DAMON Me encostei contra a cabeceira da cama, com o telefone em uma mão e a outra acariciando seus cachos macios enquanto ela dormia, seu corpinho encolhido em meu colo, sua respiração lenta e constante. Ela parecia tão em paz. Eu não a mereço. Nem um pouquinho. Voltei para o meu telefone, rolando as negociações comerciais, procurando algo para ocupar minha mente. Mas não funcionou. Porque eu não conseguia parar de pensar na informação que recebi dias atrás. Eu finalmente descobri porque ela parecia diferente e tensa. Quando ela não estava falando comigo, eu fazia o que faço de melhor... mandava meus homens segui-la. Eu sabia onde ela ia, com quem estava, cada lugar que ela pisava. Um desses lugares foi uma clínica. Não uma clínica comum. No começo, ignorei. Queria que ela me contasse. Mas ela nunca o fez. Ela acordou, seu corpo se mexendo e seu rostinho sonolento se inclinando em direção ao meu. Olhos semicerrados, lábios fazendo beicinho, voz doce e preguiçosa qua
JOYCE— Abaixe-se. — Damon ordenou me fazendo arrepiar.Eu me inclinei, não precisei me virar para saber que ele estava me encarando. Soltei um suspiro, sentindo a dor aguda da palma da mão dele na minha bunda.— É melhor você não se curvar com esse vestido. — ele avisou, com um tom sombrio e cheio de promessas.Revirei os olhos, fiquei em pé e alisei meu vestido. O telefone de Damon tocou, desviando sua atenção.— O quê? — ele atendeu, já parecendo irritado.Observei seu rosto mudar. De irritado a sério, ele franziu as sobrancelhas enquanto ouvia.Então ele desligou, toda sua energia tinha mudado.— Tenho negócios para resolver, querida. Chego aí mais tarde.— Você está me deixando ir à balada sozinha vestida assim? — provoquei, inclinando a cabeça. — Espero que ninguém...Eu nem consegui terminar a frase antes que a mão dele estivesse em volta do meu pescoço, apertando-o com força.Meus olhos se arregalaram, minha respiração ficou ofegante quando ele inclinou a cabeça, seus lábios s
JOYCE Mordi o lábio, nervosa. Sei que o Damon quer falar sobre o bebê. Mas não sei o que dizer. Não sei como dizer. Suspirei, peguei minha taça de vinho e fui até a porta quando a campainha tocou.Damon entrou com os dedos já afrouxando a gravata. — Pode começar a falar. — murmurou, jogando a gravata no sofá. Então, ele começou a desabotoar a camisa.— Damon eu...— Por que você fez isso?Meu estômago se revirou. Engoli em seco, sem me virar para ele. — Não sei... Eu simplesmente não estava pronta para um bebê. — admiti, com a voz embargada enquanto sentia as lágrimas queimando meus olhos.— Shhh. — ele murmurou, dando um beijo na minha testa.— Desculpe. — eu disse, enquanto as lágrimas começavam a cair. — Foi egoísmo. Eu não te contei e ainda...— Querida, tudo bem. — ele interrompeu, com um tom mais suave do que o normal. — Não foi egoísmo. É o seu corpo. — Ele suspirou, passando a mão pelo rosto. — É, eu queria que você me contasse, mas se você não estava pronta, não estava.
JOYCE — Querida, é só isso que você trouxe? — Damon perguntou olhando para as sacolas que coloquei na cama como se eu o tivesse insultado.Franzi as sobrancelhas. — O quê?Ele se aproximou, revirou minhas coisas como se estivesse pessoalmente ofendido, balançando a cabeça. — Não, não era isso. Você quase não comprou nada.Dei uma risadinha, dobrando a camisa que comprei. — Damon, não vou gastar seu dinheiro.E assim, de repente, ele caiu na gargalhada, uma gargalhada grave, psicótica e descontrolada. Olhei para ele como se ele tivesse perdido o juízo, o que, sejamos sinceros, já se foi a muito tempo.Ele segurou meu braço e começou a me arrastar para fora do quarto.— Damon, que porra é essa? — gritei, tropeçando atrás dele enquanto ele me puxava por aquela mansão enorme.Descemos as escadas.Depois desce mais escadas.Então... descendo mais uma escadaria.Droga, preciso malhar.— É aqui que você vai me matar? — perguntei secamente, recuperando o fôlego.Damon se virou, sorrindo
JOYCE De volta em casa, deitei na cama, assistindo Netflix, finalmente relaxando. Então, é claro, meu telefone começou a tocar. Suspirei muito alto porque odeio ser interrompida quando estou imersa na minha paz.Peguei meu telefone e era uma chamada de vídeo do Damon. Hesitei por um segundo antes de deslizar para responder.Este homem... Corte de cabelo novo. Terno. Parecendo um modelo. Enquanto isso, eu usava uma camiseta larga, sem sutiã.— Oi, candy. — ele sorriu, seus dentes brancos e perfeitos brilhando na tela.Estreitei os olhos e me sentei na cama.— Oi... aonde você vai com esse visual?— Para um encontro. — ele disse, com toda a indiferença.Eu congelei. Encontro??Eu nem sabia o que dizer. Até que ouvi a campainha tocar.Ah, ele está brincando comigo.Ainda na chamada, saí da cama, pisando descalça no piso de madeira enquanto descia as escadas. Eu destranquei a porta, abrindo-a e lá estava ele.Parado na minha porta naquele terno, segurando um buquê de rosas e sorrindo com
DamonEla é linda.Sentada à minha frente, a luz bruxuleante das velas fazendo suas joias brilharem, aquele vestidinho justo abraçando seu corpo, piercings nos mamilos aparecendo como uma provocação. Acho que ela não tinha a mínima ideia de como me deixava louco.O garçom pousou nossos pratos, mas eu mal olhei para a comida. Meu apetite era por ela. Cortei meu bife, observando-a enquanto ela mergulhava um pedaço de lagosta na manteiga e dava uma mordida.— Você gostou? — perguntei em voz baixa.Ela assentiu, engolindo em seco. — Está bom.— Mas não é melhor que eu. — Dei um sorriso irônico.— Você é tão convencido.Lambi os lábios, ainda olhando para ela. — Não, candy. Só constatando os fatos.Ela desviou o olhar, mas vi o pequeno sorriso que ela tentou esconder.— Conte-me sobre sua família.Ela piscou, como se não esperasse por aquilo. Nem eu, para ser sincero.— Minha família?— Sim. Pais, irmãos, tudo isso.Ela se mexeu um pouco, girando a taça de vinho entre os dedos. — Bem.
Eu me conformei com um conjunto de duas peças de saia preta e top curto. Penteei meu cabelo para trás em um coque e usei acessórios dourados.Eu vi meu reflexo no espelho, sentindo uma onda de confiança. Eu me virei para olhar minha bunda, é claro que ela está parecendo grande.A vida noturna de Miami não estava pronta...Roselin e Joyce chegaram, barulhentos e prontos como sempre, e partimos...............................A boate estava lotada, a música pulsava em minhas veias enquanto eu bebia um gim com tônica, sentindo uma onda começando a tomar conta de mim.Joyce e Roselin estavam na pista de dança, rebolando e girando no ritmo, mas eu estava pronta para uma pausa.Meus sapatos estavam me matando, e eu precisava de uma pausa daqueles corpos suados ao meu redor.— Volto já. — Gritei para Joyce, mas ela estava muito envolvida no momento para perceber. Fui em direção ao fundo do clube, onde ficavam os banheiros.Eu estava esperando numa fila, mas quando virei a esquina, notei um g
POV INGRIDAcordei com uma leve dor de cabeça da noite anterior. Contei ao Joyce e a Roselin sobre o homem “mistérioso” e, claro, elas queriam que eu o encontrasse e saltasse sobre seu corpo.Não tenho tempo para homens. Sim, ele é sexy, tem um corpo incrível e eu sei que ele tem um pau grande.Meus pensamentos foram cortados pelo toque do meu telefone.— O que foi? — pergunto atendendo o telefone.— Você esqueceu? — Pergunta Jinny minha assistente.— Esqueci o quê? — pergunto confusa.— Reunião com os investidores às 9 horas. — ela diz chocada.Merda, são 8h30 e eu estou deitada na cama com uma ressaca do caralho.Toda noite Jinny me envia minha agenda para o dia seguinte, mas ontem à noite eu nem olhei.— Merda. Enrolhe eles. Estou a caminho. — Respondo desligando o telefone imediatamente.Meu escritório não precisa da minha presença todos os dias. Graças a Deus contratei funcionários confiáveis e responsáveis, mas hoje tenho que estar lá.Saí correndo da cama e cambaleei em direção