atrasar para os ensaios. Ele deveria estar aqui para a coletiva de imprensa, mas não, ele nem sequer atende ao celular. Tive que tomar a frente de tudo, além de fazer o meu trabalho, tive que fazer o dele também. Jason me acalmou durante esses dias, e me acalmou fazer chamada de vídeo com Mônica me dava mais vontade de terminar tudo e voltar logo para ela. Quando fizemos uma chamada de vídeo para ela, fiquei feliz por vê-la feliz, porém fiquei triste por não estar lá e prestigiá-la nesse momento tão importante. Foi nesse momento que percebi que ela era compreensiva e madura o suficiente para entender nosso trabalho. O evento estava cheio, Mônica estava radiante e quis dividir essa alegria conosco. Porém minha alegria caiu por terra ao ver Sandro… aquele desgraçado ficando tão, mas tão próximo dela, que a minha vontade era entrar na tela e acabar com a raça dele em segundos.— Está fazendo uma live
Jason Nunca vi Morgan com raiva daquela maneira, ele é um rapaz muito tranquilo e responsável, e se antes eu tinha alguma dúvida de que ele ama Mônica, agora já não tenho mais. Percebi que ele é capaz de tudo para protegê-la.— Eu vou processar vocês dois, vocês estarão muito ferrados até o final do dia. Vão se arrepender de ter pensado em aparecer na minha porta. – Sandro grita a plenos pulmões.— Você deveria admitir o qual abusador você é, não aguenta ver um rabo de saia e perde totalmente o controle das suas ações, obrigações e respeito. Tenho pena da sua esposa, que apesar de ser uma mulher incrível, não enxerga o quão sem caráter é o marido.— Você tem inveja, que transei com cada um daquelas garotas, eu sou um homem de verdade, não sou viadinho como vocês dois!“ Da onde ele tirou isso?” Por mais incrível que pareça, Morgan não reagiu à provocação de Sandro, na verdade eu até vi um sorrisinho sutil no canto dos seus lábios, mas não entendi porque.— O que está acontecendo aq
Mônica Acordo bem lentamente, lutando para despertar do sono que ainda sinto, pois preciso ir ao banheiro. Lutando para abrir os olhos, sinto um peso em todo o meu corpo. Lucy é magra e leve, mas ela está toda entrelaçada em mim.— Lucy, me solta, eu preciso ir ao banheiro. Ouço um gemido rouco, e vem da frente dos meus seios, estranhando isso, abro os olhos e me surpreendo com cabelos curtos e escuros, abraçado a mim como se eu fosse fugir, enfio meus dedos em seus cabelos macios e seus braços me puxando mais pra ele.— Morgan? – chamo com a voz fraca pelo sono.— Humm… — Ele responde ainda dormindo, e enfia o nariz entre meus seios, se sentindo confortável.— Quando voltaram? – Pergunto sentindo Jason respirando no meu pescoço e se aninhando a mim, com sua perna entre as minhas. – Cadê a Lucy? Eles não respondem porque ainda estão sonolentos, levo minha mão para trás da minha cabeça, para sentir os cabelos grossos e bagunçados de Jason. Então tento me levantar mas os dois imediat
Mônica — Você quer ter filhos, Mônica? Com nós dois? – Morgan pergunta com as sobrancelhas franzidas, apertando meu coração.— Calma gente, foi só uma brincadeira, eu não queria que pensassem que é sério! Foi só uma piada boba… sabe aqueles vídeos que os bebês ficam na porta do banheiro esperando a mãe? Então foi só isso. Jason abaixa a cabeça e apoia entre as mãos, Morgan não me olha nos olhos e aperta o ombro do amigo, como se o consolasse.— Droga, não aguento todas essas emoções de uma vez! – Jason levanta a cabeça mostrando seus olhos vermelhos e lágrimas escorrendo no rosto.Estou embasbacada com a reação dele com uma piada.— Caramba gente, não estou planejando ter filhos, qual o problema de vocês? FOI SÓ UMA BRINCADEIRA! — Calma Mônica, não precisa ficar nervosa! – Morgan tenta apaziguar. – Você não planeja ter filhos um dia? Diante desta pergunta, prefiro mentir ao ver Jason chorando de medo, ou sei lá porque está chorando.— Não! Quer dizer… não sei! – Falo sem ter certe
Morgan Nunca pensei em ser pai, jamais planejei isso, até porque sou novo para isso e tenho muitos planos para a minha carreira. Mas quando ouvi Mônica gritar do banheiro, se tivesse filhos eles seriam como Jason… nós dois paralisamos. Eu estava rindo da cara de cachorrinho abandonado de Jason, que batia incessantemente na porta totalmente nu. Ele me olhou em choque por ela ter mencionado isso, e eu, de uma maneira bem imseperada imaginei aquela cena. Dois menininhos, um loiro e um moreno com pijamas de dinossauros a chamando sem parar. Ele sorri, um sorriso genuíno sua quase não cabe no seu rosto, e eu até chego a me emocionar com a possibilidade. Jason tem uma relação muito boa com a criançada, e elas amam ele. Jason sempre disse que se algum dia uma mulher aparecesse grávida dizendo que o filho era dele, seria a sua maior alegria. Mas Mônica explicou que não era verdade, era só uma brincadeira. Uma brincadeira… isso nos deixou devastados, é como se tivéssemos ganhado na loter
Mônica Entrei em desespero quando desci as escadas e vi uma viatura da polícia, Morgan com cara de poucos amigos e Sandro, que me fuzila com o olhar e estou totalmente perdida nesse assunto. O policial segura no braço de Morgan o conduzindo para o carro e entrei em pânico, mesmo ele dizendo para eu não me preocupar e que vai ficar tudo bem. Enquanto todo esse caos ronda a minha volta, com Sandro incentivando a prisão de Morgan, provocando Jason, que bate boca com ele, mas ver aquele carro preto gelou minha espinha. Ele passa devagar, quase que em câmera lenta, sinto as mãos de Jason puxando meu rosto para ele, me tirando do transe.— Mônica, você está bem? Ficou branca igual papel!— Jason, eu acho que estou sendo perseguida! A-aquele carro preto ali, eu vi ele no hotel, aqui na frente de casa…— Qual carro preto? – Ele pergunta e eu olho a rua sem ver ninguém além de Sandro falando com uma mulher, e o fluxo normal de veículos.— Será que estou louca?— Não, você está ansiosa por