Mônica Acordo bem lentamente, lutando para despertar do sono que ainda sinto, pois preciso ir ao banheiro. Lutando para abrir os olhos, sinto um peso em todo o meu corpo. Lucy é magra e leve, mas ela está toda entrelaçada em mim.— Lucy, me solta, eu preciso ir ao banheiro. Ouço um gemido rouco, e vem da frente dos meus seios, estranhando isso, abro os olhos e me surpreendo com cabelos curtos e escuros, abraçado a mim como se eu fosse fugir, enfio meus dedos em seus cabelos macios e seus braços me puxando mais pra ele.— Morgan? – chamo com a voz fraca pelo sono.— Humm… — Ele responde ainda dormindo, e enfia o nariz entre meus seios, se sentindo confortável.— Quando voltaram? – Pergunto sentindo Jason respirando no meu pescoço e se aninhando a mim, com sua perna entre as minhas. – Cadê a Lucy? Eles não respondem porque ainda estão sonolentos, levo minha mão para trás da minha cabeça, para sentir os cabelos grossos e bagunçados de Jason. Então tento me levantar mas os dois imediat
Mônica — Você quer ter filhos, Mônica? Com nós dois? – Morgan pergunta com as sobrancelhas franzidas, apertando meu coração.— Calma gente, foi só uma brincadeira, eu não queria que pensassem que é sério! Foi só uma piada boba… sabe aqueles vídeos que os bebês ficam na porta do banheiro esperando a mãe? Então foi só isso. Jason abaixa a cabeça e apoia entre as mãos, Morgan não me olha nos olhos e aperta o ombro do amigo, como se o consolasse.— Droga, não aguento todas essas emoções de uma vez! – Jason levanta a cabeça mostrando seus olhos vermelhos e lágrimas escorrendo no rosto.Estou embasbacada com a reação dele com uma piada.— Caramba gente, não estou planejando ter filhos, qual o problema de vocês? FOI SÓ UMA BRINCADEIRA! — Calma Mônica, não precisa ficar nervosa! – Morgan tenta apaziguar. – Você não planeja ter filhos um dia? Diante desta pergunta, prefiro mentir ao ver Jason chorando de medo, ou sei lá porque está chorando.— Não! Quer dizer… não sei! – Falo sem ter certe
Morgan Nunca pensei em ser pai, jamais planejei isso, até porque sou novo para isso e tenho muitos planos para a minha carreira. Mas quando ouvi Mônica gritar do banheiro, se tivesse filhos eles seriam como Jason… nós dois paralisamos. Eu estava rindo da cara de cachorrinho abandonado de Jason, que batia incessantemente na porta totalmente nu. Ele me olhou em choque por ela ter mencionado isso, e eu, de uma maneira bem imseperada imaginei aquela cena. Dois menininhos, um loiro e um moreno com pijamas de dinossauros a chamando sem parar. Ele sorri, um sorriso genuíno sua quase não cabe no seu rosto, e eu até chego a me emocionar com a possibilidade. Jason tem uma relação muito boa com a criançada, e elas amam ele. Jason sempre disse que se algum dia uma mulher aparecesse grávida dizendo que o filho era dele, seria a sua maior alegria. Mas Mônica explicou que não era verdade, era só uma brincadeira. Uma brincadeira… isso nos deixou devastados, é como se tivéssemos ganhado na loter
Mônica Entrei em desespero quando desci as escadas e vi uma viatura da polícia, Morgan com cara de poucos amigos e Sandro, que me fuzila com o olhar e estou totalmente perdida nesse assunto. O policial segura no braço de Morgan o conduzindo para o carro e entrei em pânico, mesmo ele dizendo para eu não me preocupar e que vai ficar tudo bem. Enquanto todo esse caos ronda a minha volta, com Sandro incentivando a prisão de Morgan, provocando Jason, que bate boca com ele, mas ver aquele carro preto gelou minha espinha. Ele passa devagar, quase que em câmera lenta, sinto as mãos de Jason puxando meu rosto para ele, me tirando do transe.— Mônica, você está bem? Ficou branca igual papel!— Jason, eu acho que estou sendo perseguida! A-aquele carro preto ali, eu vi ele no hotel, aqui na frente de casa…— Qual carro preto? – Ele pergunta e eu olho a rua sem ver ninguém além de Sandro falando com uma mulher, e o fluxo normal de veículos.— Será que estou louca?— Não, você está ansiosa por
Mônica Uma semana depois…— Tem certeza que não quer que Morgan vá junto? – Pergunto vendo Jason arrumar sua bolsa para ir à despedida de solteiro do irmão. – Eu ficarei bem sozinha, aliás, tenho tanto trabalho, que provavelmente vou virar a noite.— Nada disso, você não deve ficar sozinha, porque mesmo com supervisão, Sandro ainda está solto, e até sair sua sentença, não podemos confiar nele. Depois que saímos da delegacia, todos os acontecimentos vieram em seguida. Lucy e suas amigas, convencidas pelo namorado investigador, conseguiram juntar provas como: Mensagem de texto, de áudio, gravações que elas mesmo fizeram, e o ponto chave do caso, foi o testemunho e confissão do garçom sobre o Boa noite Cinderela na bebida de várias mulheres, todos a pedido de Sandro. Na casa dele foram encontradas vários Pendrives com a prova de seus crimes e material de extorsão e ameaças. Ele com certeza irá pagar caro, é só questão de tempo, pois toda a sua família está a favor da justiça. Morga
Mônica Morgan está deitado na cama, com a cabeça no meu colo, faço um cafuné nele, seus olhos estão quase se fechando pelo sono, pois não dormimos muito essa noite, Jason e Morgan estavam insaciáveis, não sei como eles tem tanta energia e despertam em mim toda essa safadeza. Ele tinha ido buscar sua família no aeroporto e assim que deixou eles na casa do tio, Morgan voltou para ficar comigo. O repreendi por não ter ficado com a família, mas ele disse que passaremos um tempo juntos na festa do irmão de Jason. O que me deixou mais insegura ainda, porque vou conhecer todos de uma vez. Lembrar do casamento me levou até a despedida de solteiro do meu “cunhado”, será que Jason terá maturidade o suficiente para se comportar numa ocasião dessas?— Sinto seus neurônios trabalharem muito, o que está pensando? – Morgan fala ainda de olhos fechados.— Não estou pensando em nada, só estou admirando seu belo rosto jovem, quase angelical, com uma pitada de homem fatal. Ele sorri abrindo somente
Morgan Mônica pensa que eu não percebi seu receio sobre a despedida de solteiro, ela tenta ser forte e durona, mas por baixo daquela casca grossa, tem uma donzela frágil, e não tem nada de errado com isso. Hoje foi um dia muito cheio e corrido para mim, busquei meu pai e irmã no aeroporto, os levei para a casa do meu tio e almocei com eles, me sinto bem em ter eles aqui, tão próximo a mim. Depois eles irão ficar na minha casa por uma semana até voltar para a França. Hoje também iria fechar com a imobiliária sobre um imóvel perfeito para abrir a minha agência, mas Mônica precisava mais da minha atenção do que nunca. Mônica está apreensiva e medrosa para conhecer minha família, e eu ansioso para minha família conhecer a mulher da minha vida e da vida de Jason. Mas vou respeitar o espaço dela, até porque não será por muito tempo, Mônica não poderá fugir desse compromisso por muito tempo. Olho para ela inquieta no banco do carona, roendo as unhas que já estão curtas. Ela sempre foi
Morgan Ela claramente sente dor, me deixando amedrontado.— Ei… você está bem? – Pergunto, e ela se assusta.— Ah, oi… sim, estou bem…— Você parece sentir dor! Ela me olha sem graça, e parece tentar se cobrir, ela desliga o chuveiro e pega a toalha enrolando no corpo rapidamente, e antes de sair do banheiro eu seguro seu braço.— Está fugindo de mim? Queria tomar banho com você.— Desculpe Morgan, é que eu já terminei, vou me trocar agora.— Mônica, me fala agora o que está acontecendo, está fugindo de mim. Ela sorri como se eu estivesse equivocado.— É que eu estou menstruada, senti uma leve cólica, só isso.— Então é isso? Dói muito? – A puxei para meu abraço, sentindo muito por isso.— Está tudo bem, vou tomar um remédio e ficarei ótima. Vê-la assim, tão sensível e menstruada desperta algo estranho em mim, aperto sua cintura e com a outra mão levanto seu rosto, minha respiração acelera, porque do nada, minha vontade é sentir como é fazer isso. Beijo sua boca de maneira calm